...
quinta-feira ,10 julho 2025
Home / Noticias / Segurança da Cúpula do Brics terá esquema semelhante ao do G20

Segurança da Cúpula do Brics terá esquema semelhante ao do G20

Equipamentos usados pelas Forças Armadas serão os mesmos, com ajustes

Mar­i­ana Tokar­nia — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 02/07/2025 — 19:12
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ), 26/04/2025 – Símbolo da Reunião de Chanceleres da Presidência Brasileira do BRICS. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

A atu­ação das forças de segu­rança na 17ª Reunião de Cúpu­la do Brics, que acon­te­cerá no Rio de Janeiro entre 6 e 7 de jul­ho, será semel­hante à exe­cu­ta­da na Cúpu­la do G20, sedi­a­da pela cap­i­tal flu­mi­nense em novem­bro do ano pas­sa­do.

O con­tin­gente que será empre­ga­do foi apre­sen­ta­do à impren­sa nes­ta quar­ta-feira (2) pelo Coman­do Opera­cional Con­jun­to Reden­tor, for­ma­do pela Mar­in­ha do Brasil, o Exérci­to Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, que atu­arão de for­ma integra­da com diver­sas agên­cias e órgãos de segu­rança públi­ca.

De acor­do com o asses­sor espe­cial do coman­do opera­cional, o gen­er­al de briga­da Lucio Alves de Souza, os equipa­men­tos usa­dos, inclu­sive, dev­erão ser os mes­mos:

“Nós vamos usar os mes­mos equipa­men­tos. Isso foi uma ori­en­tação do Min­istério da Defe­sa, de que o plane­ja­men­to fos­se semel­hante ao que foi empre­ga­do no G20, ten­do em vista que ele fun­cio­nou, então, não tin­ha sen­ti­do diminuir nada. O que acon­te­ceu foram pequenos ajustes”, disse.

De acor­do com o coman­do opera­cional, serão uti­liza­dos pelas Forças Armadas, entre out­ros equipa­men­tos, 361 viat­uras, 147 moto­ci­cle­tas, 68 viat­uras sobre rodas, 38 viat­uras blindadas, dez navios, nove embar­cações, oito helicópteros, três radares e seis equipa­men­tos antidrone.

Aeronaves com mísseis

Ape­sar das semel­hanças, uma das mudanças será a mobi­liza­ção de aeron­aves com mís­seis, o que ocor­rerá pela primeira vez des­de os Jogos Olímpi­cos de 2016.

“O mís­sil aca­ba sendo um equipa­men­to a mais que a aeron­ave dis­põe para cumprir a mis­são dela”, disse o chefe do sub­de­par­ta­men­to de Oper­ações do Depar­ta­men­to de Con­t­role de Espaço Aéreo, André Gus­ta­vo Fer­nan­des Peçan­ha. “Ele dá uma segu­rança maior, dá uma opção a mais. A autori­dade vai anal­is­ar, den­tro daque­le con­tex­to que ela está viven­do, e vai escol­her que tipo de equipa­men­to ela vai usar para man­ter a segu­rança do espaço aéreo naque­le perío­do”.

Out­ro destaque do plane­ja­men­to é a uti­liza­ção de antidrones, capazes de evi­tar ataques feitos por ess­es equipa­men­tos. Isso já foi feito ante­ri­or­mente, na Cúpu­la de Líderes do G20. “Se nós tiver­mos uma situ­ação como uma con­ste­lação de drones [grupo de drones operan­do em con­jun­to], ele tem capaci­dade de inter­romper todos os drones ao mes­mo tem­po. Uma potên­cia tal que pode até inter­ferir em sinal do celu­lar e em sinal de até do aero­por­to”, diz Souza.

De acor­do com Souza, as Forças Armadas e os demais órgãos de segu­rança públi­ca atu­arão para garan­tir a segu­rança nas vias, des­de o Aero­por­to do Galeão até os locais de hospedagem; dos locais de hospedagem até o local do even­to; e os retornos das del­e­gações tan­to para os locais de hospedagem quan­to para o aero­por­to.

Além dis­so, atu­arão na pro­teção de infraestru­turas críti­cas na cidade do Rio de Janeiro, na segu­rança cibernéti­ca e na defe­sa quími­ca, biológ­i­ca, radi­ológ­i­ca e nuclear.

A Mar­in­ha cuidará da pro­teção de áreas marí­ti­mas e costeiras, incluin­do a disponi­bi­liza­ção de Car­ros Lagar­ta Anfíbio (CLAnf) – veícu­los blinda­dos capazes de oper­ar tan­to na ter­ra quan­to na água – para situ­ações de emergên­cia, como a neces­si­dade de evac­uar o local da reunião.

Per­gun­ta­do se con­sid­era a reunião dos BRICS um even­to mais arrisca­do que even­tos ante­ri­ores, Souza afir­ma: “É tão arrisca­do quan­to todos os out­ros, porque bas­ta um erro da nos­sa parte para a gente ter um inci­dente que joga o plane­ja­men­to todo por água abaixo. Então, todos os even­tos que nós acom­pan­hamos no Rio de Janeiro, todos eles a gente atribui a mes­ma respon­s­abil­i­dade, a mes­ma pre­ocu­pação, de igual maneira”.

Varreduras em veículos oficiais

Tam­bém nes­ta quar­ta, a Polí­cia Fed­er­al anun­ciou que está real­izan­do varreduras nos veícu­los ofi­ci­ais que farão o trasla­do das autori­dades par­tic­i­pantes do even­to. O obje­ti­vo é iden­ti­ficar e neu­tralizar qual­quer tipo de ameaça que pos­sa com­pro­m­e­ter a segu­rança da Cúpu­la.

A ação, segun­do a PF, envolve dezenas de poli­ci­ais fed­erais espe­cial­iza­dos e con­ta com o apoio de cães fare­jadores. Os veícu­los inspe­ciona­dos serão con­duzi­dos por equipes da segu­rança aprox­i­ma­da da PF, respon­sáveis por levar os Chefes de Esta­do, Min­istros e demais autori­dades aos diver­sos com­pro­mis­sos pre­vis­tos na pro­gra­mação do even­to.

Além da inspeção dos automóveis, a PF realizará vis­to­rias nas edi­fi­cações onde ocor­rerão as ativi­dades da Cúpu­la, bem como nos hotéis e demais locais que rece­berão os rep­re­sen­tantes inter­na­cionais.

Brics

O Brics é um blo­co que reúne rep­re­sen­tantes de 11 país­es-mem­bros per­ma­nentes: Brasil, Rús­sia, Índia, Chi­na, África do Sul, Irã, Arábia Sau­di­ta, Egi­to, Etiópia, Emi­ra­dos Árabes Unidos e Indonésia. Tam­bém par­tic­i­pam os país­es-par­ceiros: Belarus, Bolívia, Caza­quistão, Tailân­dia, Cuba, Ugan­da, Malásia, Nigéria, Viet­nã e Uzbeq­ui­stão. A 17ª Reunião de Cúpu­la do Brics será no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de jul­ho.

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Enem 2025: Inep publica resultados de recursos de atendimento especial

Consulta deve ser feita na Página do Participante do exame Daniel­la Almei­da — Repórter da …