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Rios da Amazônia registram níveis abaixo da média histórica

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Segundo Censipam, o Rio Solimões está 3 metros abaixo do volume


Publicado em 22/08/2024 — 09:59 Por Fabíola Sinimbú — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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Um mês antes da atin­gir o perío­do mais críti­co da esti­agem, que cos­tu­ma ser em setem­bro, os rios da Amazô­nia têm reg­istra­do recordes de baixas cotas na com­para­ção com as séries históri­c­as de reg­istros em agos­to. De acor­do com dados do Cen­tro Gestor e Opera­cional do Sis­tema de Pro­teção da Amazô­nia (Cen­si­pam), órgão lig­a­do ao Min­istério da Defe­sa, o Rio Solimões está 3 met­ros abaixo da média obser­va­da nesse perío­do do ano e alguns de seus aflu­entes como os Rios Madeira e Acre reg­is­tram cotas próx­i­mas aos mín­i­mos históri­cos.

Segun­do o anal­ista do Cen­si­pam Flávio Altieri, emb­o­ra o vol­ume de chu­vas este­ja abaixo da média esper­a­da para esta época do ano em grande parte da Amazô­nia, ain­da é cedo para afir­mar que a seca será a mais inten­sa reg­istra­da na região. “De for­ma ger­al, as condições hidrológ­i­cas dos prin­ci­pais rios estão piores do que as obser­vadas em 2023, ano mar­ca­do pela pior seca na Amazô­nia. As pre­visões climáti­cas indicam que não há sinais de mel­ho­ra no quadro chu­vas para os próx­i­mos meses. No entan­to, dev­i­do à vas­ta exten­são ter­ri­to­r­i­al e à diver­si­dade da região, não é pos­sív­el garan­tir que a seca de 2024 será mais sev­era.”

De acor­do com o anal­ista, o que já vem se con­fir­man­do é um quadro de seca extrema, que é o penúl­ti­mo nív­el de sev­eri­dade na escala de cin­co está­gios de medição do fenô­meno. Nesse nív­el é esper­a­da escassez de água gen­er­al­iza­da, restrições e grande per­das de plan­tações. “O Cen­si­pam, por meio de suas pre­visões hidrológ­i­cas divul­gadas em jun­ho durante o even­to Pré-Seca, já havia aler­ta­do que 2024 a Amazô­nia enfrentaria uma seca semel­hante à de 2023”, desta­ca.

Altieri reforça que com os baixos níveis, comu­nidades tradi­cionais que depen­dem dos rios como vias de aces­so são as mais afe­tadas. “Essas pop­u­lações enfrentam desafios agrava­dos pelo desabastec­i­men­to de ali­men­tos e água potáv­el, além de difi­cul­dades no aces­so a serviços essen­ci­ais como saúde e edu­cação”, expli­ca.

Uma reunião de min­istros com gov­er­nadores da Amazô­nia Legal real­iza­da na tarde dessa quar­ta-feira (21), no Palá­cio do Planal­to, tra­tou de medi­das para amenizar os impactos da esti­agem no norte do Brasil. Durante o encon­tro, o Min­istério da Inte­gração e do Desen­volvi­men­to Region­al (MIDR), infor­mou que já aprovou nes­sa terça-feira (20) o repasse de R$ 11,7 mil­hões para ações de defe­sa civ­il nos esta­dos do Ama­zonas e Roraima e tam­bém recon­heceu a situ­ação de emergên­cia em 53 municí­pios do Acre, Ama­zonas, Roraima e Rondô­nia.

Edição: Valéria Aguiar

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