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Rádio MEC celebra 100 anos e anuncia programação especial

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Evento no Rio lembrou contribuições para cultura e educação no país


Pub­li­ca­do em 20/04/2023 — 22:45 Por Rafael Car­doso – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Rádio MEC cele­brou 100 anos nes­ta quar­ta-feira (20) em um even­to no Teatro da Caixa Nel­son Rodrigues, no Rio de Janeiro. A emis­so­ra públi­ca, que tem con­teú­do volta­do para edu­cação, arte e cul­tura, foi cri­a­da em 1923 pelos cien­tis­tas Roquette-Pin­to e Hen­rique Morize. Para mar­car a data históri­ca, foi anun­ci­a­da uma pro­gra­mação espe­cial que vai entrar na grade da emis­so­ra durante os próx­i­mos meses.

Entre as novi­dades, destaque para a série pro­tag­on­i­za­da pelo escritor Ruy Cas­tro, que vai ao ar nos domin­gos, às 22h, a par­tir do próx­i­mo dia 23. Ela é basea­da no livro do autor, Metró­pole à beira-mar. Tam­bém estão pre­vis­tos: o pro­gra­ma Memória: Rádio MEC 100 anos, com 100 pro­gra­mas históri­cos do acer­vo; a apre­sen­tação da Orques­tra Sin­fôni­ca Nacional no dia 10 de maio, ao vivo, na rádio; a trans­mis­são do Fes­ti­val de Jazz e Blues de Rio das Ostras (8 a 11 jun­ho); o con­cer­to com a Petro­bras Sin­fôni­ca no Museu Nacional (7 de setem­bro); e o Prêmio Rádio MEC 100 anos (25 de setem­bro).

Rio de Janeiro (RJ), 20/04/2023 - A diretora de Conteúdo e Programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Antonia Pellegrino, na comemoração dos 100 anos da Rádio MEC, no Teatro da Caixa Nelson Rodrigues. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: Foto: Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

A dire­to­ra de Con­teú­do e Pro­gra­mação da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC), Anto­nia Pel­le­gri­no, disse que uma das pri­or­i­dades da nova gestão é dig­i­talizar o acer­vo da Rádio MEC.

“Isso é muito impor­tante para garan­tir que ele não se per­ca, como vimos no caso dos acer­vos de alguns museus do Brasil. É tam­bém uma for­ma de disponi­bi­lizar nos­so acer­vo para con­sul­ta de pesquisadores, estu­dantes e curiosos. E é uma eta­pa necessária para o tomba­men­to da Rádio MEC como patrimônio ima­te­r­i­al brasileiro pelo Iphan [Insti­tu­to do Patrimônio Históri­co e Artís­ti­co Nacional], um recon­hec­i­men­to da importân­cia e da con­tribuição que a rádio deu ao Brasil como difu­so­ra de cul­tura e ciên­cia”.

Ger­ente-exec­u­ti­vo de Rádio da EBC, Thi­a­go Regot­to, reforçou que o momen­to é favoráv­el para inve­stir no cresci­men­to da MEC e aprox­imá-la ain­da mais do públi­co.

“Tem mui­ta coisa bacana que a gente pode faz­er no cenário atu­al, que foi difí­cil de exe­cu­tar antes por difi­cul­dades orça­men­tárias. Hoje, a comu­ni­cação públi­ca e a Rádio MEC apare­cem como pri­or­i­dades. Então, vamos faz­er tudo o que pud­er­mos para alcançar mais pes­soas, para apre­sen­tar con­teú­dos difer­entes e rel­e­vantes na pro­gra­mação”.

Além das novi­dades, a Rádio MEC prom­ete con­tin­uar for­t­ale­cen­do os pro­gra­mas que recebem retorno pos­i­ti­vo do públi­co. É o caso do infan­to­ju­ve­nil Blim-Blem-Blom, coman­da­do pelo com­pos­i­tor e pro­du­tor musi­cal Tim Rescala há 11 anos.

“O pro­gra­ma é muito ouvi­do pelas famílias. Ten­ho esse retorno, que me deixa muito feliz, tam­bém pelos pro­fes­sores de músi­ca, que uti­lizam o pro­gra­ma em sala de aula. Então, isso mostra que esse aspec­to didáti­co e educa­ti­vo, que mar­ca a rádio, nos colo­ca no cam­in­ho cer­to. A gente está con­seguin­do levar a músi­ca clás­si­ca de for­ma lúdi­ca para as cri­anças”.

O pres­i­dente da EBC, Hélio Doyle, lem­brou que o cen­tenário da MEC é uma pro­va de que as pre­visões pes­simis­tas sobre o fim do rádio não se con­cretizaram. E que a emis­so­ra vai con­tin­uar se adap­tan­do e sendo um meio de comu­ni­cação impor­tante na sociedade brasileira.

“Eu ouvia a história de que o rádio ia acabar quan­do veio a tele­visão. Depois, se falou do fim do rádio por causa da inter­net. O rádio se revi­tal­iza, se ren­o­va. E ele não vai deixar de exi­s­tir porque é o meio de comu­ni­cação mais aces­sa­do pelas pes­soas. É o que chega mais facil­mente, que depende menos de tec­nolo­gias sofisti­cadas. Seja no inte­ri­or da Amazô­nia ou em qual­quer out­ro lugar, o rádio chega lá. Ele não vai acabar, ele vai se recri­ar”.

História

A MEC foi a primeira emis­so­ra radiofôni­ca do Brasil. Suces­so­ra da Rádio Sociedade, cri­a­da em 20 de abril de 1923 por Edgard Roquette-Pin­to e Hen­rique Morize, teve papel impor­tante na for­mação musi­cal e cul­tur­al do país. Em 5 de jul­ho de 2022, foi declar­a­da Patrimônio Históri­co e Cul­tur­al Ima­te­r­i­al do Rio de Janeiro.

Doa­da em 1936 ao Min­istério da Edu­cação, a Rádio MEC é geri­da des­de 2007 pela EBC. Com cer­ca de 50 mil reg­istros e pro­duções, a emis­so­ra pos­sui um patrimônio de gravações de per­son­al­i­dades como Getúlio Var­gas, Mon­teiro Loba­to, Cecília Meire­les, Manuel Ban­deira, Fer­nan­da Mon­tene­gro e Car­los Drum­mond de Andrade.

Edição: Heloisa Cristal­do

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