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Rio recebe neste sábado competição nacional de dança urbana

Repro­dução: © Marce­lo Maragni/Red Bull

Público decidirá vencedores da disputa, que reúne 16 dançarinos


Pub­li­ca­do em 29/04/2023 — 10:06 Por Fran­cis­co Eduar­do Fer­reira* — Rio de Janeiro

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No Dia Mundi­al da Dança, comem­o­ra­do neste sába­do (29), o Rio de Janeiro se trans­for­ma em uma grande pista para os dançari­nos urbanos mais tal­en­tosos do país se enfrentarem. É a final nacional da com­petição glob­al de danças urbanas, que vale uma vaga no mundi­al a ser dis­puta­do em novem­bro na Ale­man­ha.

Par­tic­i­pam da final nacional 16 com­peti­dores: os dois mais bem colo­ca­dos de cada sele­ti­va (Curiti­ba, São Paulo e Rio), os vence­dores da edição do ano pas­sa­do (Dar­li­ta e Tiiti), o vence­dor da sele­ti­va car­i­o­ca de 2022 (Soran) e mais sete con­vi­da­dos. O even­to vai ter o DJ Tamy nas picapes e apre­sen­tação de Aline Con­stan­ti­no e Zulu.

Em sua segun­da edição no Brasil, o Red Bull Dance Your Style prom­ete ener­gia no alto, com músi­cas icôni­cas para o públi­co não ficar para­do.

Um dos curadores do even­to, o dançari­no e pro­du­tor audio­vi­su­al Pedrin Brum, con­vi­da o públi­co a ser pro­tag­o­nista, jun­to com os dançari­nos, em uma con­strução mútua do even­to.

Em entre­vista à Agên­cia Brasil, Brum disse esper­ar neste ano “batal­has” de nív­el muito alto. “Por ser o segun­do ano do pro­je­to, além dos dançari­nos, que estão ansiosos para mostrar seu tal­en­to, mostrar para que vier­am, o públi­co tam­bém está ansioso para faz­er parte dis­so, viv­er a exper­iên­cia da com­petição, que é o mais legal do even­to. O públi­co sai da condição de espec­ta­dor e decide quem é que vai para a próx­i­ma fase, quem vai para a final, quem será o grande vence­dor da eta­pa nacional para rep­re­sen­tar o Brasil no mundi­al.”

De acor­do com Brum, a expec­ta­ti­va para o segun­do ano do pro­je­to é altís­si­ma e a “exper­iên­cia do even­to será úni­ca”.

Diversidade e Pluralidade

A ideia por trás do even­to é cel­e­brar a diver­si­dade e o tal­en­to da dança urbana, do pop­ping ao house, do pass­in­ho ao lock­ing, dan­do aos dançari­nos a opor­tu­nidade de mostrar suas habil­i­dades em um ambi­ente com­pet­i­ti­vo, mas acol­he­dor.

“Há um impacto muito pos­i­ti­vo deste tipo de even­to frente à diver­si­dade e à plu­ral­i­dade, prin­ci­pal­mente no Brasil. A dança urbana é um con­jun­to de danças com diás­po­ra africana e um grande recorte per­iféri­co”, afir­mou. Para Brum, a com­petição é uma platafor­ma para poten­cial­iza­ção da diver­si­dade e da pari­dade de gênero. Ele desta­ca a par­tic­i­pação da trav­es­ti pre­ta Puma Camil­lê, espe­cial­ista em capoeira e vogue, “que mostra o espaço muito mais plur­al e diver­so”.

De acor­do com Brum, os com­peti­dores pre­cisam impres­sion­ar a mul­ti­dão, já que o públi­co será o júri. Após cada batal­ha, em votação pop­u­lar, será escol­hi­do aque­le que avança até chegar ao vence­dor. A com­petição é no for­ma­to um con­tra um, sem saber qual será a músi­ca toca­da. Por isso, a capaci­dade de impro­vi­so do dançari­no é um ele­men­to-chave.

A dança­ri­na de lock­ing Dar­li­ta Albi­no, vence­do­ra da 1ª edição do Red Bull Dance Your Style no Brasil, e rep­re­sen­tante do país na final mundi­al, dis­puta­da na África do Sul, em dezem­bro, disse que foi uma exper­iên­cia incrív­el e que a com­petição abre por­tas para todos os que par­tic­i­pam.

“Espero que neste ano mais dançari­nos, prin­ci­pal­mente mul­heres, ten­ham pos­si­bil­i­dade de par­tic­i­par. Pre­tendo gan­har nova­mente: vou para o pal­co batal­har pelo bicam­pe­ona­to, mas, inde­pen­den­te­mente do resul­ta­do, sei que o Brasil será muito bem rep­re­sen­ta­do”, afir­mou Dar­li­ta.

Ela ressaltou que a par­tic­i­pação de mul­heres no even­to ain­da é peque­na, mas já foi muito menor, prin­ci­pal­mente em áreas de destaque, tan­to nas “batal­has” quan­to como juradas, MC e DJ dos even­tos. Na opinião de Dar­li­ta, uma for­ma de revert­er esse cenário seria inserir mais mul­heres na pro­dução, cri­ação e ide­al­iza­ção de even­tos de dança.

“A maio­r­ia dos even­tos de dança urbana no país está lig­a­da à imagem de um homem na pro­dução ou orga­ni­za­ção. Uma solução para isso seria for­t­ale­cer even­tos cri­a­dos ou ide­al­iza­dos por mul­heres”, disse a dança­ri­na.

O públi­co tam­bém terá chance de par­tic­i­par de uma pro­gra­mação espe­cial de work­shops de dança com o DJ e dançari­no francês Kapela Mar­na e a coreó­grafa africana Badgyal Cassie, a par­tir das 13h30, com foco em pass­in­ho, além de diver­sas ativi­dades imer­si­vas no local. As inscrições podem ser feitas no site do even­to.

Os ingres­sos para a final nacional já estão esgo­ta­dos, mas a com­petição pode ser acom­pan­ha­da pelas redes soci­ais.

*Estag­iário sob super­visão de Ake­mi Nita­hara 

Edição: Nádia Fran­co

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