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Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Explosão de casos no país motivou decisão da pasta


Publicado em 12/03/2024 — 17:06 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O Min­istério da Saúde pas­sou a recomen­dar o uso de testes rápi­dos para diag­nós­ti­co e fechamen­to de casos de dengue. De acor­do com a secretária de Vig­ilân­cia em Saúde e Ambi­ente, Ethel Maciel, foi elab­o­ra­da uma nota téc­ni­ca para ori­en­tar esta­dos e municí­pios sobre o uso de testes rápi­dos para dengue.

“Já ini­ci­amos a com­pra para dis­tribuição”, disse Ethel, em entre­vista cole­ti­va. A secretária lem­brou que out­ros testes para diag­nós­ti­co de dengue, como o RT-PCR, ampla­mente uti­liza­do durante a pan­demia de covid-19, são mais sen­síveis na detecção do vírus. Entre­tan­to, em meio à explosão de casos de dengue no país, o Min­istério da Saúde decid­iu recomen­dar teste rápi­do para o diag­nós­ti­co de dengue com a dev­i­da ori­en­tação aos profis­sion­ais de saúde das redes estad­u­ais e munic­i­pais.

Brasília(DF), 12/03/2024 - A Secretária de Vigilância Sanitária em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, fala sobre atualização dos numeros de casos de dengue.Foto:Wilson Dias/Agência Brasil
Repro­dução: A secretária de Vig­ilân­cia San­itária em Saúde e Ambi­ente, Ethel Maciel, fala sobre uso de testes rápi­dos para diag­nós­ti­co da dengue — Wil­son Dias/Agência Brasil

De acor­do com a coor­de­nado­ra-ger­al de Lab­o­ratórios de Saúde Públi­ca, Marília San­ti­ni, o teste rápi­do recomen­da­do pelo min­istério deve ser real­iza­do entre o primeiro e o quin­to dia de sin­tomas, perío­do em que a maio­r­ia dos pacientes bus­ca um serviço de saúde. Mes­mo em casos de resul­ta­do neg­a­ti­vo, o paciente deve ser mon­i­tora­do e ações estratég­i­cas, como a hiper-hidratação, devem ser ado­tadas, reforçou.

Ain­da segun­do Marília, para casos graves e mortes sus­peitas por dengue, a ori­en­tação da pas­ta per­manece sendo a real­iza­ção de exame lab­o­ra­to­r­i­al, e não do teste rápi­do, uma vez que este tem lim­i­tações, como a inca­paci­dade de ras­trear o sorotipo de dengue que cau­sou o agrava­men­to do quadro ou o óbito do paciente.

Autoteste

Marília con­fir­mou tam­bém trata­ti­vas com a Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária (Anvisa) para com­er­cial­iza­ção de autotestes para dengue no Brasil. A infor­mação foi ante­ci­pa­da pelo dire­tor-pres­i­dente da Anvisa, Anto­nio Bar­ra Tor­res, em entre­vista ao pro­gra­ma A Voz do Brasil, da Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC).

“Tive­mos duas reuniões com a Anvisa”, disse Marília, ao detal­har que o teste rápi­do e o autoteste são essen­cial­mente o mes­mo dis­pos­i­ti­vo, sendo o primeiro é con­duzi­do por um profis­sion­al de saúde e o segun­do, pelo próprio paciente.

Marília lem­brou que, difer­ente­mente do cenário de covid-19, em que o autoteste con­tribui para inter­romper a trans­mis­são do vírus por meio do iso­la­men­to, o autoteste de dengue não con­tribui nesse aspec­to, já que a doença só pode ser trans­mi­ti­da pela pic­a­da da fêmea do mos­qui­to Aedes aegyp­ti. “A gente ain­da está ini­cian­do uma dis­cussão téc­ni­ca.”

Medidas de proteção individual para evitar picadas de mosquitos. Foto: Arte/EBC

 

Edição: Nádia Fran­co

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