...
sexta-feira ,4 outubro 2024
Home / Saúde / SP lança mapa online com pontos de atendimento com soro antiveneno

SP lança mapa online com pontos de atendimento com soro antiveneno

Repro­dução: © Arquivo/Agência Brasil

Acidentes com animais peçonhentos aumentam no período quente


Pub­li­ca­do em 31/01/2024 — 10:33 Por Agên­cia Brasil — São Paulo

ouvir:

A cada hora, em média, oito pes­soas foram pic­a­das por cobras, escor­piões e lagar­tas em todo esta­do de São Paulo no ano pas­sa­do. Os dados são do Cen­tro de Vig­ilân­cia Epi­demi­ológ­i­ca (CVE), que con­tabi­li­zou 70.800 aci­dentes noti­fi­ca­dos com ani­mais peçon­hen­tos, além de 23 óbitos. Desse total de aci­dentes, 444 ocor­reram na cap­i­tal. Os municí­pios com mais reg­istros foram Araçatu­ba (7.340), São José do Rio Pre­to (6.753) e Ribeirão Pre­to (4.174). 

Para facil­i­tar o atendi­men­to às víti­mas dess­es ani­mais, a Sec­re­taria de Esta­do da Saúde lançou uma fer­ra­men­ta online para a local­iza­ção e iden­ti­fi­cação dos 220 pon­tos de atendi­men­to soroterápi­co para víti­mas de escor­pião, aran­ha, ser­pente e lagar­tas. Tra­ta-se de um mapa inter­a­ti­vo que fornece as infor­mações necessárias para bus­car aju­da em emergên­cias, sobre­tu­do no perío­do quente e chu­voso, época em que esse tipo de aci­dente mais acon­tece.

Para aces­sar a fer­ra­men­ta bas­ta clicar no endereço do CVE.

Além de facil­i­tar a local­iza­ção dos pon­tos de dis­tribuição de soro, o mapa inter­a­ti­vo visa diminuir o tem­po entre o aci­dente e o trata­men­to, pos­si­bil­i­tan­do que a víti­ma seja lev­a­da ime­di­ata­mente ao serviço de saúde mais próx­i­mo e rece­ba o trata­men­to ade­qua­do em um menor espaço de tem­po.

Nos primeiros 15 dias de janeiro, já foram reg­istra­dos 472 casos, sendo 317 envol­ven­do escor­piões e os demais por ani­mais como aran­ha-mar­rom, aran­ha-armadeira e ser­pentes, segun­do infor­mações da Divisão de Zoonoses do CVE.

Nesse perío­do do ano, há condições climáti­cas propí­cias para a repro­dução dos ani­mais, uma vez que altas tem­per­at­uras e chu­vas favore­cem condições ambi­en­tais e maior disponi­bil­i­dade de ali­men­tos, de acor­do com espe­cial­is­tas.

Cri­anças de até 10 anos de idade pre­cisam rece­ber o soro anti­escor­piôni­co em até 1 hora 30 min­u­to após terem sido pic­a­das por escor­pião. “Se uma cri­ança saudáv­el começar a chorar inten­sa­mente e aparentar mui­ta dor, é necessário pen­sar em aci­dente com escor­pião e procu­rar atendi­men­to médi­co ime­di­ata­mente”, aler­ta Gise­le Fre­itas, médi­ca vet­er­inária do CVE.

“Fatores como o aumen­to da urban­iza­ção, des­mata­men­to, tur­is­mo ecológi­co e alter­ações climáti­cas podem estar rela­ciona­dos ao cresci­men­to de casos. O aumen­to da ofer­ta de detri­tos ali­menta­res pro­por­ciona um ambi­ente ide­al para a pro­lif­er­ação de roe­dores e baratas, que por sua vez pos­si­bili­ta aumen­to do número de ser­pentes, escor­piões e ara­nhas em con­vívio mais próx­i­mo com o ser humano”, expli­ca a espe­cial­ista.

Ori­en­tações para pre­venir os aci­dentes

Usar calça­dos e luvas nas ativi­dades rurais e de jar­di­nagem;

Exam­i­nar calça­dos, roupas pes­soais, de cama e ban­ho, antes de usá-las;

Afas­tar camas e berços das pare­des e evi­tar pen­durar roupas fora de armários;

Não acu­mu­lar entul­ho e mate­ri­ais de con­strução;

Limpar reg­u­lar­mente móveis, corti­nas, quadros, can­tos de parede;

Vedar ralos, frestas e bura­cos em muros, pare­des, assoal­hos, for­ros e rodapés;

Evi­tar plan­tas tipo trepadeiras e bananeiras jun­to às casas e man­ter a gra­ma sem­pre cor­ta­da;

No aman­hecer e no entarde­cer evi­tar a aprox­i­mação da veg­e­tação muito próx­i­ma ao chão, gra­ma­dos ou até mes­mo jardins, pois é nesse momen­to que ser­pentes estão em maior ativi­dade;

Não mex­er em colmeias e vespeiros. Caso este­jam em áreas de risco de aci­dente, con­tatar a autori­dade local para a remoção.

O que faz­er em caso de aci­dente

Levar a víti­ma ime­di­ata­mente ao serviço de saúde mais próx­i­mo para que pos­sa rece­ber o trata­men­to ade­qua­do em tem­po;

Lavar o local da pic­a­da com água e sabão;

Não faz­er torni­quete ou gar­rote;

Não furar, cor­tar, queimar, espre­mer ou faz­er sucção no local da feri­da;

Não aplicar fol­has, pó de café ou ter­ra (pode provo­car infecções);

Não ingerir bebi­da alcoóli­ca, querosene ou fumo, como é cos­tume em algu­mas regiões do país;

Se não ofer­e­cer risco, acondi­cionar o ani­mal em fras­co tam­pa­do ou fotografá-lo para facil­i­tar a iden­ti­fi­cação e trata­men­to ade­qua­do.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Saiba o que é doença de Crohn, que afeta o jornalista Evaristo Costa

Síndrome não tem cura, mas o tratamento pode controlar os sintomas Éri­ca San­tana — Repórter …