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Rádio Nacional do Rio completa 87 anos com programação especial

Repro­dução: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Artistas farão tributo a grandes cantoras da história do rádio


Pub­li­ca­do em 12/09/2023 — 05:50 Por Dou­glas Cor­rêa — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a emis­so­ra mais anti­ga da Rede Nacional de Rádio, com­ple­ta 87 anos de ativi­dade nes­ta terça-feira (12). Ao lon­go do dia, haverá comem­o­ração espe­cial de aniver­sário, das 8h às 18h30, mar­ca­da por ajustes nas faixas da pro­gra­mação e inau­gu­ração do novo estú­dio.

Entre as atrações, está a par­tic­i­pação do com­pos­i­tor Michael Sul­li­van no pro­gra­ma É Tudo Brasil, às 16h. Já o Espe­cial 87 anos rece­berá as can­toras Nina Wirtt e Mona Vilar­do, que farão um trib­u­to a grandes can­toras de rádio, como Mar­lene – con­heci­da como a rain­ha do rádio. Além dis­so, serão anun­ci­a­dos os novos horários e vin­hetas dos pro­gra­mas No Mun­do da Bola e Repórter Nacional.

Para o ger­ente-exec­u­ti­vo de Rádios, Thi­a­go Regot­to, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro rep­re­sen­ta um mod­e­lo que a Nacional con­stru­iu na época de ouro do rádio e que mexeu com o modo como os brasileiros con­somem o con­teú­do radiofôni­co. “Ela influ­en­ciou, inclu­sive, a for­ma de se faz­er tele­visão no país. Este aniver­sário rep­re­sen­ta 87 anos de uma rádio que o Brasil gos­ta de faz­er e de ouvir”.

Época de ouro do rádio

Recon­heci­da como refer­ên­cia na pro­gra­mação plur­al e pop­u­lar, a Rádio Nacional do Rio de Janeiro entrou no ar em 12 de setem­bro de 1936. No dia da inau­gu­ração, a trans­mis­são teve iní­cio às 21 horas, com a voz mar­cante de Cel­so Guimarães, que anun­ciou: “Alô, Alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!”. Em segui­da, entraram os acordes do “Luar do Sertão”. Esse era o sinal quan­do a Rádio Nacional saía do ar diari­a­mente às 2 horas da madru­ga­da e retor­na­va com a pro­gra­mação mati­nal às seis horas.

Nos áure­os tem­pos do rádio, a Nacional foi a maior emis­so­ra da Améri­ca Lati­na. Foi líder nos pro­gra­mas de auditório com César de Alen­car, que abril­han­ta­va as tardes de sába­do, e com a briga entre os fã-clubes das can­toras Mar­lene e Emil­in­ha Bor­ba. Eles dis­putavam aos gri­tos a entra­da em cena das duas rivais nas apre­sen­tações no auditório. Os gru­pos ficavam sep­a­ra­dos e o fã que des­cumprisse as regras era colo­ca­do para fora do auditório pelos segu­ranças, aten­tos a toda a movi­men­tação da plateia. A rival­i­dade era ape­nas entre os admi­radores de cada can­to­ra. Nos basti­dores, Mar­lene e Emil­in­ha se davam muito bem.

A Rádio Nacional tin­ha qua­tro orques­tras operan­do e as rádio nov­e­las que mar­caram época, como “O Dire­ito de Nascer” e “Em bus­ca da feli­ci­dade”, que par­avam o país inteiro. O mes­mo acon­te­cia nas edições do Repórter Esso, quan­do o locu­tor Heron Domingues anun­ci­a­va na aber­tu­ra: “Aqui fala o Repórter Esso, teste­munha ocu­lar da história”. Pro­gra­mas como “Jerôn­i­mo, o Herói do Sertão” e “As Aven­turas do Anjo” tam­bém mar­caram época.

Out­ro pro­gra­ma históri­co com todo o cor­po de rádio teatro foi a “Vida de Cristo, lev­a­da ao ar na Sex­ta-Feira da Paixão. Escri­ta por Giuseppe Ghia­roni foi ao pela primeira vez em 27 de março de 1959. O pro­gra­ma tin­ha mais de três horas de duração e con­ta­va o martírio até a morte de Jesus Cristo. Tudo isso era feito ao vivo, com a sono­plas­tia que mar­ca­va as pas­sagens de cada momen­to de Jesus Cristo e seus após­to­los, até a traição de Judas Iscar­i­otes, que levaram ao jul­ga­men­to por um tri­bunal de exceção, até a pre­gação na cruz e à morte de Jesus Cristo.

Os pro­gra­mas de auditório tam­bém rece­ber­am artis­tas como Cau­by Peixo­to, Ângela Maria, Ary Bar­roso, Sil­vio Cal­das, Nora Ney, Ade­laide Chioz­zo, Orlan­do Sil­va, Dal­va de Oliveira, Elizeth Car­doso, Lamar­tine Babo e Fran­cis­co Alves, o Rei da Voz, entre tan­tos out­ros tal­en­tos que fiz­er­am suces­so nas ondas da Rádio Nacional, anti­ga PRE‑8, em 980khz.

Mais tarde, a fre­quên­cia da Rádio Nacional pas­sou para 1.130khz Isso porque a Rádio Nacional de Brasília pas­sou a oper­ar na fre­quên­cia de 980khz, com uma pro­gra­mação volta­da para a Amazô­nia Legal. Uma ante­na de 600 quilowatts pas­sou a oper­ar volta­da para a Amazô­nia para apre­sen­tar a pro­gra­mação que saía de Brasília. Isso foi pos­sív­el, a par­tir de 1976, quan­do foi cri­a­da a Radio­brás, uma empre­sa do Min­istério das Comu­ni­cações que englobou todas as emis­so­ras fed­erais do país.

Des­de 2008, a emis­so­ra pas­sou a ser inte­grante da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC), onde man­tém sua pro­gra­mação pop­u­lar, cidadã, musi­cal, noti­ciosa e plur­al.

Programação de aniversário

8h às 12h — Espe­cial Nacional 87 anos recebe a can­to­ra e atriz Nina Wirtt, que faz um trib­u­to à can­to­ra Mar­lene, rain­ha do rádio;

12h às 12h30 — Repórter Nacional, em rede com Brasília, em um novo horário e com novas vin­hetas;

13h às 16h — Espe­cial Nacional 87 anos recebe a can­to­ra Mona Vilar­do, que pres­ta trib­u­to às can­toras do rádio;

16h às 18h — É Tudo Brasil (em rede para todo o Brasil) traz em estú­dio o com­pos­i­tor Michael Sul­li­van;

18h às 18h30 — Repórter Nacional, em um novo horário e com novas vin­hetas.

Edição: Marce­lo Brandão

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