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São Paulo tem campanha para prevenção do câncer de bexiga

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Doença é agressiva e atinge mais os homens


Pub­li­ca­do em 17/05/2022 — 07:29 Por Flávia Albu­querque — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

A Sociedade Brasileira de Urolo­gia de São Paulo (SBU-SP) pro­move, durante todo este mês, a cam­pan­ha Maio Ver­mel­ho para aler­ta e pre­venção do câncer de bex­i­ga. A ini­cia­ti­va, fei­ta nas redes soci­ais, visa ori­en­tar e con­sci­en­ti­zar a pop­u­lação para que, caso os sin­tomas apareçam, a pes­soa pro­cure atendi­men­to médi­co o quan­to antes.

O mês foi escol­hi­do por ser o mes­mo perío­do em que ocorre a mobi­liza­ção con­tra o taba­co, já que o tabag­is­mo está rela­ciona­do dire­ta­mente ao aparec­i­men­to da doença.

De acor­do com o urol­o­gista e mem­bro da SBU-SP Fab­rizio Mes­set­ti, a doença é agres­si­va e acomete tan­to mul­heres quan­to home­ns, mas com incidên­cia qua­tro vezes maior entre os home­ns.

O prin­ci­pal sin­toma é o san­gra­men­to visív­el na uri­na. “Geral­mente, é um san­gra­men­to que não dói, que não tem nen­hum fator de causa e é um sangue vivo. Não que esse sangue seja exclu­si­va­mente o câncer de bex­i­ga, mas pode se tratar de um”, expli­cou.

Para obter o diag­nós­ti­co, a pes­soa faz um exame de imagem, pref­er­en­cial­mente a tomo­grafia abdom­i­nal com con­traste, por meio do qual é pos­sív­el iden­ti­ficar a maior parte dos tumores de bex­i­ga. “Para evoluir um pouco no diag­nós­ti­co, faze­mos a cis­to­scopia, que é uma câmera inseri­da no canal da ure­tra para olhar den­tro da bex­i­ga e iden­ti­ficar a lesão. Tam­bém faze­mos bióp­sia”, expli­cou o médi­co.

Tumor

Para ele, a chance de cura depende do está­gio em que se desco­bre o tumor. Se ele for não inva­si­vo, que não ten­ha atingi­do o mús­cu­lo do órgão, as chances são bem mais altas, porque se trata­do cor­re­ta­mente esse tipo de tumor não tende a evoluir. “O úni­co prob­le­ma é que ess­es tumores podem voltar, então temos que faz­er o acom­pan­hamen­to com exame de imagem e tomo­grafia e cis­to­scopia”, afir­mou.

No caso dos tumores inva­sivos, a opção é faz­er uma cirur­gia rad­i­cal, com a reti­ra­da de todo o órgão. “Nes­sa situ­ação, a cura é por vol­ta de 70% dos pacientes”, disse Mes­set­ti. Em alguns casos, con­segue-se, com um apar­el­ho endoscópi­co, resse­car o tumor e, pos­te­ri­or­mente, o indi­ca­do é faz­er o trata­men­to com quimioter­apia e radioter­apia.

Ele desta­cou que o prin­ci­pal fator de risco para o aparec­i­men­to do câncer de bex­i­ga é o tabag­is­mo, sendo que 70% dos tumores ocor­rem em pes­soas que fumam. O paciente que fuma tem de três a cin­co vezes mais chances de desen­volver a doença.

“Lógi­co que isso depende tam­bém da quan­ti­dade de cig­a­r­ros que ele con­some. Então, quan­do falam­os de câncer de bex­i­ga é impor­tante tam­bém aderir­mos às cam­pan­has con­tra o tabag­is­mo, estim­u­lan­do a pop­u­lação a parar de fumar”, declar­ou.

Cigarro

Mas­set­ti expli­cou que o cig­a­r­ro tem vários com­po­nentes que induzem ao câncer. Depois que o indi­ví­duo fuma e os carcinógenos caem na cor­rente san­guínea, eles pas­sam pelo rim e são deposi­ta­dos na bex­i­ga. “A parte inter­na da bex­i­ga fica em con­ta­to ínti­mo com ess­es agentes can­cerígenos por mais tem­po, porque ficam armazena­dos até a pes­soa uri­nar”, acen­tu­ou.

Sabe-se, ain­da, que esse o câncer de bex­i­ga atinge prin­ci­pal­mente pes­soas na ter­ceira idade, com aumen­to da incidên­cia depois dos 50 anos, mas os mais acometi­dos são aque­les entre 65 e 70 anos, porque ess­es, provavel­mente, ficaram por muito tem­po em con­ta­to com ess­es can­cerígenos que um dia evoluem para o câncer.

“Naque­les que não fumam pode haver uma parte genéti­ca que pode influ­en­ciar ou pode haver um prob­le­ma de con­t­a­m­i­nação profis­sion­al em pes­soas que tra­bal­ham em fábri­c­as de com­po­nentes quími­cos, como tin­tas e petróleo. A recomen­dação é a de man­ter hábitos saudáveis e ter ali­men­tação ade­qua­da”, final­i­zou.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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