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Ricardo Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participa de audiência pública, na Comissão de Agricultura. Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados
Repro­du­ção: © José Cruz/Agência Bra­sil

Exoneração foi publicada hoje no Diário Oficial da União


Publi­ca­do em 23/06/2021 — 17:42 Por Pedro Rafa­el Vile­la — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil* — Bra­sí­lia
Atu­a­li­za­do em 23/06/2021 — 18:05

O minis­tro do Meio Ambi­en­te, Ricar­do Sal­les, pediu demis­são do car­go nes­ta quar­ta-fei­ra (23). A exo­ne­ra­ção, assi­na­da pelo pre­si­den­te Jair Bol­so­na­ro, foi publi­ca­da em edi­ção extra do Diá­rio Ofi­ci­al da União.

No lugar de Sal­les, o pre­si­den­te nome­ou Joa­quim Álva­ro Perei­ra Lei­te, que até então ocu­pa­va o car­go de secre­tá­rio da Amazô­nia e Ser­vi­ços Ambi­en­tais do minis­té­rio.

Após a publi­ca­ção de sua exo­ne­ra­ção, Ricar­do Sal­les fez um pro­nun­ci­a­men­to à impren­sa, no Palá­cio do Pla­nal­to, para expli­car os moti­vos de sua saí­da. Segun­do ele, está ocor­ren­do no país um pro­ces­so de “cri­mi­na­li­za­ção” de opi­niões diver­gen­tes sobre a ques­tão ambi­en­tal e, por isso, ele esta­va abrin­do espa­ço para mai­or diá­lo­go.

Assista ao pronunciamento de Salles:

“Eu enten­do que o Bra­sil, ao lon­go des­se ano e no ano que vem, na inser­ção inter­na­ci­o­nal e tam­bém na agen­da naci­o­nal, pre­ci­sa ter uma união mui­to for­te de inte­res­ses, de ansei­os e de esfor­ços. E para que isso se faça da manei­ra mais sere­na pos­sí­vel, eu apre­sen­tei ao senhor pre­si­den­te o meu pedi­do de exo­ne­ra­ção, que foi aten­di­do e eu serei subs­ti­tuí­do pelo secre­tá­rio Joa­quim Álva­ro Perei­ra Lei­te, que tam­bém tem mui­ta expe­ri­ên­cia e conhe­ce todos esses assun­tos”, afir­mou.

Sal­les tam­bém fez um balan­ço de seus dois anos e meio de ges­tão, des­ta­can­do que bus­cou cum­prir a ori­en­ta­ção do pre­si­den­te em equi­li­brar o desen­vol­vi­men­to econô­mi­co com o meio ambi­en­te, com res­pei­to ao setor pri­va­do, ao agro­ne­gó­cio e aos empre­sá­ri­os.

Entre as medi­das cita­das pelo ex-minis­tro, estão a apro­va­ção do Mar­co Legal do Sane­a­men­to Bási­co, o pro­gra­ma Lixão Zero, o pro­gra­ma de con­ces­sões de par­ques naci­o­nais e a aber­tu­ra de con­cur­so para o Iba­ma e o Ins­ti­tu­to Chi­co Men­des de Con­ser­va­ção da Bio­di­ver­si­da­de (ICM­Bio). Ele tam­bém men­ci­o­nou o pro­gra­ma Ado­te um Par­que, que pre­vê a obten­ção de recur­sos de empre­sas para a pre­ser­va­ção de flo­res­tas.

Investigação

Ricar­do Sal­les, que ocu­pa­va o car­go des­de o iní­cio do man­da­to de Bol­so­na­ro, em 2019, é inves­ti­ga­do em dois inqué­ri­tos no Supre­mo Tri­bu­nal Fede­ral (STF).

No mês pas­sa­do, por deci­são do minis­tro Ale­xan­dre de Mora­es, do STF, Sal­les foi alvo de man­da­dos de bus­ca e apre­en­são e teve seus sigi­los ban­cá­rio e fis­cal que­bra­dos, no âmbi­to da Ope­ra­ção Aku­an­du­ba, defla­gra­da pela Polí­cia Fede­ral (PF). O órgão apu­ra cri­mes de cor­rup­ção, advo­ca­cia admi­nis­tra­ti­va, pre­va­ri­ca­ção e faci­li­ta­ção de con­tra­ban­do, pra­ti­ca­dos por agen­tes públi­cos e empre­sá­ri­os.

A sus­pei­ta é da exis­tên­cia de um esque­ma inter­na­ci­o­nal de expor­ta­ção ile­gal de madei­ra. Além do ago­ra ex-minis­tro, outras 17 pes­so­as são inves­ti­ga­das. Na épo­ca, o STF tam­bém deter­mi­nou o afas­ta­men­to de Edu­ar­do Bim do car­go de pre­si­den­te do Ins­ti­tu­to Bra­si­lei­ro do Meio Ambi­en­te e dos Recur­sos Natu­rais Reno­vá­veis (Iba­ma).

*Maté­ria ampli­a­da às 18h05 para incluir o pro­nun­ci­a­men­to do ex-minis­tro Ricar­do Sal­les.

Edi­ção: Pedro Ivo de Oli­vei­ra

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