...
quarta-feira ,6 dezembro 2023
Home / Noticias do Mundo / Reunião do Conselho de Segurança da ONU termina sem acordo

Reunião do Conselho de Segurança da ONU termina sem acordo

Repro­dução: © Juan Seguí Moreno/Flickr

Esse foi segundo encontro desde início de guerra entre Israel e Hamas


Pub­li­ca­do em 13/10/2023 — 20:40 Por Well­ton Máx­i­mo – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

ouvir:

Depois de duas horas e meia de con­ver­sas, ter­mi­nou sem acor­do a segun­da reunião do Con­sel­ho de Segu­rança das Nações Unidas sobre o con­fli­to entre Israel e o grupo palesti­no Hamas. As nego­ci­ações em torno de uma res­olução prosseguirão nos próx­i­mos encon­tros.

Respon­sáv­el por pre­sidir o encon­tro, o min­istro das Relações Exte­ri­ores do Brasil, Mau­ro Vieira, cobrou um con­sen­so do Con­sel­ho de Segu­rança diante da ameaça de uma catástrofe human­itária. “O Con­sel­ho tem uma respon­s­abil­i­dade cru­cial, tan­to na respos­ta ime­di­a­ta aos acon­tec­i­men­tos da crise human­itária do momen­to, assim como nos está­gios futur­os, ao inten­si­ficar as relações mul­ti­lat­erais necessárias para restau­rar um proces­so de paz. Nem os israe­lens­es, nem os palesti­nos dev­e­ri­am pas­sar por sofri­men­tos semel­hantes out­ra vez”, declar­ou.

Vieira tam­bém disse que o Brasil vai con­tin­uar pro­moven­do o diál­o­go entre os inte­grantes, inclu­sive com a aber­tu­ra de novas avenidas de nego­ci­ação. “O obje­ti­vo ime­di­a­to é claro e urgente: pre­venir mais der­ra­ma­men­to de sangue e per­da de vidas e ten­tar garan­tir aces­so human­itário urgente para as áreas mais atingi­das”, adver­tiu.

O chancel­er reit­er­ou o ape­lo do pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va para a lib­er­ação ime­di­a­ta e incondi­cional dos civis feitos reféns des­de o iní­cio da crise e disse que o Brasil tra­bal­ha por uma solução que envol­va a coex­istên­cia de dois esta­dos. “Reit­er­amos nos­so forte apoio à solução de dois Esta­dos, com os palesti­nos viven­do lado a lado, em paz e pros­peri­dade, com fron­teiras seguras e mutu­a­mente acor­dadas com Israel”, declar­ou.

O min­istro man­i­festou a pre­ocu­pação do gov­er­no brasileiro com a deter­mi­nação de Israel para que a pop­u­lação se retire da parte norte da Faixa de Gaza até a 0h deste sába­do (14), 18h de sex­ta-feira no horário de Brasília. “Recebe­mos, com abso­lu­to espan­to, as notí­cias de que as forças israe­lens­es deter­mi­naram a saí­da de mais de 1 mil­hão de civis da parte norte de Gaza em 24 horas. Como as Nações Unidas já deixaram claro, isso levaria a uma crise human­itária sem prece­dentes para os civis”, ressaltou.

Como o Brasil assum­iu a presidên­cia rota­ti­va do Con­sel­ho de Segu­rança, o encon­tro foi pre­si­di­do por Vieira. Após a reunião, o chancel­er brasileiro reuniu-se com o secretário-ger­al das Nações Unidas, Antônio Guter­res, para pas­sar um resumo dos diál­o­gos.

Aprovação

A aprovação de uma res­olução no Con­sel­ho de Segu­rança da ONU exige o voto favoráv­el de pelo menos 9 dos 15 país­es inte­grantes do órgão e nen­hum veto dos cin­co mem­bros per­ma­nentes – Esta­dos Unidos, França, Reino Unido, Rús­sia e Chi­na. Um tex­to pode ser aprova­do com a abstenção de um dess­es cin­co país­es, des­de que nen­hum deles exerça o poder de veto.

Antes de se reunir com Mau­ro Vieira, Guter­res sol­i­dari­zou-se com as famílias dos tra­bal­hadores que mor­reram na Faixa de Gaza e nas demais zonas em con­fli­to. Des­de o iní­cio da ofen­si­va do Hamas, no últi­mo dia 7, 11 fun­cionários das Nações Unidas e 23 tra­bal­hadores de orga­ni­za­ções human­itárias mor­reram em Gaza. Nes­ta sex­ta-feira (13), um cine­grafista da agên­cia Reuters mor­reu no sul do Líbano.

Des­de a cri­ação do Con­sel­ho de Segu­rança da ONU, após a Segun­da Guer­ra Mundi­al, o órgão con­seguiu aprovar ape­nas qua­tro res­oluções. A primeira ocor­reu na Guer­ra da Cor­eia, na déca­da de 1950. Após uma par­al­isia durante o restante da Guer­ra Fria, o con­sel­ho aprovou mais três res­oluções: na invasão do Kuwait pelo Iraque, em 1991; na invasão do Afe­gan­istão após o 11 de setem­bro, em 2001; e na inter­venção mil­i­tar da Líbia, em 2011.

Edição: Aline Leal

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Ultradireitista Javier Milei vence as eleições argentinas

Repro­dução: © REUTERS/Agustin Mar­car­i­an Futuro presidente venceu disputa acirrada no segundo turno Pub­li­ca­do em 19/11/2023 …