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Saiba como funciona a entrega de suprimentos aos yanomami em Roraima

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Militares fazem lançamentos aéreos diários de alimentos e medicamentos


Pub­li­ca­do em 02/02/2023 — 18:53 Por Pedro Rafael Vilela e Fer­nan­do Frazão — Envi­a­dos espe­ci­ais da Agên­cia Brasil — Boa Vista

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Aeron­aves da Força Aérea Brasileira (FAB) têm feito lança­men­tos diários de car­gas, os chama­dos ressupri­men­tos aére­os, para enviar man­ti­men­tos às aldeias indí­ge­nas Yanoma­mi, no oeste de Roraima. Até o momen­to, a bor­do dos aviões KC-390 e do C‑105 Ama­zonas, foram real­izadas as entre­gas de aprox­i­mada­mente 120 mil lotes de car­gas entre ces­tas bási­cas e medica­men­tos, que têm aten­di­do às comu­nidades indí­ge­nas, incluin­do a Casa de Assistên­cia ao Indí­ge­na de Suru­cu­cu, onde fica um pelotão de fron­teira do Exérci­to Brasileiro. A região é uma das mais atingi­das pelos efeitos do garim­po ile­gal, que tem agrava­do o adoec­i­men­to de indí­ge­nas, além do aumen­to da vio­lên­cia. 

Lançamento aéreo de suprimentos de ajuda humanitária às aldeias indígenas Yanomami na região do Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, Oeste de Roraima, a partir de paraquedas do cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira.
Repro­dução: Lança­men­to aéreo de supri­men­tos de aju­da human­itária às aldeias indí­ge­nas Yanoma­mi na região do Suru­cu­cu, na Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi, Oeste de Roraima, a par­tir de paraque­das do car­gueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira. — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

A reportagem da Agên­cia Brasil acom­pan­hou o lança­men­to real­iza­do nes­ta quin­ta-feira (2), a bor­do do car­gueiro KC-390, que sobrevoou o polo-base de Suru­cu­cu, na Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi, a maior área indí­ge­na do país.

Segun­do a FAB, os supri­men­tos são lança­dos de aprox­i­mada­mente 200 met­ros de altura e chegam ao 4º Pelotão de Fron­teira (4º PEF – Suru­cu­cu), com a aju­da de paraque­das insta­l­a­dos nos CDS, sigla do inglês para Con­tain­er Deliv­ery Sys­tem, con­tendo os lotes de ces­tas bási­cas e medica­men­tos. Ao todo, o voo dura cer­ca de duas horas, entre a deco­lagem e o pouso na Base Aérea de Boa Vista.

A mon­tagem e preparação dos man­ti­men­tos são feitas em con­jun­to pela FAB e o Exérci­to Brasileiro, por meio do Batal­hão de Dobragem, Manutenção de Paraque­das e Supri­men­to Pelo Ar (DOMPSA). São eles que exe­cu­tam todo o tra­bal­ho de insta­lação de paraque­das, que supor­ta até 227 qui­los, bem como o recol­hi­men­to do mate­r­i­al em solo.

Rios contaminados têm coloração e margem afetados pela atuação de garimpo ilegal na região do Surucucu, dentro da Terra Indígena Yanomami, Oeste de Roraima, avistados em sobrevoo da Força Aéra Brasileira para lançamendo de suprimentos.
Repro­dução: Rios con­t­a­m­i­na­dos pela atu­ação do garim­po ile­gal na região do Suru­cu­cu, den­tro da Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi, avis­ta­dos em sobrevoo da FAB — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Durante a viagem, foi pos­sív­el obser­var, do alto a existên­cia de mar­cas do garim­po ile­gal na Ter­ra Indí­ge­na. Áreas des­matadas e lagoas for­madas pela ação de min­er­ação dis­putam a pais­agem com a imen­sid­ão da flo­res­ta preser­va­da. A col­oração de alguns rios, com um forte tom de mar­rom, denun­cia a ação do garim­po, quan­do com­para­das com out­ros cur­sos d’água de cor mais escu­ra e nat­ur­al.

Des­de ontem, a FAB ativou a Zona de Iden­ti­fi­cação de Defe­sa Aérea (ZIDA) sobre o espaço aéreo da TI Yanoma­mi, em Roraima, com base no decre­to assi­na­do pelo pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va. Para aten­der a esta mis­são, foram cri­adas três áreas de con­t­role do espaço aéreo na local­i­dade.

Lançamento aéreo de suprimentos de ajuda humanitária às aldeias indígenas Yanomami na região do Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, Oeste de Roraima, a partir de paraquedas do cargueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira.
Repro­dução: Lança­men­to aéreo de supri­men­tos de aju­da human­itária às aldeias indí­ge­nas Yanoma­mi na região do Suru­cu­cu, na Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi, Oeste de Roraima, a par­tir de paraque­das do car­gueiro KC-390 da Força Aérea Brasileira. — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Aeron­aves não iden­ti­fi­cadas ou não autor­izadas evoluin­do em deter­mi­na­da porção do espaço aéreo poderão ser inter­cep­tadas e estarão sujeitas à apli­cação das Medi­das de Poli­ci­a­men­to do Espaço Aéreo (MPEA), que incluem pedi­dos de mudança de rota e até tiros de advertên­cia e tiros de detenção, que causam danos à aeron­ave e a obrigam a faz­er um pouso força­do. Até o momen­to, a cor­po­ração não repor­tou nen­hum caso de invasão do espaço aéreo restri­to.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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