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Quase metade das empresas industriais adotou o teletrabalho em 2022

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Dados são da pesquisa Pintec Semestral, do IBGE

Publicado em 28/09/2023 — 10:00 Por Ana Cristina Campos — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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Quase metade (47,8%) das empre­sas indus­tri­ais com 100 ou mais pes­soas ocu­padas imple­men­tou o tele­tra­bal­ho em pelo menos algum grau, mostra a Pesquisa de Ino­vação Semes­tral 2022: Tec­nolo­gias Dig­i­tais Avançadas, Tele­tra­bal­ho e Ciberse­gu­rança (Pin­tec), divul­ga­da nes­ta quin­ta-feira (28) pelo Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca.

“O tele­tra­bal­ho vem gan­han­do cada vez mais espaço nas empre­sas de diver­sos setores em todo o mun­do. Ain­da que a natureza de sua ativi­dade seja fora do ambi­ente físi­co das orga­ni­za­ções, com a inten­sa uti­liza­ção de tec­nolo­gias de infor­mação e comu­ni­cação, o tele­tra­bal­ho não é sinôn­i­mo de tra­bal­ho exter­no e sim a real­iza­ção do tra­bal­ho real­iza­do fora das dependên­cias do empre­gador, car­ac­ter­i­za­dos os pres­su­pos­tos da relação de emprego e sujeitas às regras da leg­is­lação tra­bal­hista”, esclarece o IBGE.

Na área de admin­is­tração, o tele­tra­bal­ho foi, em algum grau, ado­ta­do por 94,5% das empre­sas que oper­aram de for­ma dig­i­tal­iza­da em 2022. Desse con­jun­to, quase metade (49,7%) eram empre­sas com 100 a 249 pes­soas ocu­padas. As empre­sas de maior porte, com 500 ou mais pes­soas ocu­padas, rep­re­sen­taram 27,9% desse total.

As áreas de com­er­cial­iza­ção e desen­volvi­men­to de pro­je­tos de pro­du­tos, proces­sos e serviços apare­cem na sequên­cia com, respec­ti­va­mente, 85,7% e 71,4% das empre­sas uti­lizan­do tele­tra­bal­ho em 2022. Em ambos os casos, as empre­sas com 100 a 249 pes­soas ocu­padas ain­da apare­cem em maiores pro­porções (48,7% e 44,4%, respec­ti­va­mente).

A área com menor fre­quên­cia de empre­sas adotan­do tele­tra­bal­ho foi a de pro­dução, onde ape­nas 38,7% das empre­sas uti­lizaram essa modal­i­dade em 2022. As empre­sas com 100 a 249 pes­soas ocu­padas rep­re­sen­taram 44,6% desse con­jun­to, ao pas­so que as empre­sas com 500 ou mais pes­soas ocu­padas rep­re­sen­taram 30,5% do total.

Segun­do o IBGE, den­tre os setores que mais ado­taram o tele­tra­bal­ho em 2022, desta­cam-se fab­ri­cação de pro­du­tos far­mo­quími­cos e far­ma­cêu­ti­cos (83,6%), fab­ri­cação de bebidas (83,2%) e fab­ri­cação de equipa­men­tos de infor­máti­ca, pro­du­tos eletrôni­cos e ópti­cos (72,6%). Por out­ro lado, os setores onde o tele­tra­bal­ho foi menos fre­quente foram con­fecção de arti­gos do ves­tuário e acessórios (28,3%), preparação de couros e fab­ri­cação de artefatos de couro, arti­gos de viagem e calça­dos (25,9%) e fab­ri­cação de pro­du­tos do fumo (21,2%).

Tecnologia avançada

Em 2022, 84,9% (8.134) das 9.586 empre­sas indus­tri­ais do Brasil com 100 ou mais pes­soas ocu­padas uti­lizaram pelo menos uma tec­nolo­gia dig­i­tal avança­da.

