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Rio lança Arena Gamer para inclusão em novas tecnologias

Repro­dução: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Espaço, na zona norte, será inaugurado em julho


Pub­li­ca­do em 16/05/2023 — 17:28 Por Cristi­na Indio do Brasil — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Matheus Valério, 13 anos de idade; Pan­do­ra Hele­na, 12 anos, e Arthur Bernar­do, 11 anos, têm em comum o inter­esse pelos jogos eletrôni­cos. A von­tade de saber mais sobre o que gostam de faz­er os lev­ou para a Nave do Con­hec­i­men­to do Engen­hão, na zona norte do Rio de Janeiro. No local fun­ciona um pro­gra­ma da Prefeitu­ra do Rio de Janeiro com o obje­ti­vo de democ­ra­ti­zar o aces­so ao uni­ver­so dig­i­tal em ambi­entes colab­o­ra­tivos e cria­tivos, que vive cheio de ado­les­centes em bus­ca de mui­ta diver­são e cur­sos.

Jus­ta­mente em um dos cur­sos, os três desen­volver­am um jogo, que se trans­for­mou em incen­ti­vo para seguirem em frente. Depois de se destacar em um even­to na Fed­er­ação de Indús­trias do Rio de Janeiro (Fir­jan), Matheus gan­hou o cur­so Games 2D Con­struct, da área de Pro­gra­mação de Games da Plug and Plus.

Ago­ra, o que une os três é a ansiedade pela inau­gu­ração da Are­na Gamer, pre­vista para o fim de jul­ho. O pro­je­to, cri­a­do pela Sec­re­taria Munic­i­pal de Ciên­cia e Tec­nolo­gia, em parce­ria com a Coor­de­nação de Games e e‑Sports, que faz parte da Casa Civ­il da prefeitu­ra, foi lança­do nes­ta terça-feira (16), na sede da Nave do Con­hec­i­men­to do Engen­hão, onde o espaço vai fun­cionar.

“Estou muito ansioso com a parte de cima da Nave [segun­do andar onde fun­cionará a Are­na Gamer] para todo mun­do poder dis­putar campe­onatos e se diver­tir com os ami­gos. Des­de pequeno fico jogan­do e mex­en­do no tele­fone [celu­lar] procu­ran­do algu­ma coisa para jog­ar. Os jogos sem­pre estiver­am pre­sentes na min­ha vida”, con­tou Matheus Valério, que espera poder desen­volver out­ros jogos.

“Eu estou muito ansiosa porque vai abranger muito públi­co de todas as class­es soci­ais que vão poder vir para cá jog­ar e se diver­tir”, rev­el­ou Pan­do­ra Hele­na, que pre­tende seguir profis­sion­al­mente nes­sa área de tec­nolo­gia.

Arthur Bernar­do disse que já fez os cur­sos de robóti­ca, infor­máti­ca, impres­so­ra 3D e, o mais impor­tante para ele, foi o de desen­volvi­men­to de jogos. “Achei muito legal [a novi­dade da Are­na] para as pes­soas que não têm condição de com­prar videogames caros, com­puta­dores e celu­lares vão poder aces­sar através de uma nova are­na públi­ca para todos os jovens”, disse dan­do a recei­ta para desen­volver um bom jogo. “O mín­i­mo detal­he pode estra­gar tudo que você fez, ou seja, tem que ser sem­pre certeiro e sem dúvi­da”, acon­sel­hou.

A intenção da prefeitu­ra do Rio de Janeiro é que o espaço seja um local de inclusão, apren­diza­gem e trans­for­mação social.

Segun­do a secretária Tatiana Roque, esta é a primeira are­na públi­ca de games e jogos eletrôni­cos do Brasil.

As inscrições vão começar logo após a inau­gu­ração e, emb­o­ra ten­ha o incen­ti­vo às pes­soas que moram na região, o espaço está aber­to a todos que quis­erem fre­quen­tar o local. “Os alunos da Nave são a pri­or­i­dade, claro, mas a Nave como sem­pre está aber­ta a todo mun­do, Bas­ta vir aqui e se inscr­ev­er”, disse.

Tatiana desta­cou ain­da a opor­tu­nidade de ofer­e­cer equipa­men­tos como os da Nave do Con­hec­i­men­to espe­cial­mente para quem não tem aces­so por causa da condição finan­ceira. “A gente está cam­in­han­do para um mun­do dom­i­na­do pelas novas tec­nolo­gias, então, a gente pre­cisa abrir cada vez mais opor­tu­nidades públi­cas acessíveis para todo mun­do, para não deixar ninguém para trás, para que ninguém fique de fora desse novo mun­do da tec­nolo­gia”, disse.

Além de um espaço para com­petições de pequeno porte e torneios region­ais de esportes eletrôni­cos com capaci­dade para rece­ber dois times de até cin­co jogadores, a Are­na [Gamer] vai ser uti­liza­da como cen­tro de treina­men­tos de novas equipes de e‑sports do Rio de Janeiro. Vai con­tar ain­da com um estú­dio de trans­mis­são das com­petições de e‑sports, camarins para os times, área para equipe téc­ni­ca e arquiban­ca­da.

