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Sebrae lança programa para ajudar empresas vítimas da enchente no RS

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Instituição prestará consultoria e financiará pequenos custos


Publicado em 02/06/2024 — 18:25 Por Alana Gandra — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

O Serviço de Apoio às Micro e Peque­nas Empre­sas do Rio Grande do Sul (Sebrae RS) vai aju­dar micro e pequenos empreendi­men­tos atingi­dos pela recente catástrofe climáti­ca através do pro­gra­ma Sebraetec Supera, que já atu­ou nas enchentes de setem­bro do ano pas­sa­do. “Ele visa aten­der as empre­sas que foram dire­ta­mente afe­tadas: os microem­preende­dores indi­vid­u­ais (MEIs), as micro empre­sas e as empre­sas de pequeno porte”, disse, neste domin­go (2), à Agên­cia Brasil o pres­i­dente do Con­sel­ho Delib­er­a­ti­vo Estad­ual do Sebrae RS, Luiz Car­los Bohn.

O pro­gra­ma foi apli­ca­do no Vale do Taquari, em setem­bro de 2023 e, ago­ra, foi ampli­a­do por con­ta do taman­ho da destru­ição que acon­te­ceu, afir­mou Bohn. Em média, os pequenos empreendi­men­tos tiver­am pre­juí­zo de até R$ 50 mil. “Já temos mais de 20 mil respostas à pesquisa fei­ta e o Sebrae RS elaborou esse tra­bal­ho. Remane­jamos nos­so orça­men­to no Rio Grande do Sul, com liber­dade do Sebrae Nacional, para diri­gir todos os recur­sos disponíveis para esse pro­gra­ma”.

Cadastramento

As empre­sas devem se cadas­trar pelo site do pro­gra­ma, onde man­i­fes­tam suas neces­si­dades. “Todo o nos­so pes­soal do Sebrae RS está em cam­po para procu­rar fisi­ca­mente as empre­sas. Mui­ta coisa será de maneira ‘online’”, desta­cou Bohn. A con­sul­to­ria do Sebrae RS reavalia a situ­ação, faz um plano de ação de recomeço das ativi­dades e disponi­bi­liza recur­sos para os micro e pequenos empreendi­men­tos. Os recur­sos serão a fun­do per­di­do, ou seja, não reem­bol­sáveis, o que sig­nifi­ca que não pre­cis­arão ser devolvi­dos. “Não haverá nen­hu­ma dívi­da”, garan­tiu o pres­i­dente do Con­sel­ho.

Os empreendi­men­tos ben­e­fi­ci­a­dos rece­berão avali­ação e con­sul­to­ria do Sebrae RS e reem­bol­so de até R$ 15 mil sobre os cus­tos com reparos, manutenção ou reposição de equipa­men­tos e mobil­iário afe­ta­dos pelos alaga­men­tos. O reem­bol­so será por porte. Microem­preende­dor indi­vid­ual (MEI) poderá rece­ber até R$ 3 mil, microem­pre­sa até R$ 10 mil e empre­sa de pequeno porte até R$ 15 mil. Luiz Car­los Bohn disse que val­or semel­hante poderá ser obti­do pelos inter­es­sa­dos jun­to aos par­ceiros do Sebrae RS, que são a Caixa Econômi­ca Fed­er­al, o Ban­co do Brasil e coop­er­a­ti­vas de crédi­to.

SINIMBU, RS, BRASIL, 03.05.2024 - Trabalho de limpeza na região de Sinumbu, devido aos estragos causados pela forte chuva no estado do Rio Grande do Sul. Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Repro­dução: Em média, os pequenos empreendi­men­tos gaú­chos tiver­am pre­juí­zo de até R$ 50 mil com as chu­vas de maio. Foto: Gus­ta­vo Mansur/Palácio Pira­ti­ni

Comprovação

As micro e peque­nas empre­sas e MEIs dev­erão com­pro­var a local­iza­ção nas regiões afe­tadas, for­mu­lar o plano de retoma­da e, em segui­da, adquirir mer­cado­rias, estoque, equipa­men­tos, móveis ou uten­sílios que pre­cisam para seu fun­ciona­men­to. “A maio­r­ia vai rece­ber isso reem­bol­sa­do no máx­i­mo em 45 dias”. Em caso de não haver pos­si­bil­i­dade de reparo, os itens adquiri­dos dev­erão ser iguais ou sim­i­lares àque­les sub­sti­tuí­dos. Não são elegíveis para reem­bol­so itens cober­tos por seguros ou obti­dos por doação.

Lev­an­ta­men­to já efe­t­u­a­do mostra a existên­cia de cer­ca de 1,5 mil­hão de pequenos negó­cios entre microem­pre­sas, MEIs e peque­nas empre­sas no esta­do. O Sebrae RS esti­ma que, desse total, 600 mil foram afe­ta­dos pela catástrofe climáti­ca. “Em que grau a gente não sabe, mas 66 mil foram muito afe­ta­dos. E a gente poderá aten­der entre 10 mil a 15 mil com os recur­sos que tem. É o que a gente pode faz­er”.

Assessoria

O Sebrae RS está pro­moven­do tam­bém a Asses­so­ria de Negó­cios, pro­du­to basea­do na metodolo­gia de pro­gra­ma da ‘Small Busi­ness Admin­is­tra­tion’ (SBA), dos Esta­dos Unidos. Esse pro­gra­ma estru­tu­ra cen­tros de desen­volvi­men­to de peque­nas empre­sas por todo o país, ofer­e­cen­do treina­men­to, asses­so­ria indi­vid­ual e soluções para o desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el e de lon­go pra­zo dos negó­cios. De for­ma semel­hante ao Sebrae, ess­es cen­tros uti­lizam métri­c­as econômi­cas estratég­i­cas para ori­en­tar suas ações.

Bohn esclare­ceu que o pequeno empreende­dor pre­cisa faz­er uma con­ver­sa ‘online’ ou pres­en­cial para reestru­tu­rar seu negó­cio, de modo a dire­cionar bem o recur­so. Ele faz um preparo de gestão e, depois, pode se tornar cliente do Sebrae. Tem essa final­i­dade tam­bém”. Com apoio do Sebrae, o prin­ci­pal obje­ti­vo da Asses­so­ria de Negó­cios é garan­tir que as peque­nas empre­sas afe­tadas pelas enchentes pos­sam se recon­stru­ir e sobre­viv­er, man­ten­do sua oper­ação, preser­van­do empre­gos e aumen­tan­do o fat­u­ra­men­to. As empre­sas aten­di­das serão orga­ni­zadas con­forme a região e a situ­ação atu­al de sobre­vivên­cia, recon­strução ou emergên­cia.

Edição: Marce­lo Brandão

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