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Senadores apontam contradição de Wajngarten em depoimento a CPI

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Repro­dução

CPI foi retomada no início da noite desta quarta-feira


Pub­li­ca­do em 12/05/2021 — 20:06 Por Agên­cia Brasil — Brasília

A reunião da Comis­são Par­la­men­tar de Inquéri­to (CPI) da Pan­demia foi mar­ca­da por polêmi­cas no perío­do da tarde des­ta quar­ta-feira (12). Quin­ta pes­soa a depor à CPI, o ex-secretário espe­cial de Comu­ni­cação Social Fábio Wajn­garten foi ques­tion­a­do por senadores que inte­gram a comis­são sobre entre­vista con­ce­di­da à revista Veja em abril deste ano, um mês após deixar o car­go. 

Na entre­vista, Wajn­garten afir­ma que o acor­do com a far­ma­cêu­ti­ca Pfiz­er para fornec­i­men­to de vaci­nas con­tra a covid-19 não pros­per­ou por “incom­petên­cia e inefi­ciên­cia” da “equipe que geren­ci­a­va o Min­istério da Saúde nesse perío­do”.

No depoi­men­to de hoje, o ex-secretário con­fir­mou que o gov­er­no rece­beu, em setem­bro do ano pas­sa­do, uma car­ta da Pfiz­er ofer­tan­do dos­es da vaci­na e que o pedi­do ficou para­do por, pelo menos, dois meses. Mas negou ter chama­do de incom­pe­tente o ex-min­istro da Saúde Eduar­do Pazuel­lo.

“Incom­petên­cia é ficar refém da buro­c­ra­cia, morosi­dade na toma­da de decisões é um prob­le­ma em casos excep­cionais como temos na pan­demia. A não respos­ta da car­ta [da Pfiz­er], o não retorno no tem­po ade­qua­do numa pan­demia”, disse.

O rela­tor da comis­são, senador Renan Cal­heiros (MDB-AL), pediu a prisão do ex-secretário por con­sid­er­ar que ele men­tiu à CPI.  “Se este depoente sair daqui ile­so, vamos abrir uma por­ta que depois vamos ter mui­ta difi­cul­dade para fechar. Se não tomamos decisões diante do fla­grante evi­dente, é óbvio que isso vai enfraque­cer a comis­são.”

Mas o pres­i­dente da comis­são, Omar Aziz (PSD-AM) negou o pedi­do. “Eu não sou carcereiro de ninguém. Eu sou democ­ra­ta, se ele men­tiu, nós temos no relatório [final da CPI] como pedir o indi­ci­a­men­to dele, man­dar para o Min­istério Públi­co para ele ser pre­so, mas não por mim, mas depois que ele for jul­ga­do. E aqui não é o tri­bunal de jul­ga­men­to”, disse o pres­i­dente da CPI.

Durante a reunião da CPI,  a senado­ra Leila Bar­ros (PSB-DF) repro­duz­iu tre­cho da gravação da entre­vista em que Wajn­garten usaria o ter­mo “incom­petên­cia”, divul­ga­do pela revista Veja na tarde de hoje.

O senador Flávio Bol­sonaro (Repub­li­canos-RJ) defend­eu Wajn­garten. “O cúmu­lo do absur­do é a gente ver uma pes­soa hon­es­ta, falan­do a ver­dade aqui, estão ten­tan­do tirar uma entre­vista como parâmetro do que é ver­dade ou não que ele fala nes­sa CPI.”

Ele e Renan se desen­ten­der­am e tro­caram ofen­sas. Depois dis­so, a reunião foi sus­pen­sa, sendo retoma­da pouco após as 19h.

Segurança jurídica

Ain­da na parte da tarde, per­gun­ta­do pelo senador Renan Cal­heiros, Fábio Wajn­garten negou que ten­ha havi­do pro­cras­ti­nação para a com­pra das vaci­nas.

“Não havia segu­rança jurídi­ca para a assi­natu­ra porque havia uma lacu­na legal. Três cláusu­las impedi­ram, empacaram e emper­raram que a nego­ci­ação avançasse de for­ma mais ráp­i­da: res­olução de con­fli­tos em Nova York, e não no Brasil; isenção com­ple­ta de respon­s­abi­liza­ção e ind­eniza­ção; e edição de uma medi­da pro­visória para o país elen­car ativos e bens em caso de proces­sos inter­na­cionais”, afir­mou.

Edição: Bruna Saniele

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