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São Paulo: Hospital A.C.Camargo deixa de atender pacientes do SUS

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Unidade é referência no tratamento de câncer na cidade de São Paulo


Pub­li­ca­do em 15/08/2022 — 16:31 Por Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo
Atu­al­iza­do em 15/08/2022 — 17:30

Ouça a matéria:

Refer­ên­cia no trata­men­to de câncer na cidade de São Paulo, o hos­pi­tal A.C.Camargo anun­ciou que vai deixar de aten­der pacientes do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) a par­tir de dezem­bro.

O hos­pi­tal, que é man­ti­do pela Fun­dação Antônio Pru­dente e está prestes a com­ple­tar 70 anos de existên­cia, infor­mou que não vai ren­o­var o atu­al con­vênio com a prefeitu­ra de São Paulo. “O A.C.Camargo garante a análise indi­vid­u­al­iza­da para cada paciente jun­to à Sec­re­taria Munic­i­pal de Saúde de São Paulo, con­stru­in­do um plano de tran­sição que min­i­mize os pos­síveis impactos. A insti­tu­ição ressalta que a grande maio­r­ia dos pacientes que con­tavam com o atendi­men­to no A.C.Camargo já final­i­zou seu trata­men­to oncológi­co e está em fase de acom­pan­hamen­to clíni­co”, disse a insti­tu­ição em nota.

Uma das razões apon­tadas para o fim desse tipo de atendi­men­to é a defasagem na tabela do SUS. “Essa read­e­quação do impacto social ben­e­fi­cia­rá todo o país, sendo a mel­hor con­tribuição pos­sív­el em razão da defasagem da tabela SUS, que ameaça dire­ta­mente a existên­cia da insti­tu­ição”, diz a nota.

Procu­ra­da pela Agên­cia Brasil, a Sec­re­taria Munic­i­pal da Saúde de São Paulo con­fir­mou que foi infor­ma­da pelo hos­pi­tal sobre a intenção da inter­rupção do con­vênio a par­tir do dia 9 de dezem­bro. A pas­ta afir­mou que tem se reunido com a dire­to­ria do hos­pi­tal para avaliar a pos­si­bil­i­dade de con­tinuidade da assistên­cia à pop­u­lação.

Fachada do Hospital A. C. Camargo Cancer Center, Unidade Antônio Prudente, na Liberdade.
Repro­dução: Facha­da do Hos­pi­tal A. C. Camar­go Can­cer Cen­ter, Unidade Antônio Pru­dente, na Liber­dade. — Rove­na Rosa/Agência Brasil

Enquan­to isso, infor­ma a sec­re­taria, a assistên­cia em oncolo­gia aos pacientes da rede munic­i­pal con­tin­uará sendo presta­da por out­ros presta­dores, como o Hos­pi­tal Munic­i­pal (HM) Dr. Gilson de Cás­sia Mar­ques Car­val­ho, a Vila San­ta Cata­ri­na, além de unidades reg­u­ladas pela Cen­tral de Reg­u­lação de Ofer­ta de Serviços em Saúde (Cross), do gov­er­no estad­ual.

Por meio de nota, o Min­istério da Saúde infor­mou que a tabela do sis­tema públi­co “não con­sti­tui a prin­ci­pal nem a úni­ca for­ma de finan­cia­men­to do SUS”.

“Em relação aos val­ores da Tabela SUS, des­de a Nor­ma Opera­cional Bási­ca, reg­u­la­men­ta­da pela Por­taria GM/MS nº 2203/96, definiu que os val­ores da Tabela SUS seri­am ref­er­en­ci­ais mín­i­mos (piso), poden­do ser com­ple­men­ta­dos pelos gestores estad­u­ais e munic­i­pais, de acor­do as deman­das e neces­si­dades de cada ter­ritório”, diz a nota do min­istério. “O Min­istério da Saúde reforça que a gestão e o finan­cia­men­to SUS é com­par­til­ha­do entre União, esta­dos e municí­pios. Cabe aos gestores locais o plane­ja­men­to e a orga­ni­za­ção de sua rede assis­ten­cial e a exe­cução das ações e serviços de saúde”, acres­cen­tou.

*Matéria atu­al­iza­da às 17h30 para inclusão da nota do Min­istério da Saúde sobre a tabela do SUS.

Edição: Aline Leal

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