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Rebeca usa pandemia para se conectar consigo mesma e brilha com prata

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Repro­du­ção: © Robert Deuts­ch-USA TODAY Sports/Reuters/Direitos Reser­va­dos

Ginasta aproveitou o isolamento para recuperar o joelho de cirurgia


Publi­ca­do em 29/07/2021 — 17:37 Por Reu­ters — Tóquio (Japão)

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O iso­la­men­to for­ça­do pela pan­de­mia de covid-19 aju­dou Rebe­ca Andra­de não só a recu­pe­rar o joe­lho de uma cirur­gia, mas tam­bém per­mi­tiu à ginas­ta se conhe­cer melhor e for­ta­le­cer o lado emo­ci­o­nal, que foi fun­da­men­tal para sua his­tó­ri­ca con­quis­ta da meda­lha de pra­ta no indi­vi­du­al geral dos Jogos de Tóquio nes­ta quin­ta-fei­ra (29).

“Do ano pas­sa­do para cá eu con­se­gui colo­car em prá­ti­ca a par­te de não me sen­tir ner­vo­sa, de man­ter o con­tro­le, de con­se­guir fazer tudo o que eu fazia no trei­no. É mui­to impor­tan­te esse pro­ces­so de me conhe­cer”, dis­se a ginas­ta após con­quis­tar a pri­mei­ra meda­lha olím­pi­ca da ginás­ti­ca femi­ni­na do Bra­sil, de acor­do com o site do Time Bra­sil.

“Na pan­de­mia eu pude me cui­dar, me conhe­cer melhor, saber o que era bom, o que era ruim. Eu me conec­tei comi­go mes­ma, e hoje a gen­te vê o resul­ta­do dis­so”, acres­cen­tou.

A pro­va foi mar­ca­da pela ausên­cia da nor­te-ame­ri­ca­na Simo­ne Biles, favo­ri­ta ao ouro, mas que desis­tiu de dis­pu­tar a final após se clas­si­fi­car com a melhor nota para se con­cen­trar em sua saú­de men­tal.

Rebe­ca, de 22 anos, pas­sou pela últi­ma de três cirur­gi­as no joe­lho em mea­dos de 2019, após rom­per o liga­men­to cru­za­do ante­ri­or do joe­lho pela ter­cei­ra vez em qua­tro anos.

As lesões se soma­ram a enor­mes desa­fi­os enfren­ta­dos pela ginas­ta des­de a infân­cia mar­ca­da por difi­cul­da­des finan­cei­ras.

“Eu dor­mia na casa dos trei­na­do­res para eu con­se­guir, a minha mãe ia a pé para me dar o dinhei­ro da con­du­ção, meu irmão me leva­va de bici­cle­ta”, relem­brou Rebe­ca, que fechou sua apre­sen­ta­ção no solo ao som de “Bai­le de Fave­la”.

Fã de Dai­a­ne dos San­tos, Rebe­ca dis­se que a pri­mei­ra meda­lha da ginás­ti­ca femi­ni­na do Bra­sil repre­sen­ta todas as mulhe­res que pas­sa­ram pela moda­li­da­de antes dela e podem tam­bém se sen­tir orgu­lho­sas.

A ginas­ta ter­mi­nou a final em segun­do lugar com a pon­tu­a­ção total de 57,298 –15,300 no sal­to, 14,666 nas bar­ras assi­mé­tri­cas, 13,666 na tra­ve e 13,666 no solo. A nor­te-ame­ri­ca­na Suni­sa Lee levou o ouro com 57,433 no total e a rus­sa Ange­li­na Melin­ko­va ficou com o bron­ze com 57,199.

Ela ain­da irá dis­pu­tar mais duas finais em Tóquio, no sal­to e no solo.

“Eu pas­sei por mui­ta coi­sa e colo­quei esses Jogos como obje­ti­vo, mas o meu obje­ti­vo aqui era fazer o meu melhor, era bri­lhar, e eu acho que eu bri­lhei: con­se­gui a nos­sa pri­mei­ra meda­lha olím­pi­ca em ginás­ti­ca artís­ti­ca femi­ni­na”, afir­mou.

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