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Queimadas e seca: Saúde anuncia tendas para hidratação e nebulização

Repro­dução: © Paulo Pinto/Agência Brasil

Anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade


Publicado em 11/09/2024 — 18:29 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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Ten­das de atendi­men­to para hidratação e neb­u­liza­ção serão insta­l­adas em esta­dos e municí­pios brasileiros forte­mente afe­ta­dos pela fumaça prove­niente de queimadas, pelo calor e pela seca.

O anún­cio foi feito nes­ta quar­ta-feira (11) pela min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade. “Esta­mos tra­bal­han­do ati­va­mente frente a dois prob­le­mas simultâ­neos que vive­mos hoje no país”, disse, ao se referir aos incên­dios e às altas tem­per­at­uras asso­ci­adas à baixa umi­dade do ar.

Brasília (DF), 03/02/2024, A ministra da Saúde, Nísia Trindade, dá início às atividades do Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue). A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, visa acelerar a organização de estratégias de vigilância frente ao aumento de casos no Brasil, permitindo mais agilidade no monitoramento e análise do cenário para definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento da dengue no país. Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
Repro­dução: Na primeira quinzena de agos­to, a pas­ta reg­istrou aumen­to expres­si­vo de atendi­men­tos por náuse­as e vômi­tos em  local­i­dades. segun­do a min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade. Foto: Anto­nio Cruz/Agência Brasil

Em cole­ti­va de impren­sa, Nísia detal­hou que, num primeiro momen­to, a estraté­gia de ten­das de atendi­men­to para hidratação e neb­u­liza­ção deve ser imple­men­ta­da em esta­dos da Amazô­nia e do Pan­tanal, dois bio­mas bas­tante atingi­dos pelas queimadas neste momen­to.

A pre­visão ini­cial da pas­ta inclui ain­da municí­pios do oeste do esta­do de São Paulo e parte do Paraná, onde a fumaça provo­ca­da pelos incên­dios com­pro­m­ete grave­mente a qual­i­dade do ar.

Náuseas e vômitos

Segun­do a min­is­tra, a pas­ta reg­istrou, ao lon­go da primeira quinzena de agos­to, aumen­tos expres­sivos nos atendi­men­tos por náuse­as e vômi­tos em deter­mi­nadas local­i­dades do país. Em Goiás, por exem­p­lo, o aumen­to foi de 46%. No mato Grosso, de 58%. No Dis­tri­to Fed­er­al, a taxa mais que dobrou, enquan­to no Tocan­tins, o aumen­to nos atendi­men­tos por ess­es sin­tomas foi de mais de 190%.

Força Nacional

Durante a cole­ti­va, o secretário de Atenção Espe­cial­iza­da da pas­ta, Adri­ano Mas­su­da, desta­cou que, por deter­mi­nação de Nísia, a Força Nacional do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) foi aciona­da para inter­vir em local­i­dades forte­mente afe­tadas pela fumaça prove­niente de queimadas, pelo calor e pela seca. A pro­pos­ta, num primeiro momen­to, é vis­i­tar essas regiões para avali­ação da situ­ação e apoio aos gestores.

Segun­do ele, grande parte dos prob­le­mas de saúde rela­ciona­dos aos incên­dios, às altas tem­per­at­uras e à baixa umi­dade do ar podem ser resolvi­dos na chama­da rede bási­ca, com­pos­ta pelos cen­tros de saúde. Esse cenário, de acor­do com o secretário, con­figu­ra nív­el um de aciona­men­to da Força Nacional do SUS. O segun­do nív­el, iden­ti­fi­ca­do em pon­tos especí­fi­cos, inclui as ten­das para hidratação e neb­u­liza­ção.

“Em um ter­ceiro nív­el, se hou­ver neces­si­dade, num even­tu­al colap­so de rede, que não iden­ti­fi­camos ain­da, [a estraté­gia incluiria] a uti­liza­ção de out­ras estru­turas maiores – even­tual­mente, até hos­pi­tais de cam­pan­ha, quan­do for necessário. Mas, neste momen­to, esta­mos no nív­el um de aciona­men­to, que é ori­en­tação de apoio à estru­tu­ra exis­tente de rede assis­ten­cial”, reforçou.

Gravidade

Ao encer­rar a cole­ti­va, a min­is­tra da Saúde se referiu ao cenário no país, de maneira ger­al, como grave e moti­vo de grande pre­ocu­pação. “É urgente que, no caso daque­las ações que não são fru­to das mudanças climáti­cas, mas de ação dire­ta humana, haja, de fato, um fim dessas queimadas. Não é pos­sív­el a gente viv­er essa situ­ação”, avaliou Nísia.

“No caso da saúde, o mais impor­tante é pen­sar que o SUS é um sis­tema que tem capaci­dade de atendi­men­to. Mas sabe­mos tam­bém que essa resil­iên­cia, cada vez mais, é tes­ta­da por fatores como as mudanças climáti­cas. Por isso, nós mes­mos, o tem­po todo, temos que rev­er nos­sos pro­to­co­los, nos­sas ações e aumen­tar nos­sa união, esse tra­bal­ho con­jun­to”, con­cluiu.

Edição: Maria Clau­dia

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