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Sábado para assistir e experimentar esporte paralímpico no Ibirapuera

Repro­dução: © Paulo Pinto/Agência Brasil

Arena de Eventos foi montada no parque de lazer da capital paulista


Publicado em 31/08/2024 — 13:58 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil

Neste sába­do (30) de muito sol em São Paulo, Mar­i­ana Pra­do, 28 anos, e sua sobrin­ha Giu­lia, 9 anos, decidi­ram passear pelo Par­que Ibi­ra­puera, na cap­i­tal paulista. Foi então que elas se depararam com uma estru­tu­ra espe­cial: uma are­na com um telão que esta­va trans­mitin­do ao vivo os jogos das Par­alimpíadas de Paris. Ao lado desse telão, foi mon­ta­da uma are­na parade­sporti­va, onde ambas pud­er­am exper­i­men­tar como é praticar um esporte par­alímpi­co.

A reportagem da Agên­cia Brasil encon­trou Mar­i­ana e Giu­lia sen­tadas em cadeiras de rodas, ten­tan­do arremes­sar uma bola ao ces­to, no esporte chama­do de bas­quete em cadeira de rodas. “É um esporte muito difí­cil, mas min­ha sobrin­ha está fazen­do vários pon­tos. Ela é muito boa e eu sou ter­rív­el [nesse esporte]”, brin­cou a tia. “Esse espaço aqui é genial e um incen­ti­vo para a gente con­hecer os esportes e dar mais atenção para as Par­alímpiadas. A gente sem­pre ten­ta colo­car ela [a sobrin­ha] para con­hecer os esportes. E traz­er ela para essa real­i­dade, que não é tão comum, é genial”, disse a tia.

São Paulo (SP) 31/08/2024 - Arena Paralímpica montada no Parque do Ibirapuera com telão e quadras esportivas . Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Repro­dução:  Are­na Par­alímpi­ca mon­ta­da no Par­que do Ibi­ra­puera com telão e quadras esporti­vas . Foto:  Paulo Pinto/Agência Brasil

Giu­lia, por sua vez, que nun­ca tin­ha sen­ta­do em uma cadeira de rodas antes e sequer prat­i­ca­do esse esporte, con­tou ter ado­ra­do a exper­iên­cia e disse que sua maior difi­cul­dade no bas­quete em cadeira de rodas foi acer­tar a ces­ta. No fim, ela achou tudo “mais fácil do que imag­i­na­va”.

A Are­na de Even­tos foi mon­ta­da em frente ao Plan­etário e atrás do Museu Afro Brasil e vai fun­cionar entre hoje (31) e aman­hã (1° de setem­bro). A ideia foi cri­a­da pela Braskem, patroci­nado­ra do Comitê Par­alímpi­co Brasileiro (CPB), e pela Urbia, con­ces­sionária do par­que. As ativi­dades são todas gra­tu­itas e fun­cionam das 9h às 17h. Além dis­so, o local deve rece­ber a pre­sença de alguns atle­tas par­alímpi­cos.

Segun­do Ana Lau­ra Sivieri, dire­to­ra de mar­ket­ing e comu­ni­cação cor­po­ra­ti­va da Braskem, a estru­tu­ra foi mon­ta­da com o obje­ti­vo de “aju­dar a tor­ci­da brasileira a enx­er­gar a beleza e a potên­cia das Par­alimpíadas e para que ela pos­sa torcer por nos­sos atle­tas”. A ideia de real­izá-la no Ibi­ra­puera foi tam­bém uma opor­tu­nidade de cel­e­brar os 70 anos do par­que. “Cel­e­bramos 70 anos [do par­que] neste mês. Então jun­ta­mos as duas coisas: o aniver­sário do par­que e as Par­alimpíadas”, disse.

“Esta­mos pro­por­cio­nan­do a opor­tu­nidade para que os fre­quen­ta­dores do par­que pos­sam entrar nesse espaço gra­tuita­mente, assi­s­tir aos jogos e ain­da par­tic­i­par da are­na par­alímpi­ca ten­do exper­iên­cias como jog­ar o bas­quete em cadeira de rodas, o fute­bol de cegos e out­ras ativi­dades. Será um dia de diver­são, de inter­ação e de incen­ti­vo para que todos assis­tam e acom­pan­hem nos­sos atle­tas, que já gan­haram diver­sas medal­has”, acres­cen­tou a dire­to­ra da Braskem.

O profis­sion­al de edu­cação físi­ca Ever­al­do Fer­raz, 29 anos, que tra­bal­ha com pes­soas com defi­ciên­cia int­elec­tu­al e físi­ca, se sur­preen­deu com o espaço. “Cheguei aqui no Ibi­ra­puera hoje e vi a are­na. Como eu já tin­ha tra­bal­ha­do na área, isso me des­per­tou a curiosi­dade”, disse. Ele  rev­el­ou que esta­va ali, na are­na, com duas cri­anças autis­tas.

“Elas aproveitaram muito o espaço. E foi impor­tante traz­er para eles a per­spec­ti­va do esporte adap­ta­do, ago­ra com o tema das Par­alimpíadas. Esse espaço aqui traz um con­hec­i­men­to para a pop­u­lação em ger­al e que, muitas vezes, não tem per­spec­ti­va de como são difí­ceis os esportes adap­ta­dos. É impor­tante para val­orizarmos isso ain­da mais”, falou.

“As Par­alimpíadas são um even­to que poten­cial­iza e mostra para o mun­do os nos­sos atle­tas – e o Brasil é uma refer­ên­cia nis­so. Nas Olimpíadas pas­sadas fomos recordis­tas, baten­do o recorde, com 72 medal­has con­quis­tadas. Ape­sar da fal­ta de estru­tu­ra, o Brasil é refer­ên­cia, com atle­tas guer­reiros”, ressaltou.

A pro­fes­so­ra Lil­ian Espin­dola, 53 anos, tam­bém con­heceu o espaço por aca­so. “Vim passear aqui pelo Ibi­ra­puera e me deparei com essa estru­tu­ra e tive a curiosi­dade de vir con­hecer”, afir­mou. Nes­sa visi­ta, ela aproveitou para praticar o fute­bol de cegos. “E já estou na fila para o tênis de mesa [em cadeira de rodas]”, brin­cou.

“Eles [mon­i­tores] colo­caram a ven­da nos meus olhos e fiz­er­am ini­cial­mente um treina­men­to para a gente se famil­iar­izar com o som da bola. Mas é muito difí­cil e muito com­pli­ca­do você estar em um ambi­ente que você não con­hece, saber os lim­ites e onde você está. E ain­da ter que encon­trar a bola e chutar ao gol. É bem com­pli­ca­do. Mas eu achei a exper­iên­cia óti­ma”, falou a pro­fes­so­ra. “Acho que os esportes par­alímpi­cos dev­e­ri­am ser muito mais apoia­dos e muito mais divul­ga­dos. Infe­liz­mente, só temos, na TV aber­ta, os jogos prin­ci­pais. Os par­alímpi­cos têm pouco espaço na mídia. Acred­i­to que dev­e­ria ser mais divul­ga­do”, sug­eriu Lil­ian.

Edição: Aécio Ama­do

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