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Saiba mais sobre o uso da energia nuclear no Brasil e no mundo

Repro­dução: © Eletronuclear/Divulgação

 Grupo de países quer triplicar geração


Publicado em 29/06/2024 — 08:13 Por Bruno de Freitas Moura — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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Na mais recente Con­fer­ên­cia do Cli­ma das Nações Unidas, a COP28, em Dubai, nos Emi­ra­dos Árabes Unidos, um grupo de 22 país­es se com­pro­m­e­teu a trip­licar a ger­ação de ener­gia nuclear até 2050. O esforço con­cen­tra­do é uma for­ma de con­tribuir para a descar­boniza­ção e con­ter mudanças climáti­cas. A ener­gia nuclear é con­sid­er­a­da limpa porque as usi­nas não emitem gas­es do efeito est­u­fa.

O Brasil não é sig­natário do tex­to, mas se encon­tra na bus­ca de aumen­tar a ger­ação nuclear, por meio da con­strução da usi­na Angra 3, no litoral sul do Rio de Janeiro.

Agên­cia Brasil traz uma seleção de dados para com­preen­são de como a usi­na é usa­da no país e no mun­do.

Brasil

Atual­mente, o Brasil tem duas usi­nas em fun­ciona­men­to: Angra 1 e Angra 2. Elas ficam na Cen­tral Nuclear Almi­rante Álvaro Alber­to (CNAAA), em Angra dos Reis, Cos­ta Verde do Rio de Janeiro. As unidades são oper­adas pela empre­sa estatal Eletronu­clear.

Angra 1 fun­ciona des­de 1985 e está em proces­so de ren­o­vação de licença de oper­ação por mais 20 anos. Com 640 megawatts (MW) de potên­cia, a insta­lação gera ener­gia sufi­ciente para suprir uma cidade de 2 mil­hões de habi­tantes, como Man­aus, cap­i­tal do Ama­zonas.

A viz­in­ha Angra 2 fun­ciona des­de 2001 e tem potên­cia de 1.350 MW. É capaz de abaste­cer uma cidade de 4 mil­hões de habi­tantes, equiv­a­lente às pop­u­lações de Brasília e Por­to Ale­gre somadas.

Usina de Angra
Repro­dução: Usi­na de Angra — Mau­rí­cio Almeida/TV Brasil

Jun­tas, respon­dem por aprox­i­mada­mente 2% do con­sumo de ener­gia elétri­ca no país. Ape­sar de estarem no Rio de Janeiro, a ener­gia pro­duzi­da pelas usi­nas faz parte do Sis­tema Interli­ga­do Nacional (SIN), ou seja, não é nec­es­sari­a­mente con­sum­i­da no esta­do.

Entran­do em fun­ciona­men­to, o que não é pre­vis­to antes de 2030, Angra 3 terá potên­cia de 1.405 megawatts (MW) e será capaz de ger­ar mais de 12 mil­hões de megawatts-hora por ano, o sufi­ciente para aten­der o con­sumo de 4,5 mil­hões de pes­soas.

Ape­sar de a ger­ação ser rel­a­ti­va­mente baixa, o Brasil faz parte de um sele­to grupo de ape­nas três país­es (jun­ta­mente com Esta­dos Unidos e Rús­sia) que têm reser­vas de minério, tec­nolo­gia de ben­e­fi­ci­a­men­to e usi­nas nuclear­es para pro­duzir ener­gia.

O Brasil tem a 8ª maior reser­va de urânio – fonte do com­bustív­el nuclear — do mun­do. A maior fica na Aus­trália.

Mundo

A ener­gia nuclear equiv­ale a 23,7% da ener­gia limpa pro­duzi­da no mun­do. A França, responde por mais de 70%.

Em todo o mun­do, há 437 reatores nuclear­es em oper­ação. Destes, 93 estão em fun­ciona­men­to nos Esta­dos Unidos, que é segui­do por França (56), Chi­na (55), Rús­sia (37), Cor­eia do Sul (25), Índia (19) e Canadá (19).

Na Améri­ca Lati­na, além do Brasil, Argenti­na (3) e Méx­i­co (2) têm usi­nas nuclear­es. Dos três, o Brasil é o que tem maior potên­cia.

No mun­do há 58 reatores em con­strução em 17 país­es. As nações que con­cen­tram as con­struções são Chi­na (22), Índia (8) e Turquia (4). Em toda a Europa são 13 reatores sendo prepara­dos e nas Améri­c­as, três.

Edição: Aécio Ama­do

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