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Sebrae: setor de academias é um dos mais afetados pela pandemia

Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

 

Faturamento está 52% abaixo do normal


Pub­li­ca­do em 08/07/2021 — 07:00 Por Antônio Claret Guer­ra — Repórter da Agên­cia Brasil — Belo Hor­i­zonte

As acad­e­mias estão no grupo de ativi­dades mais afe­tadas pela crise san­itária no Brasil. Metade delas está com dívi­das em atra­so. É o que mostra a 11ª edição da Pesquisa de Impacto da Pan­demia de Covid-19 nas Micro e Peque­nas Empre­sas, real­iza­da pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Peque­nas Empre­sas (Sebrae), em parce­ria com a Fun­dação Getulio Var­gas (FGV).

De acor­do com a pesquisa, o fat­u­ra­men­to do setor chegou, em maio, a um pata­mar 52% abaixo do que seria nor­mal para o mês. Na edição ante­ri­or da pesquisa, real­iza­da em fevereiro, o seg­men­to esta­va 42% abaixo do nor­mal. Essa pio­ra de cenário fez com que ess­es empresários se tor­nassem os mais pre­ocu­pa­dos entre todos os setores anal­isa­dos: 72% alegam que estão com mui­ta difi­cul­dade de man­ter o negó­cio.

Em entre­vista à Agên­cia Brasil, o pres­i­dente do Sebrae, Car­los Melles, lem­brou que as acad­e­mias, assim como o setor de even­tos e tur­is­mo, pre­cisam da pre­sença do públi­co para fun­cionar. Ao lon­go da pan­demia, muitas ino­varam nas aulas e con­sul­to­rias online para segu­rar min­i­ma­mente o fat­u­ra­men­to.

O Sebrae tem reforça­do a ori­en­tação em relação aos pro­to­co­los de pre­venção e no aces­so a crédi­to, como o Pro­gra­ma Nacional de Apoio às Microem­pre­sas e Empre­sas de Pequeno Porte (Pron­ampe). Melles afir­mou que ape­sar da reaber­tu­ra das acad­e­mias, a maio­r­ia das pes­soas ain­da se sente inse­gu­ra de se exerci­tar em ambi­entes fecha­dos. “Por isso, é tão impor­tante avançar­mos de for­ma mais ágil e efe­ti­va no proces­so de vaci­nação”.

Vacinação

O estu­do mais recente do Sebrae, que anal­isa o crono­gra­ma de vaci­nação, mostra que, nesse rit­mo, ape­nas em out­ubro haverá boa parte das MPE micro e peque­nas empre­sas com o fat­u­ra­men­to recu­per­a­do aos níveis pré-pan­demia.

“A últi­ma pesquisa que fize­mos sobre o impacto da pan­demia, jun­to com a Fun­dação Getulio Var­gas, deixou explíc­i­to que ape­nas a aber­tu­ra das empre­sas e a diminuição das restrições não são sufi­cientes para recu­per­ar o fat­u­ra­men­to. Sem vaci­nação, não há retoma­da”, obser­vou Melles.

Com esse resul­ta­do, as acad­e­mias se jun­taram nova­mente ao grupo dos mais afe­ta­dos, que é com­pos­to por pequenos negó­cios que atu­am no tur­is­mo e econo­mia cria­ti­va, ambos com nív­el de fat­u­ra­men­to de ‑68%. Beleza (-53%) e logís­ti­ca e trans­porte (-50%) tam­bém apre­sen­tam que­da.

Crédito

Melles desta­cou que os donos de acad­e­mias tam­bém são os que mais procu­ram as insti­tu­ições finan­ceiras para obter crédi­to em 2021. De acor­do com a pesquisa, 55% solic­i­taram emprés­ti­mos des­de janeiro, sendo que 36% procu­raram essa aju­da entre os meses de abril e maio.

Segun­do o Sebrae, no acu­mu­la­do do ano, o número de pequenos negó­cios desse setor que ten­taram crédi­to é 10 pon­tos per­centu­ais supe­ri­or à média (45%). Dos que procu­raram crédi­to, 48% rece­ber­am uma respos­ta pos­i­ti­va ao pedi­do. Out­ras ativi­dades que tam­bém apre­sen­taram um aumen­to na procu­ra por crédi­to foram a indús­tria de base tec­nológ­i­ca, beleza, serviços de ali­men­tação e con­strução civ­il.

Retomada

Os dados da nova edição da pesquisa do Sebrae rev­e­lam que a retoma­da ain­da não acon­te­ceu para grande parte das ativi­dades exer­ci­das pelas micro e peque­nas empre­sas. Ape­nas agronegó­cio, ener­gia, indús­tria e indús­tria de base tec­nológ­i­ca demon­straram mel­ho­ra. Estáveis estão con­strução civ­il, edu­cação, ofic­i­nas e peças e serviços empre­sari­ais. Todas as out­ras 13 ativi­dades pesquisadas demon­straram que­da de fat­u­ra­men­to em relação à 10ª edição da pesquisa, real­iza­da em fevereiro, sendo que as acad­e­mias e as empre­sas de econo­mia cria­ti­va foram as que mais sofr­eram impacto.

Edição: Graça Adju­to

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