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Referendo na Venezuela aprova incorporação de Essequibo

Repro­dução: © Vitor Abdala

Território hoje pertence à Guiana mas é reivindicado por venezuelanos


Pub­li­ca­do em 04/12/2023 — 07:14 Por Vitor Abdala — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Os eleitores venezue­lanos aprovaram, em ref­er­en­do nesse domin­go (3), a trans­for­mação do ter­ritório de Esse­qui­bo em um esta­do da Venezuela. A região per­tence ofi­cial­mente à Guiana des­de 1899, mas é reivin­di­ca­da pela nação viz­in­ha.

Segun­do o Con­sel­ho Nacional Eleitoral (CNE) venezue­lano, 10,5 mil­hões de eleitores par­tic­i­param do ref­er­en­do, dos quais 95,93% aceitaram incor­po­rar ofi­cial­mente Esse­qui­bo ao mapa do país e con­ced­er cidada­nia e doc­u­men­to de iden­ti­dade aos mais de 120 mil guia­nens­es que vivem no ter­ritório. Ape­nas 4,07% dis­cor­daram da pro­pos­ta.

Essa foi a últi­ma das cin­co per­gun­tas feitas pelo ref­er­en­do nacional. Nen­hu­ma delas, segun­do o CNE, teve menos de 95% de aprovação, de acor­do com o con­sel­ho.

A primeira per­gun­ta, sobre rechaçar, por todos os meios legais, a atu­al fron­teira entre os dois país­es, teve 97,83% de aprovação. A segun­da, sobre recon­hecer o Acor­do de Gene­bra, de 1966, como úni­co instru­men­to para resolver a con­tro­vér­sia, rece­beu apoio de 98,11%.

A ter­ceira, sobre não recon­hecer a juris­dição da Corte Inter­na­cional de Justiça, em Haia, como definido pela Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU), para resolver a questão, foi a que teve menos aprovação: 95,4%.

Na quar­ta per­gun­ta, sobre opor-se, por todos os meios legais, ao uso dos recur­sos do mar pela Guiana enquan­to a questão da fron­teira não for defin­i­ti­va­mente resolvi­da, rece­beu o “sim” de 95,94%.

“Foi uma grande jor­na­da eleitoral históri­ca de con­sul­ta, que coroa uma vitória esplen­dorosa com cin­co respostas con­tun­dentes do povo nobre que reafir­ma que a Guiana Esse­qui­ba é da Venezuela. Sim pela paz, sim pelo respeito à sobera­nia, sim ao diál­o­go, sim à nos­sa luta históri­ca e sim à pátria inde­pen­dente”, escreveu o pres­i­dente venezue­lano, Nicolás Maduro, em suas redes soci­ais.

A Guiana con­sid­era o ref­er­en­do “provoca­ti­vo, ile­gal, inváli­do e sem efeito legal inter­na­cional” e afir­ma que não tem dúvi­das sobre a val­i­dade do Lau­do Arbi­tral de 1899, que esta­b­ele­ceu a atu­al fron­teira entre os dois país­es.

Edição: Graça Adju­to

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