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Rio tem semana com celebração da herança africana na música brasileira

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Evento organizado pelo Sesc terá dança, gastronomia e debates


Pub­li­ca­do em 26/09/2023 — 06:32 Por Bruno de Fre­itas Moura – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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O tron­co lin­guís­ti­co ban­tu, que deu origem a lín­guas fal­adas por mais de 400 gru­pos étni­cos africanos, é o destaque da Mostra Sesc Sono­ra, que começa nes­ta terça-feira (26), no Rio de Janeiro. O encon­tro, que vai até domin­go (1º), cel­e­bra a con­tribuição dos povos de lín­guas ban­tu para a músi­ca brasileira. São apre­sen­tações musi­cais, danças, palestras, mesas de debate e feiras gas­tronômi­cas. Tudo de graça.

A maior parte dos even­tos será na unidade Tiju­ca do Sesc, zona norte da cidade. Um dos destaques é a com­pan­hia de dança sul-africana Luthando, que já rodou o mun­do com apre­sen­tações que cel­e­bram a her­ança cul­tur­al da África do Sul. As per­for­mances da com­pan­hia explo­ram maneiras de ger­ar movi­men­to a par­tir de ativi­dades diárias, bus­can­do inspi­ração na natureza. No primeiro dia da mostra, o dire­tor e coreó­grafo sul-africano Luyan­da Sidiya par­tic­i­pa de uma ofic­i­na de dança.

Na quar­ta-feira (27), a com­pan­hia Luthando apre­sen­ta o espetácu­lo Amawethu, no Sesc Copaca­bana, zona sul do Rio. O nome da apre­sen­tação sig­nifi­ca “nos­so povo” em zulu. Amawethu é uma vit­rine de tradições cul­tur­ais africanas, com­bi­nadas com expressões artís­ti­cas mod­er­nas. A per­for­mance é uma jor­na­da que desta­ca a resil­iên­cia, união e diver­si­dade de seu povo.

“A mostra é real­mente em cima da história do nos­so povo, da situ­ação atu­al da África. Nós procu­ramos con­ver­sas pro­fun­das e com­par­til­har mais de nós mes­mos por meio da arte”, disse à Agên­cia Brasil, Luyan­da Sidiya.

Preservação de tradições

O com­pos­i­tor, edu­cador e ator Sal­lo­ma Salomão é um dos palestrantes sobre a importân­cia das lín­guas ban­tu na for­mação cul­tur­al no Brasil. Para ele, esse encon­tro é uma for­ma de val­oriza­ção e vis­i­bil­i­dade das práti­cas cul­tur­ais vin­das das class­es sub­al­ter­nas e sobre como her­daram tradições africanas.

“Sig­nifi­ca bus­car um olhar mais aten­to, enten­der a sin­gu­lar­i­dades, as for­mas de crip­tografia que os descen­dentes de africanos no Brasil elab­o­raram para preser­var algu­mas tradições”, diz.

Música de periferia

A pro­gra­mação inclui um talk-show com o vice-pres­i­dente da Asso­ci­ação dos Profis­sion­ais e Ami­gos do Funk (Apa­funk), Mano Teko MC. Ele trans­portará para a mostra a dis­cussão sobre resistên­cia às difer­entes ten­ta­ti­vas de crim­i­nal­iza­ção, racis­mo e pre­con­ceitos que envolvem o rit­mo pre­sente em comu­nidades per­iféri­c­as.

No sába­do (30), uma roda de sam­ba for­ma­da exclu­si­va­mente por mul­heres vai exal­tar a influên­cia fem­i­ni­na no cenário cul­tur­al. O grupo Moça Prosa nasceu em 2012, na Pedra do Sal, que fica em uma região con­heci­da como Peque­na África, na zona por­tuária do Rio de Janeiro.

Além da músi­ca, o encon­tro vai levar para o públi­co a culinária. No sába­do e domin­go, uma feira cul­tur­al e gas­tronômi­ca ocu­pará o Sesc Tiju­ca. A mostra vai ser encer­ra­da com apre­sen­tações tradi­cionais de origem afro, o Cax­am­bu do Salgueiro e o Jon­go da Ser­rin­ha.

A pro­gra­mação com­ple­ta está no site do Sesc.

Serviço

A Mostra Sono­ra Brasil – Cul­turas Ban­tu: Afro-sonori­dades tradi­cionais e con­tem­porâneas, que será aber­ta hoje, vai até 1º de out­ubro, no Sesc da Tiju­ca e no Sesc Copaca­bana. A entra­da é gra­tui­ta, e a dis­tribuição de ingres­sos é fei­ta no dia, por ordem de chega­da.

Edição: Nádia Fran­co

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