...
quinta-feira ,7 dezembro 2023
Home / Noticias / São Paulo sedia maior festival LGBTQIA+ da América Latina

São Paulo sedia maior festival LGBTQIA+ da América Latina

Repro­dução: © Nacho Doce/Reuters /Direitos reser­va­dos

31º MixBrasil começa nesta quinta-feira e vai até o dia 19


Pub­li­ca­do em 09/11/2023 — 06:48 Por Lety­cia Bond — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

ouvir:

Sete espaços cul­tur­ais da cap­i­tal paulista sedi­am, de hoje (9) até o próx­i­mo dia 19, a 31ª edição do Fes­ti­val MixBrasil, o maior even­to LGBTQIA+ da Améri­ca Lati­na. O tema deste ano é A gente nun­ca foi tão Mix, em alusão à recep­tivi­dade que o fes­ti­val pre­tende demon­strar quan­to à diver­si­dade de lin­gua­gens que com­põem a pro­gra­mação, ori­en­tações sex­u­ais e iden­ti­dades de gênero.

Ao lon­go de 11 dias, serão real­iza­dos espetácu­los teatrais trans­mí­dia orig­inários de Tai­wan, da França e do Brasil, além de sessões de 119 filmes de 35 país­es e de 13 esta­dos brasileiros, exper­iên­cias XR com a temáti­ca queer, vin­das dos Esta­dos Unidos, Fin­lân­dia, Chile, França, Brasil, Ale­man­ha e Por­tu­gal, lit­er­atu­ra, per­for­mances e o tradi­cional Show do Gon­go, com a atriz Marisa Orth. O públi­co tam­bém poderá con­ferir o que há de novi­dade no mun­do dos jogos, por meio do MixGames, que apre­sen­tará uma seleção de jogos que se enga­jam na luta pela diver­si­dade e a inclusão.

O fes­ti­val ain­da con­ta com o prêmio Ícone Mix, que hom­e­nageia a atriz, roteirista, dra­matur­ga, dire­to­ra e ativista pela rep­re­sen­ta­tivi­dade trans no teatro e no cin­e­ma Rena­ta Car­val­ho, e o Crescen­do com a diver­si­dade, des­ti­na­do ao públi­co infan­til. Tam­bém serão atrações as insta­lações de exper­iên­cias XR de real­i­dades esten­di­das com temáti­cas LGBTQIA+, inter­câm­bio feito com a França, Fin­lân­dia, Chile, Esta­dos Unidos e Brasil.

Sobre as ativi­dades especí­fi­cas para o públi­co infan­til, o dire­tor do fes­ti­val, André Fis­ch­er, ressalta ser impor­tante levar men­sagens que con­tribuam para maior com­preen­são e ver­dadeira aceitação da comu­nidade LGBTQIA+, des­de cedo. E, no caso do even­to, a for­ma para tra­bal­har isso é tam­bém colo­car a mão na mas­sa.

“A gente acha que se pas­saram 30 anos [des­de a primeira edição do fes­ti­val] e as coisas evoluíram, cer­ta­mente, mas nem tan­to. Temos que ter um tra­bal­ho educa­ti­vo mes­mo. Por isso, quan­do se fala de pro­dução cul­tur­al LGBTQIA+, está se falan­do de infor­mações”, afir­ma Fis­ch­er.

“Há 14 anos, temos uma seção que se chama Crescen­do com a Diver­si­dade, na qual são exibidos filmes, espetácu­los que ten­ham a ver com o tema família, a par­tir do pon­to de vista de cri­anças e ado­les­centes. As obras têm lin­guagem mais lúdi­ca. E tam­bém real­iza ofic­i­nas em que debate ess­es temas com as cri­anças e elas mes­mas real­izam os filmes e roteiros, que vão assi­s­tir, depois, com a tur­ma toda da esco­la”, expli­ca.

Sem­pre de olho em títu­los que pas­saram por fes­ti­vais de cin­e­ma do mun­do todo, como o de Berlim, Cannes, Veneza e San Sebas­t­ian, a curado­ria do MixBrasil se pre­ocupou em traz­er para as telas alguns inédi­tos no Brasil. Entre os destaques estão o nige­ri­ano Todas as Cores Entre o Pre­to e o Bran­co de Babatunde Apalowo, e o francês Orlan­do, Min­ha Biografia Políti­ca, de Paul Pre­ci­a­do, vence­dores do Ted­dy Award, troféu des­ti­na­do a filmes queer do Fes­ti­val de Berlim„ nas cat­e­go­rias ficção e doc­u­men­tário, além do espan­hol 20.000 Espé­cies de Abel­has, de Estibal­iz Urreso­la Solaguren, vence­dor do Prêmio Sebas­tiane em San Sebas­t­ian.

A pro­gra­mação não deixa a dese­jar quan­do se tra­ta de títu­los nacionais. Entre os rep­re­sen­tantes brasileiros, estão Assexy­bil­i­dade de Daniel Gonçalves (RJ), Cor­po Pre­sente, de Leonar­do Barce­los (MG), Capim Naval­ha, de Michel Queiroz (GO), Uma Tarde Pra Tirar Retra­to, de André Sandi­no Cos­ta (RJ), pre­mière mundi­al de Todos Mor­rem Ten­tan­do Faz­er uma Obra Pri­ma, de Gus­ta­vo von Ha (SP), M de Mães (SP), de Lívia Perez, e Antígô­nadá, de Dora Lon­go Bahia (SP), os dois últi­mos fazen­do a estreia nacional no fes­ti­val.

A pro­gra­mação online começa em 9 de novem­bro e poderá ser assis­ti­da gra­tuita­mente pelas platafor­mas do Sesc Dig­i­talSpcine Play e Itaú Cul­tur­al Play.

Toda a pro­gra­mação do 31º Fes­ti­val Mix Brasil de Cul­tura da Diver­si­dade poderá ser con­feri­da no site do even­to e no Face­bookInsta­gramTwit­ter e Youtube. O even­to é uma real­iza­ção da Asso­ci­ação Cul­tur­al Mix Brasil e do Min­istério da Cul­tura, e con­ta com a ini­cia­ti­va da Lei de Incen­ti­vo à Cul­tura,  patrocínio do Itaù, Mer­ca­do Livre e SPcine, além do apoio cul­tur­al do Sesc SP.

Serviço

31° Fes­ti­val Mix Brasil de Cul­tura da Diver­si­dade
9 a 19 de novem­bro

Toda a pro­gra­mação gra­tui­ta

Locais: Cine­sesc, Cen­tro Cul­tur­al São Paulo (Sala Paulo Emílio), Spcine Oli­do, Teatro Sér­gio Car­doso, Museu da Imagem e do Som, Insti­tu­to Mor­eira Salles e Museu da Lín­gua Por­tugue­sa.

Os ingres­sos serão disponi­bi­liza­dos na bil­hete­ria dess­es locais uma hora antes do iní­cio de cada sessão.

No Museu da Imagem e do Som, o aces­so às exper­iên­cias XR e games ocor­rerá por ordem de chega­da.

No Museu da Lín­gua Por­tugue­sa, o aces­so será gra­tu­ito.

Edição: Graça Adju­to

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

Repro­dução: © Tawatchai/Frepik Produto é usado na produção de soda cáustica e bicarbonato de sódio …