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Saúde recomenda atenção para casos de febre Oropouche no país

Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Estados e municípios devem intensificar vigilância


Publicado em 13/07/2024 — 16:40 Por Flavia Albuquerque — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Uma recomen­dação aos esta­dos e os municí­pios para que inten­si­fiquem a vig­ilân­cia em saúde para a pos­si­bil­i­dade de trans­mis­são ver­ti­cal do vírus Oropouche foi emi­ti­da nes­ta sem­ana pelo Min­istério da Saúde (MS).

Segun­do a pas­ta, a medi­da foi ado­ta­da após o Insti­tu­to Evan­dro Cha­gas do MS detec­tar pre­sença do anti­cor­po do vírus em amostras de um caso de abor­ta­men­to e qua­tro casos de micro­ce­falia. “Sig­nifi­ca que o vírus é pas­sa­do da ges­tante para o feto, mas não é pos­sív­el afir­mar que haja relação entre a infecção e o óbito e as mal­for­mações neu­rológ­i­cas”, disse o min­istério em nota divul­ga­da na quin­ta-feira (11).

No doc­u­men­to, a pas­ta ori­en­ta que esta­dos e municí­pios tam­bém inten­si­fiquem a vig­ilân­cia nos meses finais da ges­tação e no acom­pan­hamen­to dos bebês de mul­heres que tiver­am infecções por dengue, Zika e Chikun­gun­ya ou febre de Oropouche. O min­istério recomen­da ain­da cole­tas de amostras e preenchi­men­to da ficha de noti­fi­cação; que se alerte a pop­u­lação sobre medi­das de pro­teção a ges­tantes, como evi­tar áreas com a pre­sença de maru­ins (tipo de inse­to) e mos­qui­tos, insta­lar telas em por­tas e janelas, usar roupas que cubram a maior parte do cor­po e aplicar repe­lente.

Segun­do as infor­mações, o serviço de detecção de casos de Oropouche foi ampli­a­do para todo o país em 2023, após o Min­istério da Saúde disponi­bi­lizar testes diag­nós­ti­cos para toda a rede nacional de Lab­o­ratórios Cen­trais de Saúde Públi­ca (Lacen). Com isso, os casos, até então con­cen­tra­dos pri­or­i­tari­a­mente na Região Norte, pas­saram a ser iden­ti­fi­ca­dos tam­bém em out­ras regiões do país.

“A descober­ta reforça a efi­ciên­cia da vig­ilân­cia epi­demi­ológ­i­ca no SUS, prin­ci­pal­mente em relação a pos­síveis trans­mis­são ver­ti­cal de doenças, fun­da­men­tal para ante­ci­par diag­nós­ti­cos e pro­te­ger ges­tantes e recém-nasci­dos”, infor­mou o min­istério.

Sintomas

A febre Oropouche é uma doença cau­sa­da pelo arbovírus Orthobun­yavirus oropoucheense (OROV). Entre os sin­tomas estão febre de iní­cio repenti­no, dor de cabeça, dores mus­cu­lares e nas artic­u­lações, além de ton­tu­ra, dor na parte pos­te­ri­or dos olhos, calafrios, náuse­as, vômi­tos. Em cer­ca de 60% dos pacientes, algu­mas man­i­fes­tações, como febre e dor de cabeça per­sis­tem por duas sem­anas. Não há trata­men­to para a doença. A pre­venção é fei­ta a par­tir da pro­teção con­tra os mos­qui­tos trans­mis­sores.

A febre Oropouche foi iden­ti­fi­ca­da pela primeira vez no Brasil em 1960. Depois dis­so, foram relata­dos casos iso­la­dos e sur­tos, prin­ci­pal­mente na região amazôni­ca. Tam­bém ocor­reram reg­istros da doença no Panamá, na Argenti­na, Bolívia, no Equador, Peru e na Venezuela. Com a ampli­ação da inves­ti­gação da infecção no país, foram con­fir­ma­dos 7.044 casos, com trans­mis­são local em 16 esta­dos.

Edição: Aécio Ama­do

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