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Profissionais de saúde alertam para ressurgimento do tipo 3 da dengue

Repro­dução: © Arqui­vo Agên­cia Brasil

Cidade do interior paulista confirma quatro casos da doença


Pub­li­ca­do em 26/11/2023 — 15:25 Por Flávia Albu­querque – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Um estu­do da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz), divul­ga­do em maio deste ano, já mostra­va o ressurg­i­men­to desse sorotipo e, na últi­ma sem­ana, foram con­fir­ma­dos qua­tro casos na cidade de Votu­po­ran­ga, no inte­ri­or paulista. O primeiro caso, detec­ta­do em uma mul­her de 34 anos, chamou a atenção por causa da inten­si­dade dos sin­tomas clás­si­cos da doença, como febre, vômi­to, dor e man­chas ver­mel­has pelo cor­po, além de san­gra­men­to nasal e pela uri­na.

Segun­do a Sec­re­taria Munic­i­pal de Saúde de Votu­po­ran­ga, ações de blo­queio, que incluem a iden­ti­fi­cação da cir­cu­lação do sorotipo, mais sete casos foram con­sid­er­a­dos sus­peitos. O resul­ta­do das amostras col­hi­das indi­cou que, dos sete, três eram do tipo 3 da dengue, sendo todos do sexo fem­i­ni­no, com 5, 31 e 46 anos. Todos os casos ocor­reram na mes­ma região, em um bair­ro da zona sul da cidade. Os qua­tro pacientes estão em casa e pas­sam bem.

A Sec­re­taria de Esta­do da Saúde infor­mou que não há reg­istro deste tipo da doença em out­ros municí­pios do esta­do de São Paulo, nem óbitos. Em nota, o gov­er­no estad­ual disse que mon­i­to­ra o cenário epi­demi­ológi­co com plano de con­tingên­cia, que é feito todos os anos, inde­pen­dente da lin­hagem.

De acor­do com a Fiocruz, a dengue tem qua­tro soroti­pos, e a infecção por um deles cria imu­nidade con­tra o mes­mo sorotipo, mas o indi­ví­duo pode con­trair dengue se tiv­er con­ta­to com um sorotipo difer­ente. Como pou­cas pes­soas con­traíram o tipo 3, há risco de epi­demia porque há baixa imu­nidade con­tra esse sorotipo.

“O prob­le­ma é que os sin­tomas da dengue tipo 3 são os mes­mos do tipo 1 e 2. Como muitas pes­soas já tiver­am os tipos 1 e 2, ao ter o tipo 3, podem desen­volver uma for­ma grave da doença, o que pode ger­ar super­lotação das unidades de pron­to atendi­men­to e hos­pi­tais”, diz o infec­tol­o­gista Kle­ber Luz, coor­de­nador do Comitê de Arbovi­ros­es da Sociedade Brasileira de Infec­tolo­gia. Por isso, aler­ta o infec­tol­o­gista, é pre­ciso ter maior vig­ilân­cia sobre as for­mas graves da doença. “Do pon­to de vista clíni­co, não há difer­ença, mas o que chama mais a atenção é a gravi­dade do caso, por ser uma infecção sequen­cial. No Méx­i­co e na Améri­ca Cen­tral, por exem­p­lo, a doença tem cau­sa­do mais mortes”, acres­cen­ta Kle­ber Luz.

Entre os sin­tomas de aler­ta da doença, estão: febre, man­chas ver­mel­has pelo cor­po, dor abdom­i­nal, vômi­to per­sis­tente, acom­pan­hados tam­bém de san­gra­men­to na gen­gi­va, no nar­iz ou na uri­na. Ao perce­ber qual­quer sin­toma, a pes­soa deve procu­rar atendi­men­to médi­co na unidade de saúde mais próx­i­ma. As for­mas de pre­venção são as já con­heci­das pela pop­u­lação: limpeza dos quin­tais para evi­tar água empoça­da, que é cri­adouro do inse­to, e rece­ber os agentes de saúde para faz­er a vis­to­ria em pos­síveis focos do mos­qui­to Aedes aegyp­ti.

Edição: Nádia Fran­co

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