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Redução do desmatamento na Amazônia alcançará 50% em setembro

Repro­dução: © Fabio Rodrigues-Pozze­bom/ Agên­cia Brasil

Marina Silva adiantou dados do monitoramento


Pub­li­ca­do em 05/10/2023 — 15:16 Por Daniel­la Almei­da — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A min­is­tra do Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma, Mari­na Sil­va, adiantou nes­ta quin­ta-feira (5) que a redução do des­mata­men­to na Amazô­nia deve alcançar 50%, no mon­i­tora­men­to de setem­bro. Em agos­to, a que­da do des­mata­men­to no bio­ma reg­istra­da foi de 48%.

“Provavel­mente, nesse mês de setem­bro, vai aumen­tar um pouquin­ho de 48% para 50% a redução do des­mata­men­to [na Amazô­nia]. No esta­do do Ama­zonas, a redução foi de 64% e uma redução de 50% nas queimadas”, cele­brou Mari­na Sil­va, no 7º Fórum Nacional de Con­t­role, com o tema Desen­volvi­men­to Sus­ten­táv­el e o Con­t­role – Conectan­do Fis­cal­iza­ções, Gov­er­nança e Sus­tentabil­i­dade, even­to orga­ni­za­do pelo Tri­bunal de Con­stas da União (TCU).

A min­is­tra tam­bém apon­tou os efeitos com­bi­na­dos do fenô­meno nat­ur­al El Niño e do aque­c­i­men­to das águas do Oceano Atlân­ti­co, no resul­ta­do das mudanças climáti­cas que acar­retaram even­tos extremos. Ela citou alguns efeitos do fenô­meno como as fortes chu­vas no Rio Grande do Sul e, para­le­la­mente, a seca nos rios do Ama­zonas e as mortes de toneladas de peix­es e de mais de 100 botos e tucux­is, porque a tem­per­atu­ra das águas dos rios chegou a 39º graus.

No entan­to, a min­is­tra entende que o Brasil poderá ser um grande expor­ta­dor de sus­tentabil­i­dade. “Já temos o Plano de Trans­for­mação Ecológ­i­ca; o Plano de Agri­cul­tura de Baixo Car­bono e esta­mos com o Plano de Pre­venção e Con­t­role do Des­mata­men­to para todos os bio­mas brasileiros. Não é fácil, mas, com certeza, não é impos­sív­el. Sendo olha­dos, sendo vis­tos, cri­are­mos o necessário con­strang­i­men­to éti­co para toda a humanidade de que o que esta­mos fazen­do ain­da é insu­fi­ciente”.

Mari­na ain­da propôs um acor­do para a questão ambi­en­tal, como ocor­reu no sis­tema finan­ceiro mundi­al, como for­ma de preser­var a natureza. “Temos que faz­er um acor­do da Basileia tam­bém para o plan­e­ta. Só podem exi­s­tir ativi­dades, se tiv­er las­tro na natureza, capaci­dade de suporte da natureza. Se não tiv­er, essas ativi­dades não podem ser feitas”, defend­eu.

O Acor­do de Basileia, de 1988, teve o obje­ti­vo de reg­u­lar o fun­ciona­men­to de ban­cos e diver­sas insti­tu­ições finan­ceiras mundi­ais.

No fim de sua fala no even­to, Mari­na Sil­va ain­da ques­tio­nou a for­ma como ela e a min­is­tra dos Povos Indí­ge­nas, Sonia Gua­ja­jara, foram tratadas em viagem a Man­aus, nes­ta quar­ta-feira (4), para con­ferir a situ­ação de aler­ta dos municí­pios do Ama­zonas dev­i­do à seca. As duas min­is­tras acom­pan­haram o vice-pres­i­dente Ger­al­do Alck­min, na comi­ti­va do gov­er­no fed­er­al.

A min­is­tra foi crit­i­ca­da por políti­cos locais pela demo­ra na con­cessão da licença ambi­en­tal para pavi­men­tação da rodovia fed­er­al BR-319, que liga o Ama­zonas a Por­to Vel­ho, e ao restante do país. Na ocasião, a min­is­tra disse que a con­cessão é um proces­so téc­ni­co, e estu­dos estão sendo real­iza­dos para ver­i­ficar a via­bil­i­dade das obras na BR, sem impactar a sus­tentabil­i­dade local. “Ninguém difi­cul­ta, ninguém facili­ta”, esclare­ceu a min­is­tra.

“Ontem [quar­ta-feira], as palavras mais duras foram dirigi­das a mim e à min­is­tra Son­in­ha [Sonia Gua­ja­jara]. E eu pen­sei o por quê? Quan­do os povos indí­ge­nas pro­tegem 80% das flo­restas exis­tentes no plan­e­ta, as palavras duras foram dirigi­das a nós. Às vezes, a con­sciên­cia da gente pro­je­ta em out­ro alguém aqui­lo que não quer­e­mos assumir como respon­s­abil­i­dade”, disse a min­is­tra.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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