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Saúde diz que é cedo atribuir alta de casos de covid à nova variante

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

País registrou quatro casos da nova variante Eris


Pub­li­ca­do em 05/09/2023 — 23:05 Por Bruno Boc­chi­ni — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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O Min­istério da Saúde infor­mou nes­ta terça-feira (5) não ser pos­sív­el atribuir a alta de casos de covid-19 no país à nova vari­ante EG.5, con­heci­da como Eris. De acor­do com o min­istério, hou­ve ele­vação de 6% no número de casos con­fir­ma­dos de covid-19, na com­para­ção entre as sem­anas epi­demi­ológ­i­cas 31 (30 de jul­ho a 5 de agos­to) e 32 (6 de agos­to a 12 de agos­to). A alta, segun­do a pas­ta, no entan­to, está den­tro do esper­a­do para o perío­do.

“Con­forme dados envi­a­dos pelas Sec­re­tarias Estad­u­ais de Saúde, entre as sem­anas epi­demi­ológ­i­cas (SE) 31 e 32 de 2023, foi obser­va­do um aumen­to de 6% no número de casos de covid-19 noti­fi­ca­dos, taxa den­tro do esper­a­do para essa época do ano, quan­do aumen­tam os casos de infecções res­pi­ratórias. Ain­da é pre­maturo afir­mar que o aumen­to é cau­sa­do pela nova vari­ante EG.5”, disse a pas­ta, em nota.

Até o momen­to, foram noti­fi­ca­dos qua­tro casos da nova vari­ante EG.5 no Brasil: dois em São Paulo, um no Dis­tri­to Fed­er­al e um no Rio de Janeiro.

O min­istério reforçou que a vaci­nação con­tin­ua sendo a prin­ci­pal medi­da para pre­venir casos graves da doença. “Man­tém-se a recomen­dação para que os gru­pos de maior risco de agrava­men­to pela doença con­tin­uem a seguir as medi­das de pre­venção e con­t­role, como o uso de más­caras em locais fecha­dos, mal ven­ti­la­dos ou com aglom­er­ações, além do iso­la­men­to de pacientes infec­ta­dos com o vírus”.

A pas­ta ain­da desta­cou que toda a rede do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) está disponi­bi­lizan­do, gra­tuita­mente, o antivi­ral nirmatrelvir/ritonavir para ser uti­liza­do no trata­men­to da infecção pelo vírus logo que os sin­tomas apare­cerem e hou­ver con­fir­mação de teste pos­i­ti­vo em pes­soas dos gru­pos de risco.

Aumento de casos

Duas enti­dades que uti­lizam dados da rede par­tic­u­lar de saúde com­ple­men­tar reg­is­traram aumen­tos expres­sivos de resul­ta­dos pos­i­tivos nos exam­es de detecção de covid-19 nas últi­mas sem­anas.

De acor­do com a Asso­ci­ação Brasileira de Med­i­c­i­na Diag­nós­ti­ca (Abramed), a pos­i­tivi­dade dos testes de covid-19 pas­sou de 6,3%, na sem­ana de 27 de jul­ho a 4 de agos­to, para 13,8%, na sem­ana de 12 a 18 de agos­to. A enti­dade uti­liza dados de empre­sas pri­vadas que rep­re­sen­tam 65% do vol­ume de exam­es real­iza­dos pela saúde suple­men­tar no país.

Segun­do o Insti­tu­to Todos Pela Saúde, que usa dados dos lab­o­ratórios Dasa, DB Mol­e­c­u­lar, Fleury, Hos­pi­tal Israeli­ta Albert Ein­stein (HIAE), Hilab, HLAG­yn e Sabin, a taxa de resul­ta­dos pos­i­tivos para SARS-CoV­‑2 (covid-19) dobrou em um mês, pas­san­do de 7% para 15,3% entre as sem­anas encer­radas em 22 de jul­ho e 19 de agos­to. Os per­centu­ais mais ele­va­dos foram obser­va­dos nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e aci­ma de 80 anos (20,9%).

Para o virol­o­gista e pesquisador do Insti­tu­to Todos Pela Saúde, Ander­son Fer­nan­des de Brito, a alta dos resul­ta­dos pos­i­tivos pode estar lig­a­da a chega­da da nova vari­ante no Brasil.

“Quan­do a gente olha, por exem­p­lo, para dados de país­es que estão ain­da man­ten­do vol­umes maiores de sequen­ci­a­men­to [genômi­co das vari­antes] como os Esta­dos Unidos, por exem­p­lo, a gente obser­va que a vari­ante EG.5 tem aumen­ta­do de fre­quên­cia de sem­ana após sem­ana”, desta­ca Brito.

“Existe um cer­to atra­so entre cole­tar uma amostra e isso se tornar um geno­ma [no Brasil]. E esse atra­so, às vezes, ele pode levar sem­anas, duas, três, qua­tro sem­anas. Isso é um padrão muito comum. Então vai levar um tem­po para que a gente obser­var que essa vari­ante está aumen­tan­do em fre­quên­cia [tam­bém no Brasil]”, acres­cen­tou.

O virol­o­gista desta­cou que a vaci­nação con­tra a covid-19 é a mel­hor maneira de se pro­te­ger da doença.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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