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Semiárido terá R$ 500 milhões para 50 mil novas cisternas

Edital de chamamento público foi lançado nesta sexta-feira

Fabío­la Sin­im­bú — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 29/11/2024 — 15:02
Brasília
Ver­são em áudio
Cisterna construída na região do semiárido, na Paraíba - Foto Camila Bohem/Agência Brasil
Repro­dução: © Cami­la Bohem/Agência Brasil

Uma nova eta­pa do Pro­gra­ma Cis­ter­nas levará mais 50 mil equipa­men­tos de cole­ta e armazena­men­to de água para con­sumo e pro­dução de ali­men­tos, além de pro­mover a recu­per­ação de tec­nolo­gia exis­tente no semi­ári­do brasileiro. O edi­tal de chama­men­to públi­co para orga­ni­za­ções da sociedade civ­il exe­cutarem os pro­je­tos foi lança­do nes­ta sex­ta-feira (29), em Ara­ca­ju, pelo min­istro do Desen­volvi­men­to e Assistên­cia Social, Família e Com­bate à Fome (MDS), Welling­ton Dias.

O min­istro anun­ciou que serão investi­dos R$ 500 mil­hões na imple­men­tação de 46 mil cis­ter­nas com capaci­dade de até 16 mil litros; 4 mil cis­ter­nas para uso na pro­dução de ali­men­to com tec­nolo­gia de segun­da água e a restau­ração de mais 2,5 mil cis­ter­nas na região.

“Essa inte­gração com esta­dos, municí­pios e com as enti­dades da sociedade civ­il tem trazi­do bons resul­ta­dos na lin­ha do Água Para Todos e do Pro­gra­ma de Cis­ter­nas”, desta­cou o min­istro sobre as parce­rias fir­madas pelo gov­er­no fed­er­al para exe­cução de políti­cas públi­cas.

As orga­ni­za­ções com exper­iên­cia na imple­men­tação e restau­ro das cis­ter­nas têm até o dia 5 de janeiro para apre­sen­tar as pro­postas e doc­u­men­tações ini­ci­ais. Os pro­je­tos dev­erão ser dire­ciona­dos aos esta­dos de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Paraí­ba, Per­nam­bu­co, Piauí e Ceará. Para o Maran­hão, Rio Grande do Norte e Sergipe os pro­je­tos tam­bém dev­erão pre­v­er serviço de acom­pan­hamen­to famil­iar para a inclusão social e pro­du­ti­va, con­forme o edi­tal.

O resul­ta­do final da seleção das orga­ni­za­ções soci­ais será anun­ci­a­do no dia 3 de fevereiro e os pro­je­tos dev­erão ser con­cluí­dos em até 3 anos.

Cri­a­do em 2003, o Pro­gra­ma Cis­ter­nas leva tec­nolo­gia sim­ples de cole­ta de água da chu­va e armazena­men­to que já mudou a vida de mil­hares de famílias no semi­ári­do e na Região Amazôni­ca.

Mudanças

Dona Jose­fa San­tos de Jesus, guardiã de sementes crioulas da comu­nidade Sítio Alto, em Sião Dias, em Sergipe, é um exem­p­lo da mudança que o fácil aces­so à água pode pro­mover.

“Depois da chega­da das cis­ter­nas, a vida da gente mudou com mais qual­i­dade. A gente pas­sou a ter mais ale­gria, mais feli­ci­dade, teve mais ren­da, porque o tem­po que a gente cam­in­ha­va para pegar um pote de água, ago­ra a gente faz out­ros serviços”, expli­cou a agricul­to­ra.

A comu­nidade Sítio Alto abri­ga 390 famílias remanes­centes de quilom­bo, que vivem basi­ca­mente da agri­cul­tura, mas a difi­cul­dade em aces­sar a água força­va as famílias a aban­donarem o cam­po, em bus­ca de out­ras opor­tu­nidades. Depois que o Pro­gra­ma Cis­ter­na lev­ou tec­nolo­gia para as famílias da região, hou­ve uma mudança visív­el, disse dona Jose­fa.

“Incen­tivou o homem do cam­po no lugar onde ele vive, que quan­do eles recebem uma cis­ter­na de calçadão para tra­bal­har o quin­tal pro­du­ti­vo, cria uma feli­ci­dade que gera emprego e ren­da”.

Para a comu­nidade, água em casa tam­bém sig­nifi­cou mais saúde para as famílias aten­di­das pelo pro­gra­ma. “As cri­anças que vivi­am doentes, porque tin­ham hepatite, diar­reia, e nun­ca ficavam com saúde, era a questão da água, mas depois que a água chegou, as cri­anças mel­ho­raram”, disse Jose­fa.

Para o min­istro Welling­ton Dias, esse novo aporte de cis­ter­nas vai con­tin­uar a trans­for­mar a real­i­dade dessas comu­nidades, com um mod­e­lo de desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el, que “garante ao gov­er­no a condição de alcançar famílias em locais onde não há alter­na­ti­va de água de sub­so­lo, onde a água é fer­rosa, é salin­iza­da, ou não tem alter­na­ti­va de uma adu­to­ra. E esse é um cam­in­ho sim­ples, porque a própria comu­nidade faz a manutenção”.

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