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Professores recomendam revisão e descanso na reta final para o Enem

Repro­dução: © Joéd­son Alves/Agência Brasil

Ao todo serão 90 questões todas objetivas


Pub­li­ca­do em 09/11/2023 — 07:22 Por Mar­i­ana Tokar­nia – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Estu­dantes de todo o país farão, neste domin­go (12), as provas de matemáti­ca e ciên­cias da natureza do Exame Nacional do Ensi­no Médio (Enem) 2023. Ao todo, serão 90 questões, todas obje­ti­vas, que dev­erão ser resolvi­das em 5 horas. Revisão e des­can­so podem aju­dar os estu­dantes a estarem mais prepara­dos e mais seguros para o segun­do dia de exame.  

“Revis­ar matérias mais fre­quentes nas provas é o ide­al! Ten­tar estu­dar todo o con­teú­do da pro­va em uma sem­ana é uma pés­si­ma ideia, mas reforçar con­ceitos e fór­mu­las sobre os assun­tos mais comuns, vai traz­er mais tran­quil­i­dade e mel­hores chances de obter uma boa pon­tu­ação”, diz o pro­fes­sor de matemáti­ca do Colé­gio Leonar­do Da Vin­ci de Por­to Ale­gre Diego Andrades.

Para a pro­fes­so­ra de quími­ca do colé­gio Ao Cubo do Rio de Janeiro Car­o­line Azeve­do, três coisas são muito impor­tantes na preparação para o segun­do dia de provas. A primeira delas, como desta­ca­do tam­bém Andrades, é focar os estu­dos nos con­teú­dos mais recor­rentes dos anos ante­ri­ores, real­izan­do, as questões de out­ras edições do Enem. As provas e os gabar­i­tos de anos ante­ri­ores estão disponíveis na pági­na do Insti­tu­to Nacional de Estu­dos e Pesquisas Edu­ca­cionais Aní­sio Teix­eira (Inep).

A segun­da é chegar na pro­va com uma estraté­gia defini­da, ou seja, saben­do qual pro­va vai resolver primeiro e quan­to tem­po vai dedicar a cada área do con­hec­i­men­to. “Não se deve tomar esse tipo de decisão na hora, muito menos faz­er a pro­va sem uma estraté­gia defini­da”, diz a pro­fes­so­ra.

Já a ter­ceira é avaliar o que deu cer­to e o que deu erra­do no primeiro dia do Enem, prin­ci­pal­mente em relação ao con­t­role do tem­po. No últi­mo domin­go (5), os estu­dantes fiz­er­am as provas de lin­gua­gens, ciên­cias humanas e redação.

“Algu­mas questões das áreas de matemáti­ca e de naturezas são muito tra­bal­hosas, às vezes envolvem muito cál­cu­lo, então o aluno pre­cisa admin­is­trar bem o tem­po para con­seguir faz­er a pro­va inteira. Um estu­dante que perde muito tem­po em uma úni­ca questão fre­quente­mente não con­segue faz­er a pro­va inteira, por isso aca­ba chutan­do questões sem sequer ter lido. E muitas vezes são questões fáceis e ráp­i­das, que ele teria acer­ta­do se tivesse ao menos lido”, diz Azeve­do.

Na mes­ma lin­ha de Azeve­do, o pro­fes­sor Andrades sug­ere que os estu­dantes busquem ini­ciar a pro­va procu­ran­do uma questão mais fácil. “No iní­cio da pro­va, o ner­vo­sis­mo atra­pal­ha e pode com­pro­m­e­ter. Escol­her bem por onde começar é fun­da­men­tal para baixar a ansiedade e gan­har con­fi­ança. Além dis­so, pri­or­ize questões de ráp­i­da com­preen­são e inter­pre­tação bem como con­teú­dos com os quais você se sente mais con­fortáv­el”, sug­ere.

Segun­do o pro­fes­sor, a orga­ni­za­ção é a chave para um bom desem­pen­ho. “Na primeira hora de pro­va, não hes­ite em pular as questões mais difí­ceis, fazen­do ano­tações nelas para voltar depois. Final­mente, lem­bre-se que as questões da pro­va são sobre resolver um prob­le­ma. As fór­mu­las podem aju­dar, mas não são obri­gatórias. Busque com­preen­der o prob­le­ma a ser resolvi­do, use as alter­na­ti­vas a seu favor e caso não lem­bre da fór­mu­la, faça esti­ma­ti­vas ou aprox­i­mações para chegar à respos­ta cor­re­ta”, recomen­da.

Fui mal no primeiro dia, e agora?

Mes­mo quem acred­i­ta que não se saiu tão bem no primeiro dia do Enem ain­da pode mel­ho­rar a nota no segun­do dia. Segun­do os pro­fes­sores é impor­tante não desi­s­tir.

O pro­fes­sor de matemáti­ca da Cen­tral do Enem, do gov­er­no do Amapá, Már­cio Cos­ta, con­ta que durante a sem­ana incen­tivou todos os alunos a faz­erem a pro­va. No primeiro dia de exame, cer­ca de 28% dos inscritos fal­taram ao exame. “Ago­ra há pouco sai da sala de aula e fala­va para os alunos que quase 30% dos alunos não foram faz­er a pro­va, a tendên­cia é ter mais alunos fal­tan­do. Só o fato dele ir faz­er já o colo­ca em van­tagem. O primeiro pon­to é, então, ir faz­er a pro­va”, diz o pro­fes­sor.

Cos­ta tam­bém recomen­da que os alunos des­cansem ao menos no dia ante­ri­or ao exame: “Ter, no sába­do, um momen­to de laz­er com a família, com os ami­gos, dar uma vol­ta, cuidar do psi­cológi­co”, recomen­da. Isso poderá aju­dar na ansiedade na hora do exame.

Azeve­do tam­bém incen­ti­va os par­tic­i­pantes a não desi­s­tirem do segun­do dia de pro­va. Segun­do ela, o Enem tem notas inde­pen­dentes em cada área de con­hec­i­men­to, por­tan­to não ter um desem­pen­ho tão bom no primeiro dia não quer diz­er que o aluno não pos­sa se sair bem no segun­do.

“São dis­ci­plinas muito difer­entes. No segun­do domin­go de provas, os alunos cos­tu­mam estar menos ten­sos, pois já tiver­am a exper­iên­cia do primeiro dia, já con­hecem o local de pro­va, já sabem o que fun­cio­nou e o que não fun­cio­nou na sua estraté­gia. Então ele pode faz­er ess­es ajustes”, diz a pro­fes­so­ra, que acres­cen­ta: “Um bom desem­pen­ho no segun­do dia pode per­feita­mente com­pen­sar um baixo número de acer­tos no primeiro domin­go”.

Enem 2023

As notas do Enem podem ser usadas para con­cor­rer a vagas em uni­ver­si­dades públi­cas pelo Sis­tema Seleção Unifi­ca­da (Sisu), a bol­sas de estu­do em insti­tu­ições pri­vadas de ensi­no supe­ri­or pelo Pro­gra­ma Uni­ver­si­dade para Todos (ProUni) e para obter finan­cia­men­to estu­dan­til pelo Fun­do de Finan­cia­men­to Estu­dan­til (Fies). Pode ser usa­do tam­bém para aces­sar o ensi­no supe­ri­or em uni­ver­si­dades estrangeiras.

Edição: Valéria Aguiar

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