...
quinta-feira ,7 dezembro 2023
Home / Cultura / São Luís do Maranhão recebe o título de Capital Nacional do Reggae

São Luís do Maranhão recebe o título de Capital Nacional do Reggae

Repro­dução: © Dj Yagor Roots/Facebook

Ritmo jamaicano chegou no final da década de 1970 ao Brasil


Pub­li­ca­do em 12/09/2023 — 09:17 Por Fabío­la Sin­im­bú – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

ouvir:

Ado­ta­do pela cul­tura maran­hense no final da déca­da de 1970, prin­ci­pal­mente pela pop­u­lação da cap­i­tal, o reg­gae, encon­trou na per­ife­ria da cidade o lugar propí­cio para ficar e gan­har car­ac­terís­ti­cas próprias na ver­são nacional: dança­da a dois e embal­a­da pelas radi­o­las (foto), que são as tradi­cionais pare­des for­madas por caixas de som.

Pas­sa­dos quase 50 anos, São Luiz ago­ra é Cap­i­tal Nacional do Reg­gae, recon­heci­da pela Lei 14.668, pub­li­ca­da nes­ta terça-feira (12), no Diário Ofi­cial da União.

Cri­a­do na Jamaica, no final da déca­da de 1960, o rit­mo é uma derivação do ska, gênero musi­cal que mis­tu­ra ele­men­tos cariben­hos ao blues, orig­inário no can­to de saudade que dava rit­mo ao tra­bal­ho dos africanos escrav­iza­dos; crian­do um rit­mo ale­gre, dançante e que fala da dis­crim­i­nação racial.

Foi a par­tir de músi­cos jamaicanos que tocavam o ska, como Toots Hib­bert, da ban­da The May­tals, que o rit­mo e o ter­mo orig­inário da palavra rags — far­ra­pos, em tradução livre – gan­haram o mun­do por meio de pio­neiros, como The Wail­ers, ban­da for­ma­da por Bob Mar­ley, Peter Tosh e Bun­ny Wail­er.

O rit­mo, embal­a­do por letras com críti­cas soci­ais con­tra o pre­con­ceito, a desigual­dade e a pobreza, chegou aos maran­hens­es por meio das ondas cur­tas de rádios cariben­has e por lá ficou. Gan­hou jeito de dançar, bailes apar­el­ha­dos, DJs ded­i­ca­dos, clubes, pro­gra­mas de rádio e ban­das como a Tri­bo de Jah, que na déca­da de 1980 difundiu a ver­são nacional do reg­gae, nasci­da na Jamaica brasileira.

Museu

Atual­mente, São Luís tem cen­te­nas de radi­o­las, com DJs. As ban­das se mul­ti­plicaram e a cidade gan­hou em 2018 o primeiro museu temáti­co sobre o rit­mo, fora da Jamaica, o Museu do Reg­gae Maran­hão.

O local além de reunir dis­cos, instru­men­tos, vídeos e out­ros ícones históri­cos, tam­bém é um espaço cul­tur­al para a real­iza­ção de shows, fes­ti­vais, aulas e ofic­i­nas.

Edição: Denise Griesinger

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

Repro­dução: © Tawatchai/Frepik Produto é usado na produção de soda cáustica e bicarbonato de sódio …