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Rio está longe de uma “situação confortável”, diz Paes sobre covid-19

Rio de Janeiro - O prefeito Eduardo Paes participa da campanha Blocos de Rua Unidos Pelo Distanciamento, que lança uma camisa para conscientizar contra aglomeração e ajudar financeiramente trabalhadores devido ao cancelamento do Carnaval 2021. (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Decreto publicado hoje prorroga medidas restritivas até 10 de maio


Pub­li­ca­do em 30/04/2021 — 14:40 Por Cristi­na Indio do Brasil — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduar­do Paes, disse que a cidade ain­da está longe de uma “situ­ação con­fortáv­el”, em relação à pan­demia de covid-19, e que não é para esper­ar que a admin­is­tração do municí­pio cor­ra atrás das pes­soas nas pra­ias, para faz­er cumprir as medi­das restri­ti­vas que impe­dem a per­manên­cia de fre­quen­ta­dores nas areias durante o fim de sem­ana.

De acor­do com as medi­das, pror­ro­gadas por meio de decre­to até o dia 10 de maio, no sába­do e no domin­go fica per­mi­ti­da ape­nas a práti­ca esporti­va indi­vid­ual, como cam­in­hadas e surf. Já de segun­da a sex­ta-feira, os ban­his­tas podem per­manecer nas pra­ias e está per­mi­ti­do tam­bém o tra­bal­ho de ambu­lantes fixos e os que cir­cu­lam na areia. O decre­to do prefeito do Rio, Eduar­do Paes, com a pror­ro­gação foi pub­li­ca­do hoje (30) no Diário Ofi­cial do Municí­pio.

“Já temos a cidade bas­tante aber­ta, enfim, as ativi­dades econômi­cas poden­do fun­cionar quase na sua plen­i­tude. Exis­tem algu­mas restrições sendo impostas ain­da, prin­ci­pal­mente esse negó­cio da pra­ia no fim de sem­ana. A gente está per­mitin­do que as pes­soas pos­sam faz­er as suas práti­cas esporti­vas e o seu laz­er na pra­ia. Durante a sem­ana pode ficar, no fim de sem­ana, não. Mas não esperem que a gente vai ficar tam­bém cor­ren­do atrás das pes­soas nas pra­ias. É uma ten­ta­ti­va de min­i­mizar grandes aglom­er­ações e grandes deslo­ca­men­tos nos fins de sem­ana”, disse hoje (30), durante a apre­sen­tação do 17º Bole­tim Epi­demi­ológi­co da Prefeitu­ra do Rio.

Na avali­ação da prefeitu­ra, como o número de casos sus­peitos de sín­drome gri­pal e de Sín­drome Res­pi­ratória Agu­da Grave (SRAG) nas redes de urgên­cia e de emergên­cia, que apre­sen­ta­va que­da, se esta­bi­li­zou em um nív­el ain­da alto nos últi­mos dias, o prefeito decid­iu con­tin­uar com as restrições em vig­or e foi man­ti­da tam­bém a clas­si­fi­cação de risco muito alto. Paes lem­brou que esse é o dado que a prefeitu­ra obser­va para decidir sobre as medi­das restri­ti­vas a serem ado­tadas no municí­pio.

“A gente nota que, infe­liz­mente, há uma cer­ta esta­bi­liza­da nes­ta cur­va, mas man­ten­do um platô bas­tante alto. Só olhar a cur­va que a gente vê isso. Tomamos as medi­das com bas­tante ante­cedên­cia quan­do começou a ter um aumen­to na rede de urgên­cia e de emergên­cia. Esse dado é o mais primário de todos. Ali, começa a se iden­ti­ficar que as pes­soas podem estar con­train­do a doença. A gente se ani­mou quan­do há umas três sem­anas ele parou de crescer e começou a cair um pouco, mas ago­ra deu uma esta­bi­liza­da. Mais uma vez esse é o dado que está mais nos norte­an­do”. obser­vou.

Paes disse que tam­bém é avali­a­do o número de óbitos, que é o dado final que ninguém quer que exista, mas é muito impor­tante enten­der que ain­da há uma incidên­cia muito grande de pes­soas procu­ran­do a rede munic­i­pal de saúde com sin­tomas da doença. “Isso mostra que a gente está longe de estar em uma situ­ação con­fortáv­el, por isso, a manutenção das medi­das restri­ti­vas, per­mitin­do que a cidade fun­cione. A gente sabe que não dá para fechar tudo para todo o sem­pre”, pon­tu­ou, aler­tan­do para a gravi­dade do com­por­ta­men­to da doença.

“A gente chama nova­mente a atenção das pes­soas para que ten­ham esse cuida­do, esse zelo. É uma situ­ação mel­hor do que era quan­do a gente começou a impor medi­das restri­ti­vas, mas ain­da não é uma posição de situ­ação con­fortáv­el”.

Bares e restaurantes

Com as medi­das pror­ro­gadas, bares, lan­chonetes, restau­rantes, quiosques da orla e out­ros esta­b­elec­i­men­tos semel­hantes, só podem rece­ber clientes sen­ta­dos às mesas e até as 22h, com tol­erân­cia de uma hora para que o atendi­men­to seja encer­ra­do com o esvazi­a­men­to com­ple­to das pes­soas e o fechamen­to total do esta­b­elec­i­men­to para o públi­co. Após esse horário, é per­mi­ti­do o fun­ciona­men­to inter­no, com as por­tas fechadas, mas exclu­si­va­mente para entre­ga em domicílio (deliv­ery), reti­ra­da no local (take away) ou dri­ve thru.

O prefeito con­tou que, des­de o iní­cio das medi­das restri­ti­vas no Rio, ele não ia a um restau­rante para jan­tar, mas ontem resolveu ir, e o esta­b­elec­i­men­to respeitou as deter­mi­nações. Para Paes, a adoção de horários de fun­ciona­men­to acabou alteran­do os hábitos dos con­sum­i­dores, que acabam sain­do um pouco mais cedo.

Ele voltou a pedir a colab­o­ração da pop­u­lação para que siga as medi­das: “a gente espera voltar a avançar, mas é um momen­to de mui­ta con­sci­en­ti­za­ção das pes­soas e de mui­ta colab­o­ração da pop­u­lação. Sei que algu­mas pes­soas até ironizam quan­do faço refer­ên­cia a colab­o­ração da pop­u­lação, mas não vou parar de pedir a colab­o­ração da pop­u­lação, porque essa é a úni­ca maneira de fato para com­bat­er o vírus”.

Em 2021, a cidade do Rio reg­istrou 63.536 casos de covid-19, sendo 15.458 graves. No perío­do, 5.462 pes­soas mor­reram em con­se­quên­cia da doença. A taxa de incidên­cia alcançou 953,8 por 100 mil habi­tantes, a de letal­i­dade chegou a 8,6% e a taxa de mor­tal­i­dade 82,9 por 100 mil habi­tantes.

Edição: Denise Griesinger

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