...
sábado ,25 janeiro 2025
Home / Saúde / Saiba quais remédios são contraindicados em caso de suspeita de dengue

Saiba quais remédios são contraindicados em caso de suspeita de dengue

Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal Jr / Agên­cia Brasil

Tratamento inclui analgésico, antitérmico e medicamento contra vômito


Pub­li­ca­do em 07/02/2024 — 16:07 Por Alana Gan­dra – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

ouvir:

A Sociedade Brasileira de Infec­tolo­gia (SBI) aler­tou, nes­ta quar­ta-feira (7), para os remé­dios con­traindi­ca­dos em caso de sus­pei­ta da doença. Segun­do o Min­istério da Saúde, do iní­cio deste ano até a últi­ma segun­da-feira (5), a doença provo­cou 36 mortes no país.

Em entre­vista à Agên­cia Brasil, o pres­i­dente da SBI, Alber­to Chebabo, citou o áci­do acetil­sal­icíli­co, ou AAS, con­heci­do pop­u­lar­mente como aspi­ri­na, entre os não recomendáveis, por se tratar de med­icação que age sobre pla­que­tas. “Como já tem uma que­da de pla­que­tas na dengue, a gente não recomen­da o uso de AAS”, disse o médi­co. Cor­ti­coides ambém são con­traindi­ca­dos na fase ini­cial da dengue.

Segun­do Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antivi­ral, os sin­tomas é são trata­dos. O trata­men­to bási­co inclui anal­gési­co, antitér­mi­co e, even­tual­mente, med­icação para vômi­to. Os prin­ci­pais sin­tomas rela­ciona­dos são febre, vômi­to, dor de cabeça, dor no cor­po e aparec­i­men­to de lesões aver­mel­hadas na pele.

O infec­tol­o­gista adver­tiu que, se tiv­er qual­quer um dos sin­tomas, a pes­soa não deve se medicar soz­in­ha, e sim ir a um pos­to médi­co para ser exam­i­na­da. “A recomen­dação é procu­rar o médi­co logo no iní­cio, para ser avali­a­da, faz­er exam­es clíni­cos, hemogra­ma, para ver inclu­sive a gravi­dade [do quadro], rece­ber ori­en­tação sobre os sinais de alarme, para que a pes­soa pos­sa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença”.

Os casos devem ser encam­in­hados às unidades de pron­to atendi­men­to (UPAs) e às clíni­cas de família.

Sintomas graves

Entre os sinais de alarme, Chebabo desta­cou vômi­to inco­er­cív­el, que não para, não mel­ho­ra e prej­u­di­ca a hidratação; dor abdom­i­nal de forte inten­si­dade; ton­teira; desidratação; cansaço; sonolên­cia e alter­ação de com­por­ta­men­to, além de sinais de san­gra­men­to. “Qual­quer san­gra­men­to ati­vo tam­bém deve levar à bus­ca de atendi­men­to médi­co”, aler­tou. No entan­to, a maior pre­ocu­pação dev­er ser com a hidratação e com sinais e sin­tomas de que a pes­soa está evoluin­do para uma for­ma grave da doença.

Quan­to ao car­naval, o infec­tol­o­gista disse os fes­te­jos não agravam o prob­le­ma da dengue, porque não se muda a for­ma de trans­mis­são, que é o mos­qui­to Aedes aegyp­ti. “Talvez impacte mais a covid do que a dengue, mas é mais uma questão, porque, no car­naval, há doenças asso­ci­adas, que acabam aumen­tan­do a deman­da dos serviços de saúde. Esta é uma pre­ocu­pação”.

Entre os prob­le­mas rela­ciona­dos ao car­naval, Chebabo desta­cou trau­mas, doenças res­pi­ratórias e desidratação, que podem sobre­car­regar ain­da mais o sis­tema de saúde.

Edição: Nádia Fran­co

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

ANS lança ferramenta para mapeamento de profissionais de saúde

Ferramenta contribuirá para disseminação de dados no setor privado Agên­cia Brasil Pub­li­ca­do em 23/01/2025 — …