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São Silvestre: atletas elogiam público e apontam calor como obstáculo

Quenianos mantêm hegemonia na corrida de rua de São Paulo

Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 31/12/2024 — 13:30
São Paulo
São Paulo (SP), 31/12/2024 - A brasileira Núbia de Oliveira (45) chega na terceira posição na pisputa da 99ª Corrida Internacional da São Silvestre. A tradicional corrida de rua tem expectativa de receber cerca de 37.500 corredores, público recorde. O percurso da São Silvestre tem largada na Avenida Paulista (entre as ruas Frei Caneca e Augusta), vai até o Centro histórico e volta para a Paulista pela subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio - difíceis quilômetros finais. Acaba em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Repro­dução: © Paulo Pinto/Agência Brasil

Com vitórias na man­hã des­ta terça-feira (31) tan­to na pro­va mas­culi­na quan­to na fem­i­ni­na, os que­ni­anos man­tiver­am a hege­mo­nia na Cor­ri­da Inter­na­cional de São Sil­vestre.

Des­de que estrear­am na com­petição, em 1992, eles detém 19 vitórias na pro­va fem­i­ni­na e 18 na mas­culi­na. Um dos maiores vence­dores da cor­ri­da, com cin­co vitórias, tam­bém é que­ni­ano: Paul Ter­gat, que con­quis­tou o pódio em 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000.

Nes­ta terça-feira, a que­ni­ana Agnes Keino venceu os 15 quilômet­ros da tradi­cional pro­va de rua de São Paulo em 51 min­u­tos e 25 segun­dos. A segun­da colo­cação tam­bém foi de uma que­ni­ana, Cyn­thia Chemweno, com o tem­po de 52 min­u­tos 11segundos. Já no mas­culi­no, a vitória foi do que­ni­ano Wil­son Too, com o tem­po de 44 min­u­tos e 21 segun­dos.

Den­tre as brasileiras, Nubia de Oliveira Sil­va ficou com a ter­ceira colo­cação final­izan­do a pro­va em 53 min­u­tos e 24 segun­dos; e Tatiane Raquel da Sil­va em quin­to, com o tem­po de 53 min­u­tos 51 segun­dos.

“Colo­car duas brasileiras entre as cin­co mel­hores foi um dia espe­cial”, disse Tatiane, em entre­vista cole­ti­va con­ce­di­da ao final da pro­va.

São Paulo (SP), 31/12/2024 - Podio feminino, 1º lugar: Agnes Keino (Quênia) (e), 3º lugar: Núbia de Oliveira (Brasil) (c) e 5º lugar: Tatiane Raquel da Silva (Brasil) (d) após 99ª Corrida Internacional da São Silvestre. A tradicional corrida de rua tem expectativa de receber cerca de 37.500 corredores, público recorde. O percurso da São Silvestre tem largada na Avenida Paulista (entre as ruas Frei Caneca e Augusta), vai até o Centro histórico e volta para a Paulista pela subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio - difíceis quilômetros finais. Acaba em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Repro­dução: Brasileiras Núbia de Oliveira e Tatiane Raquel da Sil­va comem­o­ram pódio lid­er­a­do pela que­ni­ana Agnes Keino. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil — Paulo Pinto/Agência Brasil

“Quan­do cheguei na Brigadeiro [a subi­da da Aveni­da Brigadeiro Luiz Antônio, que ter­mi­na com a chega­da na Aveni­da Paulista] vi que as estrangeiras estavam cer­ca de 100 met­ros na min­ha frente. Mas vi que era pos­sív­el chegar na ter­ceira colo­cação. Com o incen­ti­vo do públi­co, aumentei o rit­mo e, quan­do vi que a gente ia entrar na Aveni­da Paulista, saiu uma força muito grande de mim”, con­tou Nubia, que con­quis­tou a ter­ceira posição cin­co segun­dos à frente da tan­za­ni­ana Anas­tazia Dolomon­go.

No mas­culi­no, o brasileiro mel­hor colo­ca­do foi Johnatas de Oliveira Cruz, que alcançou o quar­to lugar do pódio, com o tem­po de 45 min­u­tos e 32 segun­dos. No ano pas­sa­do, ele tam­bém havia sido o mel­hor brasileiro da São Sil­vestre, mas na sex­ta posição.

“Este ano a gente mostrou que esta­mos mais per­to de que­brar essa hege­mo­nia [de vitórias de atle­tas africanos]. Temos que focar três meses antes para a São Sil­vestre. É foco, cabeça tran­quila e o prin­ci­pal: mui­ta men­tal­i­dade”, disse ele.

São Paulo (SP), 31/12/2024 - 4º lugar: Johnatas Cruz (Brasil)durante premiação após 99ª Corrida Internacional da São Silvestre. A tradicional corrida de rua tem expectativa de receber cerca de 37.500 corredores, público recorde. O percurso da São Silvestre tem largada na Avenida Paulista (entre as ruas Frei Caneca e Augusta), vai até o Centro histórico e volta para a Paulista pela subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio - difíceis quilômetros finais. Acaba em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Repro­dução: Johnatas Cruz durante pre­mi­ação após 99ª Cor­ri­da Inter­na­cional da São Sil­vestre. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Segun­do os corre­dores, o grande destaque da pro­va de hoje foi a empol­gação do públi­co: “ador­ei a pro­va porque tin­ha mui­ta tor­ci­da ao lon­go do per­cur­so”, comen­tou Cyn­thia.

“A São Sil­vestre é uma ener­gia boa, que arrepia ao subir a Brigadeiro. É uma ener­gia muito grande”, com­ple­tou Tatiane.

Calor

Os atle­tas de alto rendi­men­to tam­bém con­cor­dam que o calor foi a prin­ci­pal difi­cul­dade para com­ple­tar a cor­ri­da. “Sen­ti o cli­ma a par­tir dos 10 quilômet­ros, quan­do começou a ficar mais quente. Aproveit­ei para me hidratar bas­tante durante a pro­va. Quan­do cheg­amos na Brigadeiro, eu já esta­va cansa­da e não con­segui brigar até o final. O cli­ma pesou bas­tante para todo mun­do”, disse Tatiane.

“Estou muito feliz. A cor­ri­da foi boa. Mas a condição do tem­po foi difí­cil por causa do calor”, con­cor­dou a campeã fem­i­ni­na da pro­va, Agnes Keino.

“O cli­ma esta­va mais quente do que no ano pas­sa­do. Mas pre­tendo voltar no ano que vem”, afir­mou o campeão da pro­va mas­culi­na, que usou a São Sil­vestre como preparação para a Mara­tona de Sevil­ha, na Espan­ha.

O Brasil não alcança o topo do pódio da São Sil­vestre há muitos anos. No mas­culi­no, a últi­ma vitória foi em 2010, quan­do Mar­il­son dos San­tos con­quis­tou o tri­cam­pe­ona­to. No fem­i­ni­no, a últi­ma vitória foi em 2006, com Lucélia Peres.

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