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Sete mil mulheres se alistam no serviço militar em 2 dias

Defesa quer aumentar participação feminina para 20% das vagas iniciais

Daniel­la Almei­da — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 03/01/2025 — 18:42
Brasília
Brasília, DF 07/09/2024 Presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado de diversos ministros e autoridades, participa do desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom
Repro­dução: © Agên­cia Brasil

O Min­istério da Defe­sa reg­istrou des­de a quar­ta-feira (1º) até o meio dia des­ta sex­ta-feira (3) cer­ca de 7 mil inscrições no alis­ta­men­to mil­i­tar fem­i­ni­no vol­un­tário. As inscritas con­cor­rem a uma das 1.465 vagas disponi­bi­lizadas em Brasília (DF) e em out­ros 28 municí­pios de 13 esta­dos, mais o Dis­tri­to Fed­er­al

O alis­ta­men­to mil­i­tar fem­i­ni­no inédi­to segue até 30 de jun­ho. Mes­mo perío­do do alis­ta­men­to mas­culi­no obri­gatório. A ini­cia­ti­va é des­ti­na­da às mul­heres que com­ple­tam 18 anos em 2025, ou seja, nasci­das em 2007, a par­tir do decre­to 12.154, de 27 de agos­to de 2024, assi­na­do pelo pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va.

Em nota, o Min­istério da Defe­sa afir­ma que pre­tende aumen­tar, pro­gres­si­va­mente, o número de mul­heres recru­tadas pelo serviço mil­i­tar ini­cial fem­i­ni­no, alcançan­do 20% das vagas, sendo 1.100 no Exérci­to Brasileiro, 300 na Aeronáu­ti­ca e 155, na Mar­in­ha.

Alistamento militar feminino

Out­ro req­ui­si­to além da idade para o alis­ta­men­to vol­un­tário é que as jovens resi­dam no municí­pio onde existe a orga­ni­za­ção mil­i­tar.

As inter­es­sadas podem se alis­tar em uma das três forças armadas – Mar­in­ha, Exérci­to e Aeronáu­ti­ca – de for­ma online no link [ https://alistamento.eb.mil.br/alistamento ] ou pres­en­cial­mente em uma jun­ta de serviço mil­i­tar dos seguintes municí­pios:  Águas Lin­das de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Hor­i­zonte (MG), Brasília (DF), Cam­po Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Oci­den­tal (GO), Corum­bá (MS), Curiti­ba (PR), Flo­ri­anópo­lis (SC), For­mosa (GO), For­t­aleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa San­ta (MG), Luz­iâ­nia (GO), Man­aus (AM), Novo Gama (GO), Piras­su­nun­ga (SP), Planalti­na (GO), Por­to Ale­gre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Sal­vador (BA), San­ta Maria (RS), San­to Antônio do Descober­to (GO), São Paulo (SP) e Val­paraí­so de Goiás (GO).

Seleção

No proces­so de análise das inscrições, as três forças irão con­sid­er­ar a disponi­bil­i­dade de vagas, a aptidão da can­di­da­ta e a especi­fi­ci­dade exigi­da para incor­po­ração.

A seleção inclui entre­vista, inspeção de saúde (exam­es clíni­cos e lab­o­ra­to­ri­ais) e testes físi­cos.

Todo o proces­so de recru­ta­men­to será real­iza­do em eta­pas: alis­ta­men­to, seleção ger­al, seleção com­ple­men­tar, designação/distribuição e incor­po­ração.

Incorporação

As mul­heres sele­cionadas serão incor­po­radas no primeiro semes­tre de 2026 (de 2 a 6 de março) ou no segun­do semes­tre (de 3 a 7 de agos­to).

Os car­gos ini­ci­ais para ocu­pação são os da grad­u­ação de sol­da­do (Exérci­to e Aeronáu­ti­ca) ou mar­in­heiro-recru­ta, no caso da Mar­in­ha.

A par­tir do ato ofi­cial de incor­po­ração, o serviço mil­i­tar ini­cial fem­i­ni­no se tornará de cumpri­men­to obri­gatório. As mil­itares incor­po­radas terão os mes­mos dire­itos e deveres dos home­ns e ficarão sujeitas às penal­i­dades pre­vis­tas na leg­is­lação brasileira.

Con­forme o Decre­to 12.154, de 27 agos­to de 2024, o serviço mil­i­tar terá duração de 12 meses, poden­do ser pror­ro­ga­do por até oito anos.

As mul­heres vol­un­tárias não terão esta­bil­i­dade no serviço mil­i­tar. Após serem desli­gadas do serviço ati­vo, elas irão com­por a reser­va não remu­ner­a­da das Forças Armadas

Mulheres nas Forças

A par­tir da aprovação em con­cur­so públi­co ou como mil­itares tem­porárias, atual­mente, exis­tem 37 mil mul­heres nas Forças Armadas, o que cor­re­sponde a cer­ca de 10% de todo o efe­ti­vo mil­i­tar brasileiro.

De acor­do com o Min­istério da Defe­sa, nas três forças armadas, as mul­heres atu­am, prin­ci­pal­mente, nas áreas de saúde, ensi­no e logís­ti­ca ou têm aces­so à área com­bat­ente por meio de con­cur­sos públi­cos especí­fi­cos, em esta­b­elec­i­men­tos de ensi­no, como o Colé­gio Naval (CN), da Mar­in­ha; a Esco­la Preparatória de Cadetes do Exérci­to (EsPCEx); e a Esco­la Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáu­ti­ca.

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