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Programação especial no Museu da Língua Portuguesa celebra o idioma

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Evento comemora o Dia Internacional da Língua Portuguesa


Pub­li­ca­do em 05/05/2023 — 07:34 Por Flávia Albu­querque — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Des­de 2019, o dia 5 de maio foi ofi­cial­mente esta­b­ele­ci­do pela Orga­ni­za­ção das Nações Unidas para a Edu­cação, a Ciên­cia e a Cul­tura (Unesco) como a data que cel­e­bra mundial­mente a lín­gua por­tugue­sa, e para comem­o­rar a ocasião o Museu da Lín­gua Por­tugue­sa preparou uma pro­gra­mação espe­cial e gra­tui­ta nos dias 5 e 6 de maio, para destacar a potên­cia e a diver­si­dade de nos­so idioma e da músi­ca brasileira.

A data foi ofi­cial­mente esta­b­ele­ci­da em 2009 pela Comu­nidade dos País­es de Lín­gua Por­tugue­sa (CPLP), uma orga­ni­za­ção inter­gov­er­na­men­tal que reúne os povos que têm a lín­gua por­tugue­sa como um dos fun­da­men­tos da sua iden­ti­dade especí­fi­ca e é par­ceira ofi­cial da Unesco des­de 2000, para cel­e­brar a lín­gua por­tugue­sa e as cul­turas lusó­fonas.

De acor­do com his­to­ri­ador e músi­co Cacá Macha­do, curador da pro­gra­mação do Dia Inter­na­cional da Lín­gua Por­tugue­sa do museu, a pro­gra­mação foi pen­sa­da a par­tir de dois núcleos temáti­cos poéti­cos. O primeiro, chama­do de Cio da Ter­ra e o segun­do, Máquina de Rit­mo. A par­tir daí o curador criou três camadas de pro­gra­mação: os pock­et shows, as rodas de con­ver­sa e as per­for­mances.

“O primeiro eixo tem o títu­lo de uma canção do Chico Buar­que que teve enorme suces­so e fala­va jus­ta­mente da ter­ra ger­mi­nan­do a canção. Eu iden­ti­fi­co aí a tradição líri­ca brasileira, que é muito forte. O segun­do eixo temáti­co é o títu­lo de uma canção do Gilber­to Gil e diz muito a respeito sobre essa nos­sa capaci­dade de trans­for­mar tudo em rit­mo, impor­tar, expor­tar, recri­ar, remixar exper­iên­cia através de uma dicção rít­mi­ca que sem­pre é muito sin­gu­lar e própria”, expli­cou Macha­do.

De acor­do com Macha­do, a lín­gua por­tugue­sa é fal­a­da em muitos país­es e con­ti­nentes, como a Améri­ca, Ásia e a África, por isso ele disse acred­i­tar que a existên­cia de uma data de cel­e­bração do idioma é a afir­mação dessa diver­si­dade de exper­iên­cias que a lín­gua por­tugue­sa traz. “Isso é de máx­i­ma importân­cia e o dia 5 de maio é algo que a gente tem que val­orizar muito para pen­sar em uma lín­gua con­tem­porânea, fal­a­da hoje e em con­state mutação, trans­for­mação, que é onde reside a beleza da lín­gua por­tugue­sa, que se adap­ta em difer­entes con­tex­tos”, desta­cou o curador.

Segun­do a Unesco, a lín­gua por­tugue­sa é não só uma das lín­guas mais difun­di­das no mun­do, com mais de 265 mil­hões de falantes espal­ha­dos por todos os con­ti­nentes, como é tam­bém a lín­gua mais fal­a­da no hem­is­fério sul. O por­tuguês con­tin­ua a ser, hoje, uma das prin­ci­pais lín­guas de comu­ni­cação inter­na­cional, e uma lín­gua com uma forte exten­são geográ­fi­ca, des­ti­na­da a aumen­tar.

