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Sociedade de Cardiologia promove campanha no Dia Mundial do Coração

Repro­dução: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Data é comemorada nesta quinta-feira


Pub­li­ca­do em 29/09/2022 — 08:32 Por Flávia Albu­querque — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Para cel­e­brar hoje (29) o Dia Mundi­al do Coração, a Sociedade de Car­di­olo­gia do Esta­do de São Paulo (Soce­sp) pro­move cam­pan­ha a fim de chamar a atenção dos brasileiros para ações de pre­venção das doenças car­dio­vas­cu­lares. A cam­pan­ha desta­ca, entre essas ações, a ali­men­tação bal­ancea­da e a práti­ca reg­u­lar de ativi­dade físi­ca, medi­das que afe­tam dire­ta­mente o exces­so de peso e, con­se­quente­mente, as doenças do coração.

Segun­do a Soce­sp, 32,3% dos brasileiros são hiperten­sos e, após os 60 anos, esse per­centu­al sobe para 65%; 40% da pop­u­lação adul­ta têm coles­terol ele­va­do; e, entre os dia­béti­cos, esti­ma-se que 50% não saibam que têm a doença. “A hiperten­são, o coles­terol e o dia­betes são os prin­ci­pais fatores de risco para as doenças car­dio­vas­cu­lares”, diz a enti­dade.

De acor­do com a insti­tu­ição, essas taxas podem ser ain­da maiores, já que as pes­soas ficaram mais seden­tárias, gan­haram peso e procu­raram menos o médi­co ao lon­go da pan­demia de covid-19. Lev­an­ta­men­to feito pela Soce­sp mostrou que entre uma pop­u­lação que já se car­ac­ter­i­za por não praticar exer­cí­cios rotineira­mente, entre aque­les que afir­mam ser seden­tários (65,8%) pelo menos 44,0% admi­ti­ram ter feito menos ativi­dade físi­ca durante a pan­demia e 44,3% ter gan­hado peso durante esse perío­do.

“O dado é pre­ocu­pante porque o seden­taris­mo é um dos dez prin­ci­pais fatores de risco para a mor­tal­i­dade glob­al, cau­san­do cer­ca de 3,2 mil­hões de óbitos a cada ano”, ressaltou a pres­i­dente da Sociedade, Ieda Jatene. A obesi­dade e o sobrepe­so tam­bém estão dire­ta­mente rela­ciona­dos ao aumen­to da pressão arte­r­i­al, que está asso­ci­a­da a 45% das mortes cardía­cas e a 51% dos óbitos por doenças como o aci­dente vas­cu­lar cere­bral (AVC).

A pesquisa rev­el­ou ain­da que 57,2% dos entre­vis­ta­dos dis­ser­am não ter ido às con­sul­tas de roti­na no perío­do da pan­demia. Quan­do a per­gun­ta foi sobre con­sul­ta car­di­ológ­i­ca, 23,2% nun­ca foram ao car­di­ol­o­gista e 46,8% havi­am feito a visi­ta há mais de um ano. “O prob­le­ma é que, na maio­r­ia das vezes, os sin­tomas só apare­cem no está­gio avança­do, quan­do órgãos-alvo como coração, cére­bro e rins já foram com­pro­meti­dos. AVC, insu­fi­ciên­cia cardía­ca, infar­to, acome­ti­men­to dos rins estão entre os danos dos fatores de risco”, disse o dire­tor da enti­dade Ricar­do Pavanel­lo.

Segun­do o o dire­tor de Pro­moção e Pesquisa da Soce­sp, Luciano Drager, o ide­al é que os exer­cí­cios aeróbi­cos, os mais indi­ca­dos, como cam­in­ha­da, cor­ri­da, ciclis­mo ou natação, sejam feitos durante 30 min­u­tos, de cin­co a sete dias na sem­ana. A isso deve estar ali­a­do um cardá­pio ade­qua­do quan­do o obje­ti­vo é ema­gre­cer de maneira saudáv­el, além de haver várias pro­postas de dietas que previnem as doenças car­dio­vas­cu­lares.

“A dieta Dash e suas vari­antes, com baixa quan­ti­dade de gor­du­ra, dieta mediter­rânea, vegetariana/vegana, nórdi­ca, dietas com baixo teor de car­boidratos, entre out­ras. Vale lem­brar que os bene­fí­cios da ali­men­tação saudáv­el incluem a redução do con­sumo de sódio: quan­to menos sal, mais saudáv­el será seu pra­to”, afir­mou Drager.

Edição: Graça Adju­to

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