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Preso PM suspeito de ser o segundo atirador do caso Gritzbach

Total detidos sobe para 26, sendo 17 policiais militares

Cami­la Boehm — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 22/01/2025 — 09:20
São Paulo
São Paulo (SP) 21/02/2024 - Neste ano, até o último dia 17 de fevereiro, 86 pessoas foram mortas por policiais militares em serviço em todo o estado. Dessas, 15 mortes foram em Santos, 14 em Guarujá, sete em Cubatão e nove em São Vicente, duas em Praia Grande, chegando a 47 mortes em municípios da Baixada Santista. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Repro­dução: © Paulo Pinto/Agência Brasil

A Cor­rege­do­ria da Polí­cia Mil­i­tar pren­deu um poli­cial mil­i­tar sus­peito de ser o segun­do ati­rador no assas­si­na­to do dela­tor Viní­cius Lopes Gritzbach. Ele foi exe­cu­ta­do no Aero­por­to Inter­na­cional de São Paulo, em Guarul­hos, no dia 8 de novem­bro do ano pas­sa­do. 

Segun­do a Sec­re­taria da Segu­rança Públi­ca de São Paulo (SSP), a prisão foi efe­t­u­a­da nes­sa terça-feira (21), na sede do 20º Batal­hão de Polí­cia Mil­i­tar Met­ro­pol­i­tano, em Barueri, e o sus­peito seria encam­in­hado ao Presí­dio Mil­i­tar Romão Gomes (PMRG).

Com a nova prisão, o número de deti­dos por envolvi­men­to no caso chega a 26, sendo 17 PMs, cin­co poli­ci­ais civis e out­ras qua­tro pes­soas rela­cionadas ao homem apon­ta­do como olheiro do crime, que está for­agi­do.

O caso é inves­ti­ga­do por uma Força-Tare­fa, que inclui o Depar­ta­men­to de Homicí­dios e Pro­teção à Pes­soa (DHPP) e as cor­rege­do­rias das polí­cias civ­il e mil­i­tar.

Prisões

Na últi­ma quin­ta-feira (16), oper­ação da Cor­rege­do­ria já havia pren­di­do o primeiro poli­cial mil­i­tar iden­ti­fi­ca­do como um dos autores dos dis­paros con­tra Gritzbach. Ima­gens das câmeras de segu­rança do aero­por­to mostram dois ati­radores sain­do do car­ro e ati­ran­do.

Na mes­ma oper­ação, mais 14 PMs foram pre­sos por sus­pei­ta de envolvi­men­to com o crime orga­ni­za­do e por prestarem serviço de segu­rança ile­gal ao dela­tor.

Na mes­ma data, a namora­da do homem apon­ta­do como olheiro do crime foi pre­sa pelo Depar­ta­men­to de Homicí­dios e Pro­teção à Pes­soa (DHPP), da Polí­cia Civ­il, por meio de um man­da­do obti­do em uma inves­ti­gação sobre trá­fi­co de dro­gas. Segun­do a apu­ração, a mul­her de 28 anos era respon­sáv­el por com­er­cializar as dro­gas de posse do namora­do Kauê do Ama­r­al Coel­ho, que tem man­da­do de prisão expe­di­do e está for­agi­do.

No dia seguinte (17), out­ro envolvi­do foi deti­do. O homem, de 22 anos, é inves­ti­ga­do por ter relação com Kauê e por asso­ci­ação ao trá­fi­co de dro­gas. Em out­ra ação do DHPP, um tenente da PM foi pre­so no sába­do (18). O poli­cial seria o con­du­tor do veícu­lo uti­liza­do na exe­cução do crime, um Gol pre­to, que lev­a­va os dois poli­ci­ais mil­itares iden­ti­fi­ca­dos pela inves­ti­gação como autores dos dis­paros.

Mandante

A dire­to­ra do Depar­ta­men­to Estad­ual de Homicí­dios e de Pro­teção à Pes­soa de São Paulo (DHPP), del­e­ga­da Ival­da Aleixo, infor­mou, na sem­ana pas­sa­da, que a polí­cia tem duas lin­has “bas­tante adi­antadas” de inves­ti­gação para iden­ti­ficar o man­dante da exe­cução de Gritzbach. Ambas apon­tam para mem­bros do PCC.

Viní­cius Lopes Gritzbach, acu­sa­do de lavagem de din­heiro e de ter man­da­do matar duas pes­soas do Primeiro Coman­do da Cap­i­tal (PCC), fez um acor­do de delação com o Min­istério Públi­co (MP) do Esta­do de São Paulo em março de 2024. Segun­do a pro­mo­to­ria, na colab­o­ração para aten­uar a pena, o réu citou agentes públi­cos.

O con­teú­do da delação é sig­iloso, mas, em out­ubro do ano pas­sa­do, o MP encam­in­hou à Cor­rege­do­ria da Polí­cia Civ­il tre­chos do doc­u­men­to, em que o dela­tor denun­cia poli­ci­ais civis por extorsão. Em 31 de out­ubro ele foi ouvi­do na Cor­rege­do­ria, oito dias antes de ser mor­to. Gritzbach tam­bém dela­tou um esque­ma de lavagem de din­heiro uti­liza­do pelo PCC. Os nomes de todos os pre­sos ain­da não foram divul­ga­dos.

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