...
sábado ,15 fevereiro 2025
Home / Noticias / Proantar: 39 anos de importantes pesquisas no Continente Antártico

Proantar: 39 anos de importantes pesquisas no Continente Antártico

Estação Antártica Comandante Ferraz
© Ana Nascimento/Agência Brasil (Repro­dução)

Cabe ao Proantar planejar, coordenar e executar estudos científicos


Pub­li­ca­do em 16/01/2021 — 09:30 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

O Pro­gra­ma Antár­ti­co Brasileiro (Proan­tar) com­ple­tou, nes­ta sem­ana, 39 anos. Des­de sua cri­ação, em 1982, o Proan­tar vem estu­dan­do o Con­ti­nente Antár­ti­co, seus fenô­menos, e a influên­cia que exerce sobre o cli­ma glob­al – garan­ti­n­do, ao Brasil, a condição de mem­bro con­sul­ti­vo do Trata­do da Antár­ti­da e, con­se­quente­mente, o dire­to do país em par­tic­i­par das decisões sobre o futuro do con­ti­nente gela­do.

De acor­do com a Mar­in­ha brasileira, o Brasil é o séti­mo país mais próx­i­mo da Antár­ti­da. Dev­i­do a essa prox­im­i­dade, o país – e o Con­ti­nente Sulamer­i­cano – sofre influên­cia dire­ta dos fenô­menos nat­u­rais que lá ocor­rem.

“A [Região] Antár­ti­ca tem papel essen­cial nos sis­temas nat­u­rais globais e region­ais, con­trolan­do as cir­cu­lações atmos­féri­c­as e oceâni­cas, e influ­en­cian­do o cli­ma e condições de vida no globo, com destaque para o hem­is­fério sul, por isso, é fun­da­men­tal para o Brasil estu­dar a Antár­ti­ca, origem de fenô­menos nat­u­rais que atingem o ter­ritório nacional”, infor­ma a Mar­in­ha por meio de seu site, ao destacar cir­cun­stân­cias e moti­vações estratég­i­cas que levaram o Brasil a aderir ao Trata­do da Antár­ti­da, em 1975, dan­do iní­cio ao que viria a ser insti­tu­cional­iza­do como Proan­tar, sete anos depois.

Com a entra­da do Brasil no chama­do Sis­tema do Trata­do da Antár­ti­da (STA), foi aber­ta à comu­nidade cien­tí­fi­ca brasileira opor­tu­nidade para desen­volver e par­tic­i­par de ativi­dades que, em con­jun­to com as pesquisas espa­ci­ais e oceâni­cas, con­stituem, de acor­do com a Mar­in­ha, “as últi­mas grandes fron­teiras da ciên­cia inter­na­cional”.

Segun­do o Min­istério da Defe­sa, a implan­tação da Estação Antár­ti­ca Coman­dante Fer­raz (EACF) ocor­reu em 1984, durante a segun­da oper­ação brasileira imple­men­ta­da naque­le con­ti­nente. Em 2012, acon­te­ceu a tragé­dia: um incên­dio destru­iu 70% das insta­lações da estação brasileira. Foram necessários oito anos para que uma nova estação fos­se inau­gu­ra­da, com 4,5 mil met­ros quadra­dos.

Cabe ao Proan­tar plane­jar, coor­denar e exe­cu­tar as oper­ações de pesquisas desen­volvi­das na Antár­ti­da (denom­i­nadas Oper­an­tar). “As ações são anu­ais e, nor­mal­mente, ocor­rem entre os meses de out­ubro e novem­bro com a ida do navio de apoio oceanográ­fi­co Ary Ron­gel e do navio polar Almi­rante Max­imi­ano”, detal­ha, em seu site, o Min­istério da Defe­sa.

“A região pos­sui reser­vas de recur­sos min­erais estratégi­cos ain­da não explo­rados. Segun­do as pesquisas, além de influ­en­ciar no cli­ma do nos­so país, os recur­sos min­erais da Antár­ti­ca são capazes de aten­der a econo­mia mundi­al por 200 anos”, com­ple­men­ta.

De acor­do com a mar­in­ha, cer­ca de 170 tipos de min­erais, como ouro, pra­ta, fer­ro e gás nat­ur­al, já foram mapea­d­os. A decisão sobre a explo­ração, ou não, dess­es recur­sos está pre­vista para ser deci­di­da a par­tir de 2048, quan­do as partes con­sul­ti­vas ao Sis­tema do Trata­do da Antár­ti­da vão se reunir para definir, nova­mente, o futuro do con­ti­nente.

Edição: Aécio Ama­do

Você pode Gostar de:

Aquário de São Paulo anuncia nascimento de seu primeiro urso-polar

Nur é o primeiro caso de reprodução de ursos-polares na América Latina Guil­herme Jerony­mo — …