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Silvio Santos morre em São Paulo aos 93 anos

Repro­dução: © Alan San­tos / PR

Ele estava internado em um hospital particular na capital paulista


Publicado em 17/08/2024 — 10:40 Por Bruno Bocchini — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Mor­reu neste sába­do (17) o empresário e apre­sen­ta­dor Sil­vio San­tos. Ele tin­ha 93 anos. Esta­va inter­na­do na cap­i­tal paulista des­de o iní­cio de agos­to. A infor­mação foi con­fir­ma­da pelo Sis­tema Brasileiro de Tele­visão (SBT), emis­so­ra da qual ele era pro­pri­etário.

A família do apre­sen­ta­dor lamen­tou a morte em uma pub­li­cação nas redes soci­ais. “Hoje o céu está ale­gre com a chega­da do nos­so ama­do Sil­vio San­tos. Ele viveu 93 anos para levar feli­ci­dade e amor a todos os brasileiros. A família é muito gra­ta ao Brasil pelos mais de 65 anos de con­vivên­cia com mui­ta ale­gria”,  afir­mou.

Ain­da não foram divul­gadas infor­mações sobre o velório.

Das ruas para o rádio

Con­heci­do como o homem do Baú da Feli­ci­dade, Sil­vio San­tos nasceu na Lapa, no Rio de Janeiro, em 1930. Senor Abra­vanel — seu nome de batismo — era fil­ho de imi­grantes judeus e tin­ha cin­co irmãos. Dono de uma voz e risa­da mar­cantes, a história dele se con­funde, des­de os anos 60, com a da própria tele­visão no Brasil.

Aos 14 anos, começou a tra­bal­har como camelô, no cen­tro do Rio. Pego por um fis­cal da prefeitu­ra, que enx­er­gou tal­en­to no vende­dor, Abra­vanel foi lev­a­do pela primeira vez para faz­er teste numa rádio. Começa­va aí a car­reira do comu­ni­cador.

Televisão

O empresário ini­ciou sua car­reira, nos veícu­los de comu­ni­cação, como locu­tor na Rádio Nacional de São Paulo na déca­da de 1950, na mes­ma época em que assum­iu a empre­sa Baú da Feli­ci­dade, do ami­go Manuel de Nóbre­ga. Na déca­da seguinte, pas­sou a apre­sen­tar pro­gra­mas tele­vi­sivos na anti­ga TV Paulista, que foi adquiri­da pos­te­ri­or­mente pela TV Globo. Seus primeiros pas­sos na tele­visão foram no pro­gra­ma “Vamos brin­car de for­ca”.

Na déca­da de 1960 tem iní­cio o pro­gra­ma com seu nome na TV Globo, o Pro­gra­ma Sil­vio San­tos, que ini­cial­mente era exibido ape­nas para a praça de São Paulo. A atração só pas­saria a ser trans­mi­ti­da em rede nacional em 1969. O pro­gra­ma tin­ha oito horas de duração e tornou o apre­sen­ta­dor uma das estre­las da TV brasileira.

Em 1975, uniu de vez as car­reiras de apre­sen­ta­dor e de empresário. O então pres­i­dente da Repúbli­ca Ernesto Geisel assi­nou a out­or­ga de um canal de TV no Rio de Janeiro, embrião para a fun­dação, em 1981, do SBT.

No SBT, apre­sen­tou pro­gra­mas que fiz­er­am história na tele­visão brasileira, como Show de Calouros, Por­ta da Esper­ança e Topa Tudo por Din­heiro. Sil­vio pas­sa­va várias horas no ar todos os domin­gos, receben­do pes­soas comuns que par­tic­i­pavam de gin­canas vari­adas, geral­mente em tro­ca de paga­men­to em din­heiro.

Mes­mo a plateia pode­ria sair com um din­heiro a mais no bol­so. Bas­ta­va pegar um dos inúmeros aviõez­in­hos feitos com cédu­las e joga­dos pelo apre­sen­ta­dor, uma das suas mar­cas reg­istradas ao lon­go de décadas.

Política, homenagem e polêmicas

Em 1989, Sil­vio San­tos ten­tou con­cor­rer à presidên­cia da Repúbli­ca, na primeira eleição dire­ta após a ditadu­ra, mas sua can­di­datu­ra foi ques­tion­a­da pelos demais par­tidos e não foi acei­ta pelo Tri­bunal Supe­ri­or Eleitoral (TSE). As eleições acabaram sendo ven­ci­das por Fer­nan­do Col­lor.

Em 2001, viveu um ano con­tur­ba­do e de extrema exposição públi­ca. Foi hom­e­nagea­do pela esco­la de sam­ba Tradição, no car­naval car­i­o­ca e, em agos­to, viveu o seque­stro da fil­ha Patrí­cia e, na sequên­cia, o dele próprio, que só ter­mi­nou com a pre­sença do então gov­er­nador de São Paulo, Ger­al­do Alck­min.

Em 2010, enfren­tou um rom­bo bil­ionário nas con­tas do Ban­co Panamer­i­cano, uma de suas empre­sas, que acabou ten­do o con­t­role ven­di­do para o BTG.

Comu­ni­cador de tal­en­to e caris­ma inques­tionáveis, Sil­vio San­tos tam­bém se envolveu em polêmi­cas ao lon­go da car­reira, des­de o lob­by jun­to aos gen­erais da ditadu­ra para con­seguir as con­cessões dos canais de TV, até declar­ações dis­crim­i­natórias nos últi­mos anos, em seu pro­gra­ma de auditório.

Sil­vio san­tos deixa a esposa Íris, duas fil­has do primeiro casa­men­to, qua­tro fil­has do segun­do casa­men­to, além de netos e bis­ne­tos.

 

Edição: Kle­ber Sam­paio

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