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Professores fazem capacitação em astronomia no interior paulista

Repro­dução: © Olimpía­da Lati­no-Amer­i­cana de Astrono­mia e Ast­tronáu­ti­ca

Conteúdos de astronáutica tocam imaginário de todos, diz especialista


Publicado em 14/06/2024 — 06:48 Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Pro­fes­sores da rede públi­ca da região de Soro­ca­ba, no inte­ri­or paulista, par­tic­i­pam nes­ta sex­ta-feira (14) do 83º Encon­tro Region­al de Ensi­no de Astrono­mia (EREA), que tem o obje­ti­vo de capac­i­tar docentes do ensi­no fun­da­men­tal e médio de difer­entes regiões do país no ensi­no de astrono­mia e ciên­cias espa­ci­ais, além de aprox­i­mar astrônomos e mem­bros da Sociedade Astronômi­ca Brasileira e da Agên­cia Espa­cial Brasileira.

Pela primeira vez na cidade, o even­to terá ativi­dades das 8h às 18h, no cam­pus do Cen­tro Uni­ver­sitário Facens. O encon­tro é real­iza­do pela Olimpía­da Brasileira de Astrono­mia e Astronáu­ti­ca (OBA) e abrange tam­bém esco­las par­tic­u­lares.

Durante a pro­gra­mação, os par­tic­i­pantes vão apren­der a con­stru­ir foguetes de gar­rafa pet e bases de lança­men­to, além de acom­pan­har ofic­i­nas práti­cas que vão ensi­nar a desen­har a órbi­ta dos plan­e­tas e cometas e saber qual a difer­ença de taman­ho entre o Sol e os plan­e­tas.

“Sem­pre damos mui­ta ênfase às ativi­dades práti­cas para o ensi­no de astrono­mia e astronáu­ti­ca. Das 8h até o meio-dia e meia, vamos faz­er com os pro­fes­sores base de lança­men­to de foguete com gar­rafa pet, segui­da da ofic­i­na de con­strução dos foguetes, quan­do cada um faz seu foguete e sua base, e final­izamos com a ofic­i­na de lança­men­to”, infor­mou o astrônomo e pro­fes­sor João Canalle, que é um dos maiores espe­cial­is­tas em ciên­cias espa­ci­ais na Améri­ca Lati­na e coor­de­nador nacional da OBA.

À tarde, serão min­istradas duas ofic­i­nas de astrono­mia, uma das quais volta­da para o ensi­no fun­da­men­tal, na qual é fei­ta uma maque­te do sis­tema solar, em escala pro­por­cional. A ideia é dar a visão de suas dimen­sões para poder com­pará-los ao Sol, à Ter­ra.

“Com isso, até mes­mo um defi­ciente visu­al pode perce­ber pelo tato, quão grande é o Sol, com­para­do à Ter­ra, quão grande é Júpiter, com­para­do à Ter­ra, por exem­p­lo, inde­pen­den­te­mente de ter uma tabela com números enormes. E, ao final dessa ativi­dade, nós comen­ta­mos por que o Sol é amare­lo, porque tem o vol­ume que tem, se só tem gravi­dade, entre out­ros pon­tos da astrono­mia e físi­ca”, disse o pro­fes­sor.

Segun­do Canalle, além do aces­so às ofic­i­nas, ao mate­r­i­al e às apos­ti­las que lev­am para casa e podem aproveitar em sala de aula, os pro­fes­sores saem do even­to con­fi­antes com o que apren­der­am. “Nor­mal­mente, quan­do ped­i­mos uma avali­ação do cur­so, eles elo­giam, avaliam muito bem e dizem que foi a mel­hor for­mação que tiver­am na vida, porque saem de lá com­preen­den­do e enten­den­do per­feita­mente o que foi ensi­na­do e com mate­ri­ais que per­mitem a abor­dagem com os alunos de for­ma práti­ca”, ressaltou.

Canalle desta­cou que os pro­fes­sores ficam estim­u­la­dos porque o docente que está em uma sala de aula do ensi­no fun­da­men­tal e médio não é astro­nau­ta, nem astrônomo, e obvi­a­mente pode ficar inse­guro para pas­sar esse con­hec­i­men­to, já que não teve isso em sua for­mação. O pro­je­to tam­bém incen­ti­va o apren­diza­do de for­ma diver­ti­da para os alunos, que se inter­es­sam e apren­dem mais nas aulas práti­cas.

“O mais difí­cil, ao realizar o even­to, é tirar o pro­fes­sor da sala de aula e colocá-lo em um cur­so de for­mação, porque, às vezes, o dire­tor não per­mite, porque o alunos vão ficar sem aula, vai virar uma con­fusão. Então, não são todos os secretários de Edu­cação que têm esse empen­ho, mas os que têm sabem que aque­le pro­fes­sor dará uma aula muito mais inter­es­sante depois”.

O coor­de­nador da OBA lem­brou que os con­teú­dos de astrono­mia e astronáu­ti­ca per­mitem tocar o imag­inário das pes­soas. Com as ativi­dades práti­cas, os estu­dantes são insti­ga­dos pela curiosi­dade. “Os jovens ficam mais envolvi­dos com a aula e ‘deix­am de lado’ os celu­lares ou con­ver­sas para­le­las. Já vimos diver­sos exem­p­los de alunos que estavam desan­i­ma­dos, mas que reen­con­traram o dese­jo de estu­dar após a par­tic­i­pação na esco­la em exper­i­men­tos cien­tí­fi­cos lúdi­cos e em olimpíadas cien­tí­fi­cas”, disse

Para o reitor do Cen­tro Uni­ver­sitário Facens, Fabi­ano Mar­ques, o desen­volvi­men­to de alunos cidadãos prepara­dos para a vida extrap­o­la suas ativi­dades em sala de aula e, por isso, a insti­tu­ição resolveu apoiar o pro­je­to. “Des­de 2023, val­orizamos os estu­dantes medal­his­tas com a aber­tu­ra das vagas olímpi­cas, des­ti­nadas aos que se dedicam a essas com­petições em todo o país. Para que eles cheguem ao pódio e à uni­ver­si­dade, os pro­fes­sores do ensi­no médio tam­bém pre­cisam estar prepara­dos e incen­ti­var o inter­esse na par­tic­i­pação em olimpíadas do con­hec­i­men­to nas esco­las onde atu­am. Por isso, o encon­tro é tão fun­da­men­tal”, ressaltou Mar­ques.

A OBA é real­iza­da pela Sociedade Astronômi­ca Brasileira, con­ta com o apoio da Agên­cia Espa­cial Brasileira, do Con­sel­ho Nacional de Desen­volvi­men­to Cien­tí­fi­co e Tec­nológi­co (CNPq), da Uni­ver­si­dade Estad­ual do Rio de Janeiro e é patroci­na­da pela Uni­ver­si­dade Paulista, pelo Cen­tro uni­ver­sitário Facens e pelo BTG Pactu­al.

Edição: Nádia Fran­co

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