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Rio lança campanha de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis

Repro­dução: © Prefeitu­ra do Rio/ Beth San­tos

Iniciativa irá distribuir 700 mil preservativos durante o carnaval


Pub­li­ca­do em 20/04/2022 — 12:35 Por Ana Cristi­na Cam­pos – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

A prefeitu­ra do Rio ini­cia hoje (20) a cam­pan­ha de pre­venção às infecções sex­ual­mente trans­mis­síveis (ISTs) durante o car­naval fora de época. Com o slo­gan “Deu match? Use camis­in­ha”, a ação irá dis­tribuir 700 mil preser­v­a­tivos e infor­ma­tivos sobre out­ros méto­dos de pre­venção, como PrEP (Pro­fi­lax­ia pré-exposição) e PEP (Pro­fi­lax­ia pós-exposição), no Sam­bó­dro­mo, no Ter­reirão do Sam­ba e em fes­tas pri­vadas do municí­pio.

A cam­pan­ha é coor­de­na­da pela Sec­re­taria Munic­i­pal de Gov­er­no e Inte­gri­dade Públi­ca, por meio da Coor­de­nado­ria Exec­u­ti­va da Diver­si­dade Sex­u­al, e pela Super­in­tendên­cia de Pro­moção da Saúde da Sec­re­taria Munic­i­pal de Saúde.

Além de con­sci­en­ti­zar sobre riscos à saúde ofer­e­ci­dos pelas ISTs, a ini­cia­ti­va visa a min­i­mizar a resistên­cia à testagem e ao uso dos preser­v­a­tivos e de out­ros méto­dos de pre­venção, que são disponi­bi­liza­dos gra­tuita­mente nas clíni­cas da família e cen­tros munic­i­pais de saúde ao lon­go de todo o ano.

Entre eles, está a PEP, com­bi­nação de medica­men­tos que deve ser toma­da após episó­dios de relação sex­u­al despro­te­gi­da ou de vio­lên­cia sex­u­al, com o obje­ti­vo de impedir a infecção pelo vírus HIV. Para fun­cionarem, os com­prim­i­dos pre­cisam ser toma­dos em até 72 horas após o ato sex­u­al

“No car­naval, é comum que o cidadão se empolgue e deixe a saúde em segun­do plano, mas isso não pode acon­te­cer. Usar camis­in­ha, faz­er o teste e se pro­te­ger é um ato de amor por si mes­mo e pelo próx­i­mo. Com essa cam­pan­ha, o Rio vol­ta a realizar um tra­bal­ho de pre­venção nas ruas durante a folia”, disse, em nota, o coor­de­nador exec­u­ti­vo da Diver­si­dade Sex­u­al, Car­los Tufves­son.

“A esti­ma­ti­va do Min­istério da Saúde em 2019 era de que cer­ca de 135 mil brasileiros vivi­am com HIV/Aids sem saber que estavam infec­ta­dos. Quer­e­mos lem­brar à pop­u­lação que não existe grupo de risco, mas sim com­por­ta­men­to de risco, e que toda pes­soa sex­ual­mente ati­va deve se tes­tar a cada seis meses”, acres­cen­tou.

Equipe na rua

O tra­bal­ho nas ruas começa nes­ta quar­ta (20), primeiro dia dos des­files das esco­las de sam­ba na Sapu­caí, e vai até o próx­i­mo sába­do (23). No sába­do seguinte (30), durante o Des­file das Campeãs, 16 agentes voltam ao Sam­bó­dro­mo para levar a con­sci­en­ti­za­ção sobre as ISTs.

Con­trata­da por meio de um proces­so sele­ti­vo que con­tou com mais de mil inscritos, a equipe é for­ma­da por pes­soas de todos os gêneros e ori­en­tações sex­u­ais, com o obje­ti­vo de que­brar estig­mas rela­ciona­dos à saúde sex­u­al e garan­tir que o maior número pos­sív­el de pes­soas seja alcança­do, infor­mou a prefeitu­ra.

“As infecções sex­ual­mente trans­mis­síveis são doenças de relevân­cia em saúde públi­ca, que não estão restri­tas a gru­pos especí­fi­cos, mas podem atin­gir a toda a pop­u­lação, com con­se­quên­cias graves. E a mel­hor for­ma de com­bat­er as ISTs é ori­en­tan­do as pes­soas sobre os méto­dos de pre­venção. Por isso essa é uma cam­pan­ha de extrema importân­cia”, disse o secretário munic­i­pal de Saúde, Rodri­go Pra­do.

“A cam­pan­ha é uma grande opor­tu­nidade para reafir­mar­mos ações e políti­cas de com­bate à dis­crim­i­nação e intol­erân­cia racial e sex­u­al. Nos dias da cam­pan­ha, os agentes públi­cos envolvi­dos na ação tam­bém instru­irão os foliões sobre o que faz­er caso sejam víti­mas de LGBTI­fo­bia ou out­ro tipo de dis­crim­i­nação”, afir­mou o secretário de Gov­er­no e Inte­gri­dade Públi­ca, Tony Chali­ta.

Denúncias

Em caso de denún­cias, o bole­tim de ocor­rên­cia pode ser feito em qual­quer del­e­ga­cia do municí­pio. A cidade con­ta ain­da com uma del­e­ga­cia espe­cial­iza­da, a Del­e­ga­cia de Crimes Raci­ais e Deli­tos de Intol­erân­cia, na Rua do Lavra­dio, no Cen­tro.

Caso neces­site, o folião tam­bém pode acionar a prefeitu­ra por meio da Cen­tral de Atendi­men­to 1746 — via aplica­ti­vo, What­sApp (3460–1746), tele­fone, Facebook/ Mes­sen­ger (Cen­tral 1746) — ou pelo tele­fone da Coor­de­nado­ria Exec­u­ti­va da Diver­si­dade Sex­u­al (21 2976–9138).

 

Edição: Lílian Beral­do

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