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Startups buscam novas oportunidades e tecnologias na Campus Party

Projetos com inteligência artificial geram debate sobre regulamentação

Anto­nio Trindade — Repórter da TV Brasil
Pub­li­ca­do em 21/06/2025 — 19:33
Brasília
Brasília (DF), 20/06/2025 - Humberto Dias participa do Campus Party. Foto: Antonio Trindade/TV Brasil
Repro­dução: © Anto­nio Trindade/TV Brasil

Do maior campe­ona­to de robóti­ca da Améri­ca Lati­na às máquinas que lit­eral­mente imprimem comi­da, a 17ª edição da Cam­pus Par­ty em Brasília ofer­ece mui­ta tec­nolo­gia para quem visi­ta os estandes espal­ha­dos pela Are­na BRB Mané Gar­rin­cha. Mas, em meio a todas essas atrações, a feira tam­bém rep­re­sen­ta uma opor­tu­nidade de negó­cios.

A start­up Tour­Da­ta, do pub­lic­itário mineiro Hel­ton Fra­ga, foi uma das sele­cionadas para par­tic­i­par da Cam­pus Par­ty. Ele apre­sen­tou um sis­tema que une inteligên­cia arti­fi­cial e tur­is­mo. A pro­pos­ta é que as prefeituras pos­sam usar a platafor­ma para fomen­tar o tur­is­mo local.

Para os vis­i­tantes, o sis­tema indi­ca pas­seios e atrações per­son­al­izadas com base no per­fil de cada usuário.

“Assim, ele vai ter uma visi­ta mais per­son­al­iza­da e tende a voltar mais vezes ou indicar para out­ras pes­soas. Isso fomen­ta os negó­cios locais, como esta­b­elec­i­men­tos, pou­sadas e atra­tivos”, expli­ca Hel­ton.

Segun­do o desen­volve­dor, a inteligên­cia arti­fi­cial ain­da é capaz de apren­der com as exper­iên­cias dos tur­is­tas. “Os gestores podem usar essas infor­mações para aplicar em políti­cas públi­cas de tur­is­mo, movi­men­tan­do cada vez mais a cidade”, com­ple­ta.

Brasília (DF), 20/06/2025 - Helton Braga participa do Campus Party. Foto: Antonio Trindade/TV Brasil
Repro­dução: Brasília (DF), 20/06/2025 — Desen­volve­dor Hel­ton Bra­ga par­tic­i­pa do Cam­pus Par­ty. Foto: Anto­nio Trindade

Já o desen­volve­dor goiano Hum­ber­to Felipe Dias, da start­up Clivia, veio à Cam­pus Par­ty apre­sen­tar um sis­tema que tam­bém uti­liza inteligên­cia arti­fi­cial, mas volta­do para a área médi­ca. A empre­sa tra­bal­hou por dois anos e meio no desen­volvi­men­to de uma aten­dente vir­tu­al para mar­cação de con­sul­tas, facil­i­tan­do o tra­bal­ho dos con­sultórios e dos pacientes.

“O cliente vai con­seguir mar­car a con­sul­ta na hora e no dia que quis­er. E a secretária vai ter mais tem­po para ser humana, para se rela­cionar com o cliente”, desta­ca Hum­ber­to.

Sobre a importân­cia de par­tic­i­par da Cam­pus Par­ty, Hum­ber­to rela­ta que os resul­ta­dos já começaram a apare­cer: “a gente teve con­ta­to com médi­cos que não esperá­va­mos encon­trar por aqui. Tam­bém tro­camos exper­iên­cias com out­ros desen­volve­dores. É um con­hec­i­men­to muito rico, traz muitas ideias e inspi­ra mel­ho­rias para a nos­sa fer­ra­men­ta.”

Regulamentação

A Cam­pus Par­ty deve rece­ber, até este domin­go (22), cer­ca de 150 mil vis­i­tantes. O públi­co tam­bém tem a opor­tu­nidade de par­tic­i­par de palestras sobre as trans­for­mações que a inteligên­cia arti­fi­cial está pro­moven­do não ape­nas nos proces­sos do dia a dia e nas empre­sas, mas tam­bém no mer­ca­do de tra­bal­ho. O fun­dador do even­to, Francesco Far­rug­gia, acred­i­ta que essas ino­vações devem dom­i­nar o debate econômi­co nos próx­i­mos anos.

Segun­do ele, “a inteligên­cia arti­fi­cial avança muito rap­i­da­mente e vai traz­er efi­ciên­cia para toda a econo­mia: pro­dução, logís­ti­ca, trans­porte, serviços, comér­cio. Todo mun­do vai ter que ter um agente de inteligên­cia arti­fi­cial.”

Os desafios, no entan­to, envolvem os empre­gos que podem ser sub­sti­tuí­dos e a neces­si­dade de tra­bal­hadores cada vez mais qual­i­fi­ca­dos.

“A IA otimiza proces­sos econômi­cos, mas elim­i­na muitos empre­gos. Ao mes­mo tem­po, vai ger­ar novas vagas — mais bem remu­ner­adas e com maior exigên­cia de qual­i­fi­cação”, pre­vê Far­rug­gia.

Tam­bém está na pau­ta da Cam­pus Par­ty a neces­si­dade de reg­u­la­men­tar o uso da inteligên­cia arti­fi­cial. Um pro­je­to de lei com esse obje­ti­vo trami­ta no Con­gres­so Nacional. Além dis­so, o tema é uma das metas da presidên­cia brasileira no BRICS em 2025. Para Francesco Far­rug­gia, esse debate é essen­cial, prin­ci­pal­mente para atrair inves­ti­men­tos ao país.

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