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Roda de Samba conta a história dos sambas-enredo

Programa entrevista pesquisador de memória social e cultura brasileira

Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 04/05/2025 — 10:53
Rio de Janeiro
Agência Brasil 30 Anos - Desfile das escolas de samba do Grupo Especial no Sambódromo da Marquês de Sapucaí
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

“O sam­ba enre­do é condição pri­mor­dial para o des­file das esco­las de sam­ba. Quem fornece com­bustív­el para a bate­ria é o sam­ba.” Os com­pos­i­tores dos sam­bas “mel­ho­ram os enre­dos” do des­file de car­naval das esco­las de sam­ba.

As opiniões são do sociól­o­go Edson Farias, pro­fes­sor e pesquisador da Uni­ver­si­dade de Brasília (UnB), autor dos livros “O Des­file e a Cidade: o car­naval-espetácu­lo car­i­o­ca” e “Ócio e Negó­cio: fes­tas pop­u­lares e entreten­i­men­to-tur­is­mo no Brasil”, entre out­ras pub­li­cações sobre memória social e cul­tura brasileira.

Edson Farias, Sociologo da UnB, concede entrevista ao programa Roda de Samba, da Radio Nacional.
Repro­dução:  “Quem fornece com­bustív­el para a bate­ria é o sam­ba”, afir­ma o pro­fes­sor e pesquisador da Uni­ver­si­dade de Brasília (UnB) Foto – Arqui­vo Pes­soal Edson Farias

O acadêmi­co e int­elec­tu­al é o entre­vis­ta­do do pro­gra­ma Roda de Sam­ba deste domin­go (4), ao meio-dia, na Rádio Nacional. O pro­gra­ma desta­ca a importân­cia de nomes como Mar­t­in­ho da Vila (Vila Isabel) e Zuzu­ca (Salgueiro) para as trans­for­mações que o sam­ba-enre­do ou sam­ba de enre­do na vira­da dos anos 1960 para a déca­da seguinte.

Novos temas

Em sua avali­ação, “os esque­mas de pen­sar o sam­ba-enre­do vão se alteran­do nos anos 70”, quan­do emergem novas for­mas de com­por o sam­ba de car­naval para enre­dos com con­teú­do difer­ente da temáti­ca nacional­ista exis­tente des­de a era de Getúlio Var­gas.

Con­forme Edson Farias, a adesão ao nacional­is­mo não foi mera imposição do Depar­ta­men­to de Impren­sa e Pro­pa­gan­da (DIP) no Esta­do Novo, mas uma ati­tude “nego­ci­a­da” pelos sam­bis­tas a par­tir dos anos 1940.

Rio de Janeiro (RJ), 03/03/2025 – Unidos da Tijuca abre os desfiles no segundo dia de carnaval do grupo Especial na Marquês de Sapucaí, na região central do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Repro­dução: A par­tir dos anos de 1970 as esco­las de sam­ba pas­sam a diver­si­ficar os temas de seus sam­bas. Foto– Tomaz Silva/Agência Brasil

Trin­ta anos depois, os sam­bis­tas tam­bém foram pro­tag­o­nistas das trans­for­mações do des­file em espetácu­lo, que pas­sa a ser tele­vi­sion­a­do. “A esco­la de sam­ba e a tele­visão se encon­traram em um momen­to cru­cial para ambas”, ano­ta o pesquisador. Segun­do ele, “a exu­berân­cia [das ale­go­rias e da evolução dos pas­sis­tas] aten­dia a tele­visão”, e as trans­mis­sões pela TV aju­daram o des­file das esco­las de sam­ba do Rio de Janeiro a se afir­marem como “prin­ci­pal pro­du­to turís­ti­co” da cap­i­tal flu­mi­nense.

O Roda de Sam­ba é veic­u­la­do aos domin­gos em rede nas oito emis­so­ras da Rádio Nacional e pos­te­ri­or­mente é dis­tribuí­do na Rede Nacional de Comu­ni­cação Públi­ca (RNCP). O pro­gra­ma é pro­duzi­do em parce­ria pela Agên­cia Brasil e pela Rádio Nacional, e traz sem­anal­mente entre­vista com can­tores, com­pos­i­tores, escritores, cineas­tas e int­elec­tu­ais sobre o uni­ver­so e o imag­inário do sam­ba.

Serviço

Pro­gra­ma Roda de Sam­ba

Quan­do: Todo domin­go ao meio-dia

Onde: Na Rádio Nacional da Amazô­nia (OC), de Brasília (AM e FM), Recife (FM), Rio de Janeiro (FM), São Luís (FM), São Paulo (FM) e do Alto Solimões (FM).

Vis­ite a pági­na do pro­gra­ma: https://radios.ebc.com.br/roda-de-samba

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