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Surdos defendem Libras como segundo idioma oficial do Brasil

Repro­du­ção: © Fer­nan­do Frazão/Agência Bra­sil

Dia Internacional da Língua de Sinais é comemorado hoje


Publi­ca­do em 23/09/2021 — 08:00 Por Cami­la Maci­el — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — São Pau­lo

O pre­si­den­te da Asso­ci­a­ção dos Sur­dos de São Pau­lo, Jor­ge Rodri­gues, dis­se que a Lín­gua Bra­si­lei­ra de Sinais (Libras), como qual­quer outra, “tem um sis­te­ma todo, com regras gra­ma­ti­cais, com sin­ta­xe, tudo”. A afir­ma­ção foi fei­ta por oca­sião do Dia Inter­na­ci­o­nal da Lín­gua de Sinais, cele­bra­do nes­ta quin­ta-fei­ra (23). A data foi esta­be­le­ci­da em 2017 pela Orga­ni­za­ção das Nações Uni­das (ONU). 

“É por meio dela que a gen­te se expres­sa ple­na­men­te, inte­ra­ge com as pes­so­as sur­das, con­ser­va a nos­sa his­tó­ria enquan­to comu­ni­da­de, sem isso a gen­te não tem nada”, acres­cen­tou. A data bus­ca cons­ci­en­ti­zar sobre a impor­tân­cia des­sa for­ma de comu­ni­ca­ção, fun­da­men­tal para a inclu­são da comu­ni­da­de sur­da.

Em 2002, a Libras foi reco­nhe­ci­da pela Lei  nº 10.436 como meio legal de comu­ni­ca­ção e expres­são. “Ago­ra a nos­sa luta é fazer com que a PEC [pro­pos­ta de emen­da à Cons­ti­tui­ção] 12/2021 seja apro­va­da para que a Libras seja reco­nhe­ci­da como segun­da lín­gua ofi­ci­al do Bra­sil”, defen­de o pre­si­den­te da asso­ci­a­ção.

O país tem qua­se 10 milhões de pes­so­as com defi­ci­ên­cia audi­ti­va, segun­do o Ins­ti­tu­to Bra­si­lei­ro de Geo­gra­fia e Esta­tís­ti­ca (IBGE). Jor­ge nas­ceu sur­do por cau­sa da rubéo­la con­traí­da pela mãe duran­te a ges­ta­ção. Ele diz que a exclu­são é cons­tan­te na vida de pes­so­as sur­das. “As pes­so­as não que­rem con­tra­tar sur­dos, pois exis­te o este­reó­ti­po de que o sur­do é inca­paz de fazer qual­quer coi­sa”.

Jor­ge lem­bra que o pre­con­cei­to pode ser com­ba­ti­do se mais pes­so­as apren­de­rem a lín­gua. “Acho que o mai­or entra­ve é a fal­ta de incen­ti­vo para que a Libras seja inse­ri­da na gra­de cur­ri­cu­lar das esco­las e faça a inclu­são acon­te­cer. Sem isso, as pes­so­as não sabe­rão sobre Libras, sobre as pes­so­as sur­das, sobre as nos­sas lutas”, acre­di­ta.

O pro­fes­sor Edu­ar­do Perei­ra Sil­va, do cur­so de Libras do Ser­vi­ço Naci­o­nal de Apren­di­za­gem Comer­ci­al (Senac) São Pau­lo, con­cor­da que o conhe­ci­men­to da lín­gua deve­ria ser mais dis­se­mi­na­do no Bra­sil. Ele cita algu­mas medi­das que seri­am neces­sá­ri­as: “ampli­ar a ofer­ta de empre­gos para a comu­ni­da­de sur­da, ter esco­las bilín­gues, com pro­fes­so­res sur­dos, além da obri­ga­to­ri­e­da­de de intér­pre­tes em facul­da­des, hos­pi­tais e even­tos”.

Edi­ção: Gra­ça Adju­to

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