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Seleção feminina de goalball herda vaga na Paralimpíada de Paris

Repro­dução: © Dou­glas Magno/CPB

Convite foi feito após torneio africano não ser considerado válido


Pub­li­ca­do em 03/02/2024 — 19:03 Por Lin­coln Chaves — Repórter da EBC — São Paulo

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A seleção fem­i­ni­na de goal­ball dis­putará a Par­alimpía­da de Paris, na França. Segun­do a Con­fed­er­ação Brasileira de Desportos de Defi­cientes Visuais (CBDV), o Brasil assumirá a vaga orig­i­nal­mente des­ti­na­da ao con­ti­nente africano, cujo torneio region­al clas­si­fi­catório não aten­deu às exigên­cias do Comitê Par­alímpi­co Inter­na­cional (IPC, sigla em inglês).

As brasileiras tiver­am três opor­tu­nidades de se garan­ti­rem em Paris ante­ri­or­mente, sem suces­so. No Campe­ona­to Mundi­al de 2022, em Por­tu­gal, a seleção pre­cisa­va chegar até a final, mas caiu na primeira fase. Nos Jogos Mundi­ais do ano pas­sa­do, na Grã-Bre­tan­ha, a equipe tin­ha de ser campeã, mas ficou com o bronze. Nos Jogos Para­pan-Amer­i­canos de San­ti­a­go, no Chile, tam­bém em 2023, o time verde e amare­lo se clas­si­fi­caria se lev­asse o ouro, mas tam­bém foi bronze, fican­do, à princí­pio, fora da Par­alimpía­da.

Em para­le­lo, o Campe­ona­to Africano de goal­ball fem­i­ni­no teve somente três par­tic­i­pantes (Argélia, Egi­to e Gana). Para ser con­sid­er­a­do váli­do pelo IPC como torneio clas­si­fi­catório aos Jogos de Paris, o even­to pre­cisa­va ter, no mín­i­mo, qua­tro seleções. Com isso, o con­ti­nente perdeu a vaga par­alímpi­ca que teria dire­ito entre as mul­heres.

A Fed­er­ação Inter­na­cional de Esportes para Cegos (IBSA, sigla em inglês), então, ofer­e­ceu a vaga à mel­hor seleção dos Jogos Mundi­ais que ain­da não estivesse garan­ti­da em Paris. Como Chi­na e Japão já estavam clas­si­fi­ca­dos, o con­vite foi feito ao Brasil, que aceitou. Res­ta, somente, a con­fir­mação ofi­cial da IBSA.

“Gostaria de ressaltar a feli­ci­dade das meni­nas quan­do eu dei a notí­cia. Todas ficaram choran­do, vibran­do, comem­o­ran­do. Foi emo­cio­nante de ver. E ago­ra mudam as per­spec­ti­vas do nos­so tra­bal­ho. O que se esta­va pen­san­do para cin­co, seis anos, pas­sou a ser cin­co meses”, disse o téc­ni­co Alessan­dro Tosim, que assum­iu o time fem­i­ni­no em dezem­bro, em depoi­men­to ao site da CBDV.

“Temos de tra­bal­har ard­u­a­mente. O grupo já está com pen­sa­men­tos e pro­postas difer­entes e vêm apre­sen­tan­do uma grande evolução. Deix­ei claro para elas que já tive o priv­ilé­gio de dis­putar três Par­alimpíadas e gan­har três medal­has. Não vou ficar de fora do pódio des­ta tam­bém”, com­ple­tou o treinador, que dirigiu a seleção mas­culi­na na con­quista do ouro em Tóquio.

O goal­ball é um esporte volta­do a pes­soas com defi­ciên­cia visu­al. Cada time con­ta com seis atle­tas, sendo que três podem ser escal­a­dos como tit­u­lares. Para garan­tir que jogadores com baixa visão não ten­ham van­tagem sobre aque­les com cegueira total, todos em quadra uti­lizam ven­das. A bola tem um guizo, cujo som aux­il­ia na ori­en­tação espa­cial.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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