“A ideia é que a gente inau­gure a Are­na Gamer com um campe­ona­to. Já esta­mos estu­dan­do com a Coor­de­nado­ria de Games e e‑Sports da prefeitu­ra equipes que pos­sam vir faz­er uma com­petição nesse ato de inau­gu­ração da are­na”, adiantou a secretária.

“Uma are­na dessa, sobre­tu­do, tem a capaci­dade de democ­ra­ti­zar os games, e mais do que isso, uma are­na como essa não é com­pos­ta só de jogadores. É com­pos­ta de uma série de profis­sões que orbitam como comen­taris­tas, nar­radores, o advo­ga­do que vai cuidar das regras do jogo, o admin­istrador do espaço, então essa are­na é tam­bém é um por­tal para a nova econo­mia cria­ti­va que, como disse o prefeito [Eduar­do Paes], move a econo­mia mundi­al nesse momen­to”, disse o coor­de­nador de Games e e‑Sports da Prefeitu­ra, Chandy Teix­eira.

Para as pes­soas que não têm con­ta­to com o uni­ver­so gamer, o pro­je­to pre­vê a cri­ação de uma área de sim­u­ladores, Lá poderão usar ócu­los de real­i­dade vir­tu­al para uma imer­são em ambi­ente dig­i­tal por meio de ima­gens 360º. Tam­bém serão aten­di­das as pes­soas que quis­erem brin­car com jogos clás­si­cos do iní­cio da cri­ação dos videogames no espaço Retro Games.

Além de abri­gar a Are­na Gamer, a Nave do Con­hec­i­men­to vai ter uma incubado­ra de star­tups que vai ofer­e­cer con­sul­to­ria, treina­men­to e par­tic­i­pação em even­tos. “O con­ceito do ambi­ente é pro­mover net­work­ing entre difer­entes star­tups, por isso não pos­sui baias ou pare­des sep­a­ran­do as empre­sas. O propósi­to é fomen­tar empre­sas de cun­ho social”, infor­mou a Sec­re­taria de Ciên­cia e Tec­nolo­gia.

No espaço cowork­ing, os fun­cionários das star­tups terão um local para tra­bal­har de for­ma mais reser­va­da ou para realizarem reuniões para apre­sentarem seus pro­du­tos para poten­ci­ais clientes e investi­dores. Lá será pos­sív­el rece­ber 15 pes­soas, além de out­ras cin­co na sala de reuniões.

O pro­je­to tem ain­da a Nave­LAB, des­ti­na­da a pro­dução de tra­bal­hos a um cus­to baixo. O usuário terá à dis­posição equipa­men­tos e fer­ra­men­tas para as star­tups cri­arem seus pro­tóti­pos, tais como cor­ta­do­ra laser, impres­so­ra 3D, ban­cadas amplas para cri­ação de soluções com platafor­mas de inter­net. Lá haverá aulas de impressão 3D, robóti­ca com Lego ou Arduino, cur­sos que já são min­istra­dos nas Naves do Con­hec­i­men­to.

Segun­do o prefeito Eduar­do Paes, se com­para­do a out­ros país­es, o Brasil está atrasa­do nes­ta área da edu­cação e o aces­so às tec­nolo­gias tem que ser facil­i­ta­do em pro­gra­mas dos três níveis de gov­er­no.

“Se a gente con­seguir botar o Brasil nesse cam­po, a gente vai emb­o­ra e tem um enorme poten­cial. A gente pre­cisa cri­ar e dar as condições para que a gente ten­ha essa mol­e­ca­da crian­do essa tec­nolo­gia e gan­han­do din­heiro”, disse.

“Matheus, essa nos­sa apos­ta é em pes­soas como você, o que a gente quer é que um monte de car­i­o­ca jovem que está entran­do nes­sa área ten­ha as condições”, disse Eduar­do Paes ao ado­les­cente, prom­e­tendo se preparar e con­hecer mais este tipo de tec­nolo­gia para desafi­ar o jovem nos jogos.

“Aqui [na Prefeitu­ra do Rio de Janeiro] a gente é ami­go pra caram­ba do e‑Sportes. Quer­e­mos que esta cidade seja a pre­cur­so­ra dis­so, que seja a pre­cur­so­ra da ino­vação”, com­ple­tou.

Ao todo, a cidade do Rio de Janeiro tem nove Naves do Con­hec­i­men­to local­izadas nas zonas norte e oeste da cidade. Ness­es locais, segun­do a prefeitu­ra, são ofer­e­ci­das ofic­i­nas, cur­sos e even­tos rela­ciona­dos à infor­máti­ca bási­ca, econo­mia cria­ti­va, tec­nolo­gia da infor­mação, robóti­ca e pro­gra­mação, tra­bal­ho e empreende­doris­mo.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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