A com­putação em nuvem foi a mais declar­a­da (73,6%), segui­da por inter­net das coisas (48,6%), robóti­ca (27,7%), análise de big data (23,4%), man­u­fatu­ra adi­ti­va (19,2%) e inteligên­cia arti­fi­cial (16,9%).

Os destaques seto­ri­ais que usaram pelo menos uma das tec­nolo­gias dig­i­tais avançadas foram fab­ri­cação de máquinas e equipa­men­tos (94,5%), indús­trias extra­ti­vas (92,2%), fab­ri­cação de pro­du­tos diver­sos (92%), fab­ri­cação de pro­du­tos de met­al (91,9%) e fab­ri­cação de bebidas (91,6%).

Por out­ro lado, os setores que menos uti­lizaram tec­nolo­gias dig­i­tais avançadas nas suas áreas/funções de negó­cios foram fab­ri­cação de out­ros equipa­men­tos de trans­porte (68,2%), con­fecção de arti­gos do ves­tuário e acessórios (71,6%) e fab­ri­cação de pro­du­tos de madeira (72,2%).

Segun­do o IBGE, 31,5% das empre­sas fiz­er­am uso de duas tec­nolo­gias e 27,7% 28% uti­lizaram ape­nas uma. Somente 3,7% das empre­sas fiz­er­am uso de todas as tec­nolo­gias inves­ti­gadas.

O bene­fí­cio mais apon­ta­do no uso de tec­nolo­gia dig­i­tal avança­da foi a maior flex­i­bil­i­dade em proces­sos admin­is­tra­tivos, pro­du­tivos e orga­ni­za­cionais (89,8%), segui­do pelo aumen­to da efi­ciên­cia (87,6%).

Entre os fatores para ado­tar as tec­nolo­gias nas empre­sas, as maiores pro­porções ficaram com a estraté­gia autôno­ma da empre­sa (87,0%) e a influên­cia de fornece­dores e/ou clientes (63,0%).

Os prin­ci­pais fatores que difi­cul­taram o uso de tec­nolo­gias foram os altos cus­tos (80,8%), a fal­ta de pes­soal qual­i­fi­ca­do na empre­sa (54,6%) e riscos econômi­cos exces­sivos (49,5%).

Segurança da informação

“A segu­rança da infor­mação é uma pre­ocu­pação cada vez mais pre­sente tan­to na vida dos cidadãos quan­to das cor­po­rações. O ele­van­do aumen­to da dig­i­tal­iza­ção nas empre­sas requer que elas tomem múlti­plas medi­das de segu­rança da infor­mação”, diz o IBGE.

A Pin­tec Semes­tral mostra que 82,5% das empre­sas com 100 ou mais pes­soas ocu­padas, per­ten­centes às indús­trias extra­ti­vas e de trans­for­mação, ado­taram algu­ma medi­da para segu­rança da infor­mação dig­i­tal em 2022

O uso de antivírus (98,1%) para com­bat­er soft­wares mali­ciosos (mal­ware) e e‑mails fraud­u­len­tos (phish­ing) foi a medi­da de segu­rança da infor­mação mais ado­ta­da pelas empre­sas.

O méto­do de con­t­role de aces­so à rede com o obje­ti­vo de reforçar a segu­rança de uma rede pro­pri­etária, restringin­do a disponi­bil­i­dade de recur­sos de rede para dis­pos­i­tivos ter­mi­nais, foi o segun­do mais uti­liza­do, por 96,8% das empre­sas, em 2022.

A atu­al­iza­ção de soft­ware (incluin­do o sis­tema opera­cional) e o back­up de dados em dis­pos­i­ti­vo sep­a­ra­do (incluin­do back­up em nuvem) tam­bém foram mecan­is­mos de segu­rança bas­tante uti­liza­dos em 2022, por 95% e 93,5%, respec­ti­va­mente, das empre­sas indus­tri­ais com 100 ou mais pes­soas ocu­padas.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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