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Soltar balão é crime: entenda os perigos e riscos dessa prática ilegal

Repro­dução: © Fabi­ano Veneza/Divulgação/Arquivo

Durante as festas juninas, aumenta o número de ocorrências


Publicado em 19/06/2024 — 08:00 Por Agência Brasil e TV Brasil — São Paulo e Rio de Janeiro

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Com as fes­tas jun­i­nas, as autori­dades aler­tam para o peri­go de soltar balões. A práti­ca é con­sid­er­a­da crime ambi­en­tal, pre­vis­to na Lei nº 9.605/98. Quem for fla­gra­do fab­ri­can­do, venden­do, trans­portan­do ou soltan­do balões pode ser con­de­na­do a paga­men­to de mul­ta ou pena de um a três anos de prisão.

Perigo para vegetação

Os balões juni­nos, de ar quente, inflamáveis e não trip­u­la­dos, quan­do caem podem provo­car incên­dios na veg­e­tação e em residên­cias. No últi­mo domin­go (16), um balão gigan­tesco caiu sobre cin­co mora­dias em uma área de São Vicente, cidade do litoral de São Paulo, assu­s­tan­do os moradores. Ninguém ficou feri­do.

A que­da de um balão foi respon­sáv­el por um incên­dio no Par­que Estad­ual do Jaraguá, na zona norte da cap­i­tal paulista, em maio.  De acor­do com o gov­er­no de São Paulo, a soltura de balões é um dos prin­ci­pais cau­sadores de incên­dios na flo­ra. A Sec­re­taria de Meio Ambi­ente, Infraestru­tu­ra e Logís­ti­ca apli­cou 40 autos de infração ambi­en­tal, nos primeiros cin­co meses do ano, por fab­ri­cação, ven­da, trans­porte ou ato de soltar balões, aumen­to de 135% em relação ao mes­mo perío­do do ano pas­sa­do.

Entre janeiro e maio, foram reg­istradas 30 ocor­rên­cias com balões na rede elétri­ca da região met­ro­pol­i­tana de São Paulo, sendo 21 na cap­i­tal paulista, de acor­do com a Enel Dis­tribuição São Paulo. Segun­do a empre­sa, mais de 6,1 mil clientes foram impacta­dos por inter­rupção no fornec­i­men­to de ener­gia, o equiv­a­lente a cer­ca de 24 mil pes­soas.

“Pode cair [o balão], por exem­p­lo, em uma refi­nar­ia, em uma indús­tria quími­ca ou se chocar com uma aeron­ave em voo. Quem faz isso, soltar balão, está assu­min­do risco de causar mortes”, aler­ta o espe­cial­ista em geren­ci­a­men­to de risco, Ger­ar­do Portela, em entre­vista à TV Brasil.

Risco para aviões

Out­ra ameaça é para a avi­ação civ­il. Muitas vezes os radares não con­seguem avis­tar os balões, por causa das condições mete­o­rológ­i­cas, aumen­tan­do o risco de choque com aviões.

O Aero­por­to do Galeão, no Rio de Janeiro, lançou uma cam­pan­ha para aler­tar a pop­u­lação sobre os riscos dessa práti­ca ile­gal. Serão real­izadas ações em esco­las próx­i­mas ao aero­por­to. De janeiro a maio de 2024, foram reg­istradas sete ocor­rên­cias com balões no aero­por­to. Em 2023, foram 39.

“Depen­den­do da mas­sa do balão e da veloci­dade da aeron­ave, o impacto da col­isão pode chegar a 250 toneladas. Um balão de 15 qui­los, por exem­p­lo, con­sid­er­a­do pequeno, ao col­idir con­tra um avião que este­ja voan­do a cer­ca de 300 Km/h causa um impacto de três toneladas e meia”, expli­ca o Cen­tro de Inves­ti­gação e Pre­venção de Aci­dentes Aeronáu­ti­cos (Ceni­pa).

Lev­an­ta­men­to do Ceni­pa apon­ta que Rio de Janeiro, São Paulo e Curiti­ba são as cap­i­tais com o maior número de ocor­rên­cias de balões. De janeiro a maio de 2024, foram identificados186 no país, antes da tem­po­ra­da das fes­tas jun­i­nas. O Aero­por­to San­tos Dumont, tam­bém no Rio de Janeiro, teve 23 reg­istros, segui­do pelo Aero­por­to Inter­na­cional de Vira­co­pos (Camp­inas — SP), com 21; e o Aero­por­to de Bacacheri, em Curiti­ba (PR), com 14.

Quan­do um balão é avis­ta­do, os con­tro­ladores de tráfego são ori­en­ta­dos a noti­ficar os oper­adores próx­i­mos ao local onde o balão foi vis­to, assim como os pilo­tos tam­bém são aler­ta­dos.

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Edição: Car­oli­na Pimentel

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