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Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Previsão é de que 2024 terá o maior número de focos desde 2010

Guil­herme Jerony­mo — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­da em 30/09/2024 — 07:32
São Paulo
Brasília (DF), 16/09/2024 - Grandes focos de incêndio atingem áreas do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Dados do Pro­gra­ma Queimadas, do Insti­tu­to Nacional de Pesquisas Espa­ci­ais (Inpe), já colo­cam 2024 como um dos anos com maior quan­ti­dade de focos de queima­da na últi­ma déca­da. Setem­bro já con­tabi­li­zou mais de 80 mil focos, cer­ca de 30% aci­ma da média históri­ca, reg­istra­da des­de 1998 pelo Inpe. Mes­mo que a quan­ti­dade de focos não extra­pole as médias históri­c­as nos últi­mos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos des­de 2010, quan­do o Brasil teve 319.383 reg­istros.

Os dados indicam que essa média pode ser super­a­da, pois o mês de setem­bro teve aumen­to de 311%, pas­san­do de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Centro-Oeste puxa altas

O lev­an­ta­men­to do Inpe indi­ca aumen­to con­sis­tente nos focos em todas as regiões do país, em relação a 2023, com destaque para o Cen­tro-Oeste, que teve três unidades com mais aumen­tos neste ano: Mato Grosso do Sul, com 601% e 11.990 focos em 2024; o Dis­tri­to Fed­er­al, com 269%, ain­da que com ape­nas 318 focos; e Mato Grosso, 217%, com 45 mil focos, tor­nan­do-se o esta­do com o maior número no país neste ano, ultra­pas­san­do o Pará. Os números em Mato Grosso são mais fortes em setem­bro, quan­do foi respon­sáv­el até ago­ra por 23,8% dos focos do país ou 19.439 reg­istros. O Pará tam­bém teve grande quan­ti­dade de queimadas no mês: 17.297 focos, ou 21,2% de todos os reg­istros.

Com­ple­tam o rank­ing dos maiores aumen­tos dois esta­dos do Sud­este, com números totais de queimadas menos rep­re­sen­ta­tivos, porém com grande aumen­to: São Paulo e o Rio de Janeiro. O aumen­to para os paulis­tas foi de 428% em setem­bro, com 7855 focos ativos. No Rio, foi de 184%, ou 1074 focos.

Em São Paulo, grande parte dos focos esteve con­cen­tra­da em setem­bro, quan­do o esta­do reg­istrou 2.445 focos ativos, 3% das ocor­rên­cias em todo o ter­ritório nacional. Nas últi­mas 48 horas, o esta­do reg­istrou 65 focos ativos, de acor­do com  o Inpe. A Defe­sa Civ­il estad­ual infor­mou que qua­tro municí­pios reg­is­traram focos nesse domin­go (29), entre eles Luiz Antônio, na região de Ribeirão Pre­to, onde o com­bate se con­cen­tra na Estação Ecológ­i­ca do Jataí. Somente lá atu­am 133 agentes, entre defe­sa civ­il, bombeiros, brigadis­tas e vol­un­tários. São 42 veícu­los, entre cam­in­hões pipa, tra­tores e camionetes 4×4. Usi­nas da região uni­ram-se à força-tare­fa envian­do brigadis­tas e veícu­los de apoio. Seis aeron­aves, sendo qua­tro aviões e dois helicópteros, tam­bém foram mobi­liza­dos nes­sa frente.

Des­de o começo das medições, o país teve mais de 300 mil focos ape­nas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Neste ano de 2024 cam­in­ha para a vol­ta dessa mar­ca. Com seus 208 mil focos reg­istra­dos, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778, con­sideran­do ape­nas os últi­mos dez anos.

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