“Os dias con­sagra­dos às lín­guas fal­adas em todo o mun­do cel­e­bram anual­mente o mul­ti­lin­guis­mo e a diver­si­dade cul­tur­al, e con­stituem uma opor­tu­nidade para sen­si­bi­lizar a comu­nidade inter­na­cional para a história, a cul­tura e a uti­liza­ção de cada uma destas lín­guas. O mul­ti­lin­guis­mo, um val­or cen­tral das Nações Unidas e uma área de importân­cia estratég­i­ca para a Unesco, é um fator essen­cial para uma comu­ni­cação har­mo­niosa entre os povos, pro­moven­do a unidade na diver­si­dade, a com­preen­são inter­na­cional, a tol­erân­cia e o diál­o­go”, diz a Unesco.

Programação

No dia 5 de maio, às 11h, a per­for­mance Antes do Tem­po Exi­s­tir, no Pátio A e na Rua da Lín­gua, com Denil­son Bani­wa, Lil­ly Bani­wa e Andreia Duarte, fala sobre can­tos e con­tos dos povos orig­inários. Às 13h, o show Sam­ba da Vela, no Saguão Cen­tral da Estação da Luz, traz o tradi­cional Sam­ba da Vela que toca até a vela se apa­gar.

Às 16h, a con­ver­sa de bote­quim Lín­gua Negra Lusoafro­brasileira, no auditório e pelo YouTube do Museu da Lín­gua Por­tugue­sa, com libras, debate a influên­cia da lín­gua africana no por­tuguês e luso­fo­nia, com o sociól­o­go Mário Medeiros, a pro­fes­so­ra de Lit­er­at­uras Africanas de Lín­gua Por­tugue­sa Rita Chaves e o escritor e pro­fes­sor angolano Ond­ja­ki, par­tic­i­pan­do remo­ta­mente desse bate-papo. Em segui­da, às 17h, o Show Caipi­ra, com a can­to­ra Suzana Salles e o tenor Lenine San­tos con­vi­dam o mul­ti-instru­men­tista Web­ster San­tos para uma releitu­ra de clás­si­cos da músi­ca caipi­ra, no Pátio B.

Já às 19h, o can­tor Chico César faz um show com voz e vio­lão no Auditório e na Praça da Lín­gua.  A entra­da ao Museu da Lín­gua Por­tugue­sa não garante aces­so ao show do can­tor, e para essa ativi­dade é pre­ciso reti­rar ingres­sos a par­tir das 17h, no dia 5. Serão dis­tribuí­dos dois ingres­sos por pes­soa e o even­to está sujeito a lotação. Mes­mo quem estiv­er den­tro do museu deve reti­rar os ingres­sos.

No dia 6, as fes­tivi­dades começam às 11h, com a per­for­mance Já pas­sou de por­tuguês, no Saguão Cen­tral da Estação da Luz, onde a atriz Luah Guimarães, a per­cus­sion­ista Vic­tória dos San­tos, o dire­tor Vadim Nikitin e o com­pos­i­tor Cacá Macha­do reúnem lit­er­atu­ra e canções da lín­gua. Às 13h se apre­sen­tam Meno del Pic­chia, MC Lanz­in­ho, MC Tizzi e Bata­ta Boy, com o show Fluxo do Funk, no Saguão Cen­tral da Estação da Luz.

Às 15h, a con­ver­sa de bote­quim com o tema Do Nordeste brasileiro, traz a músi­ca nordes­ti­na em con­ver­sa com Lir­in­ha, do Cordel do Fogo Encan­ta­do, e os can­ta­dores de embo­la­da Antônio Caju e Roux­i­nol Pereira par­tic­i­pam do encon­tro, que terá medi­ação do com­pos­i­tor e pro­du­tor musi­cal Caça­pa, no Pátio B e no YouTube, com libras. Os mes­mos artis­tas se apre­sen­tam às 16h, com o show Do Nordeste brasileiro, no Pátio B. Para finalizar, o Papo da Que­bra­da, uma aula-show com Xis e KL Jay fala sobre rap, no Pátio B e no YouTube, com libras.

Nos dois dias será exibido em loop­ing (sem parar) das 9h às 18h o doc­u­men­tário Nel­son Cavaquin­ho, de Leon Hirsz­man, no mini­au­ditório.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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