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Restos mortais de Antoninho da Rocha já estão em São José dos Campos

Repro­dução:  © Asses­so­ria do IPMMI

Em processo de canonização, possível santo morreu aos 12 anos em 1930


Pub­li­ca­do em 20/10/2021 — 10:20 Por Lud­mil­la Souza — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

Os restos mor­tais de Anton­in­ho da Rocha Mar­mo foram trans­feri­dos do Cemitério da Con­so­lação, em São Paulo, para a Capela de Nos­sa Sen­ho­ra da Saúde, no hos­pi­tal que leva o nome dele em São José dos Cam­pos (SP).

Segun­do infor­mou a asses­so­ria do hos­pi­tal, a relíquia chegou às 14h de ontem (19) e foi rece­bi­da com uma cel­e­bração reli­giosa pelas Irmãs Peque­nas Mis­sionárias de Maria Imac­u­la­da, respon­sáveis pela admin­is­tração do local. Os restos mor­tais chegaram no mes­mo dia em que o garo­to nasceu em 1918.

“Anton­in­ho foi uma alma abençoa­da e cari­dosa. Um ver­dadeiro exem­p­lo a ser segui­do porque soube nos ensi­nar os val­ores humanos e cristãos. Mes­mo doente, ele pen­sou no bem-estar de out­ras cri­anças”, disse a admin­istrado­ra do hos­pi­tal, irmã Alessan­dra Nogueira.

Canonização

O proces­so de beat­i­fi­cação e can­on­iza­ção de Anton­in­ho foi acol­hi­do pela Igre­ja Católi­ca em 2007 e encon­tra-se atual­mente em Roma, na Con­gre­gação para as Causas dos San­tos. O meni­no rece­beu o títu­lo de Ser­vo de Deus.

Atual­mente, está sendo elab­o­ra­do a Posi­tio, fase do proces­so que tem por prin­ci­pal obje­ti­vo a avali­ação das vir­tudes do Ser­vo de Deus e de sua fama de san­ti­dade.

No Hos­pi­tal Anton­in­ho, as reli­giosas recebem com fre­quên­cia relatos de curas ocor­ri­das por inter­cessão do meni­no. Ess­es relatos, soma­dos a depoi­men­tos e provas conc­re­tas do mila­gre alcança­do, poderão ser lev­a­dos pelo autor do proces­so à apre­ci­ação de con­sel­hos for­ma­dos por bis­pos e out­ros reli­giosos no Vat­i­cano.

História

Antônio da Rocha Mar­mo nasceu em 19 de out­ubro de 1918 na cap­i­tal paulista e foi o penúl­ti­mo fil­ho do casal Pam­phi­lo Mar­mo e Maria Izabel Rocha Mar­mo. Des­de cedo já apre­sen­ta­va uma saúde del­i­ca­da. Acometi­do de tuber­cu­lose pul­monar, procurou trata­men­to em cidades cujo cli­ma era apro­pri­a­do, den­tre elas, São José dos Cam­pos.

Segun­do relatos, Anton­in­ho era uma cri­ança de grande piedade, res­ig­na­da ao sofri­men­to de sua doença. Brin­ca­va de cel­e­brar mis­sas e expli­ca­va a palavra de Deus com tan­ta sabedo­ria (ele era anal­fa­beto, nun­ca con­seguiu fre­quen­tar a esco­la dev­i­do à doença), e mostra­va ati­tudes inco­muns para uma cri­ança. Ven­er­a­va a Eucaris­tia, a San­ta Mis­sa, Nos­sa Sen­ho­ra da Saúde e tin­ha respeito por sac­er­dotes.

Pre­ocu­pa­va-se com as demais cri­anças doentes que não tin­ham onde se tratar. Em São José dos Cam­pos não havia cen­tros de saúde para cri­anças. Ele, por ser de família de classe média, tin­ha a pos­si­bil­i­dade de residir em uma casa alu­ga­da, na pre­sença da família, com ali­men­tação e cuida­dos. Ele pediu que a sua mãe,  após a sua morte, con­struísse um local para cri­anças pobres enfer­mas. Anton­in­ho mor­reu em 21 de dezem­bro de 1930, com 12 anos de idade, na cidade de São Paulo.

Memorial

Inau­gu­ra­do em 2016, o Memo­r­i­al de Anton­in­ho da Rocha Mar­mo abri­ga per­tences do meni­no como uma esto­la, pala (cartão guarneci­do de pano bran­co com que o sac­er­dote cobre o cálice), chave do quar­to, terço, osten­sório e castiçal.

Con­ta ain­da com obje­tos doa­d­os por par­entes de Anton­in­ho como um quadro de Nos­sa Sen­ho­ra da Saúde, padroeira da capela do hos­pi­tal, e toal­has de altar uti­lizadas pelo meni­no para cel­e­brar mis­sas.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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