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Rayssa Leal vence no fim e se torna tricampeã mundial de skate street

Maranhense é a 1ª atleta na história a levar três troféus seguidos

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 15/12/2024 — 14:32
Rio de Janeiro
Rayssa Leal tricampeã mundial de skate sreet - 15/12/2024
© Repro­dução Insta­gram / SLS

Acos­tu­ma­da a façan­has incríveis sob pressão, a maran­hense Rayssa Leal, de ape­nas 16 anos, voltou a faz­er história neste domin­go (15) ao se tornar a primeira atle­ta do país a con­quis­tar o tri­cam­pe­ona­to na Liga Mundi­al de Skate Street (SLS, na sigla em inglês). Atrás no placar ao errar as duas primeiras apre­sen­tações das manobras no Super Crown (com­petição final que define o campeão da tem­po­ra­da), Rayssa lev­ou o Giná­sio Ibi­ra­puera ao delírio ao cravar nota 9.1 na quin­ta e últi­ma chance, ven­cen­do de vira­da a dis­pu­ta com qua­tro japone­sas (duas delas campeãs olímpi­cas) e uma aus­traliana.

A brasileira levan­tou o troféu e o prêmio de US$ 100 mil dólares (o equiv­a­lente a R$ 600 mil) ao somar 35.4 pon­tos. Campeã olímpi­ca em Paris, a japone­sa Coco Yoshiza­wa (34,2) foi a segun­da colo­ca­da e a com­pa­tri­o­ta Yueme­da Oda (33.7) a ter­ceira no pódio.

“Eu não ten­ho palavras o sufi­ciente. Tudo isso que acon­te­ceu hoje vale mais do que esse troféu. Revi­ra­vol­ta, errei as duas primeiras ten­ta­ti­vas. Esta­va ner­vosa, não vou men­tir. Min­ha família acom­pan­hou tudo isso. Esse troféu vai para o pes­soal que está em casa. Vocês viram a real­i­dade do skate, a amizade, a família e vão ver isso aumen­tan­do. O nív­el esta­va alto, várias notas 9. Foi bem Corinthi­ans. Estou real­iza­da. Estou com todo mun­do time, com­ple­to, min­ha psicólo­ga saiu da Itália para vir para cá”, disse emo­ciona­da a maran­hense de Imper­a­triz, em entre­vista à TV Globo logo após a con­quista.

O con­t­role emo­cional, de fato, fez toda a difer­ença. Bronze em Paris, Rayssa cor­reu risco de ficar fora do pódio neste domin­go (15), ao errar as duas primeiras manobras na segun­da parte da com­petição. Mas Fad­in­ha – apeli­do que gan­hou na infân­cia ao andar de skate fan­tasi­a­da – mostrou mais uma vez porque é con­heci­da como Rain­ha do Gelo.

A brasileira começou bem Super Crown. Na primeira parte da dis­pu­ta (duas voltas de 45 segun­dos), arran­cou aplau­sos dos oito mil torce­dores no Ibi­ra­puera, com notas 8.2 e 8.5. No entan­to, na soma total das duas voltas, Rayssa ter­mi­nou atrás da rev­e­lação aus­traliana Chloe Cov­ell, de ape­nas 14 anos. A com­petição pre­via ain­da cin­co apre­sen­tações de manobras, sendo que ape­nas as três mel­hores notas seri­am con­sid­er­adas na pon­tu­ação. Aí veio o sus­to! Rayssa caiu nas duas primeiras rodadas e zer­ou na pon­tu­ação. A brasileira viu a lid­er­ança se alter­nan­do entre a aus­traliana Chloe e o quar­te­to asiáti­co (Momi­ji Nishiya, Yume­ka Oda, Coco Yoshiza­wa e Liz Aka­ma).

Sem poder errar mais, Rayssa foi para o tudo ou nada e arran­cou notas exce­lentes nas três últi­mas apre­sen­tações de manobras para man­ter o Brasil na hege­mo­nia no skate street fem­i­ni­no mundi­al. As notas deci­si­vas foram 9.1, 8.7 e 9.1.

“Foi um ano muito bom, de muito apren­diza­do, físi­ca e men­tal­mente. Foi um ano difí­cil, driblam­os as difi­cul­dades e deu tudo cer­to. É tudo ou nada. Na últi­ma manobra é bem isso, pre­cisa­va de 9. Essa e algu­mas [out­ras manobras] dari­am 9, mas essa é a que fico mais con­fi­ante. Felipe fez uma estraté­gia sen­sa­cional, sabe todos os meus pon­tos”, disse a brasileira referindo-se ao téc­ni­co Felipe Gus­ta­vo, ami­go de Rayssa que este ano pas­sou a treiná-la.

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